FILOSOFIA DA CIÊNCIA E METODOLOGIA CIENTÍFICA
FRANCISCO LUCIAN SANTOS BARBOSA WENDEL DE MOURA RODRIGUES ROMARIO SILVA DE MEDEIROS GEOVANNE LOPES CRUZ DA SILVA CARLOS ROGERIO FERREIRA VALENTE DIEGO BRITO PEREIRA WALACE FRANCISCO GUEDES DE LIMA EVENY DOS SANTOS PAULA PEDRO D'WILLIANS MAIA DIÓGENES 10 de dezembro de 2015
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é uma atividade acadêmica imprescindível que incide na sistematização, apontamento e apresentação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos, determinados na área do curso, como decorrência do trabalho de análise e investigação científica. É um estudo de natureza reflexiva, para colocar em ordem os conceitos sobre tema específico.
Na esco1ha, o universitário poderá escolher o tema, de acordo com suas preferências, demonstradas durante o andamento do seu curso, ou se preferir pode acolher o assunto recomendado pelo orientador.
Escolhido o tema, deve-se primeiramente procurar avaliar o que a ciência moderna compreende sobre o mesmo, para não cair no deslize de expor como novo o que já é conhecido há tempos, de demonstrar o evidente ou de preocupar-se em excesso com minúcias sem grande relevância, dispensáveis ao estudo.
Quanto ao tema selecionado, deve-se observar algumas características relevantes:
Ser adequado (em suas partes); Ter valor para a ciência, Não ser amplo demais ou muito limitado; Ser transparente e bem apresentado
Nesta etapa o graduando deverá responder às seguintes perguntas:
Quem já abordou o que já foi exposto sobre o tema? Que tópicos já foram abordados, quais os espaços em branco (lacunas) existentes na redação? Pode ter por objetivo determinar o “estado do método”, ser uma revisão baseada na teoria, ser uma revisão baseada na experiência ou ainda ser uma revisão histórica.
Nesta fase o graduando irá ponderar sobre “o motivo” da produção do trabalho, procurando apontar as razões que o levou a selecionar o assunto adotado e sua relevância em correlação a outros temas. Como já foi tratado no tópico anterior, o graduando deve questionar a si mesmo:
O assunto é importante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos que percebe-se na abordagem proposta? Que vantagens e benefícios pressupõe-se que a pesquisa irá proporcionar?
Nesta etapa o graduando irá pensar acerca do problema que irá propor no projeto de pesquisa, se é de fato um problema e se realmente vale a pena tentar descobrir uma solução para ele. A pesquisa científica depende da formulação adequada do problema, isto porque objetiva buscar sua solução
Divide-se em dois, sendo eles: Hipótese Básica
Está é a resposta principal para o problema, sendo o ponto elementar do assunto, sendo caracterizado na elaboração do problema. Este carecendo de uma solução aceitável e possível de ocorrer, ou seja, uma hipótese.
Hipótese Secundária
Serve como suplemento para a hipótese elementar, já que contém novos aspectos antes não planejados na básica. Podendo proporcionar novas conexões aceitáveis.
Nesta fase o graduando pensará a respeito de sua intenção ao propor a pesquisa. Deverá resumir o que almeja alcançar com a pesquisa. Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar, e os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão um desdobramento do objetivo geral.
Nesta etapa você irá decidir onde e como será conseguida a pesquisa. Decidirá o tipo de pesquisa, a população (universo da pesquisa), a amostragem, os utensílios de coleta de dados e a forma como pretende organizar e analisar seus dados.
Tem uma ampla abordagem que proporciona uma abstração mais ampla, ou seja, bases lógicas. Sendo até fenômenos da sociedade e da natureza. Podendo ser dividida em: hipotético, dialético, indutivo, fenomenológico ou dedutivo.
Tem por finalidade proporcionar meios técnicos ao investigador para que haja uma maior garantia na objetividade e na precisão dos fatos estudados. Explicam os fenômenos de forma menos abstrata. Se adequam a cada área da pesquisa, não sendo exclusivos e s entre si. Métodos centrais: Estatístico Tipológico Funcionalista Monográfico Histórico Etnográfico Comparativo Estruturalista
Amostras probabilísticas são compostas por sorteio e podem ser:
Amostras casuais simples: cada elemento da população tem oportunidade igual de ser incluído na amostra; Amostras casuais estratificadas: cada estrato, definido previamente, estará representado na amostra; Amostras por agrupamento: reunião de amostras representativas de uma população.
Amostras não probabilísticas podem ser:
Amostras acidentais: compostas por acaso, com pessoas que vão aparecendo; Amostras por quotas: diversos elementos constantes da população/universo, na mesma proporção; Amostras intencionais: escolhidos casos para a amostra que representem o “bom julgamento” da população/universo.
Quando se utilizam os sentidos na obtenção de dados de determinados aspectos da realidade. A observação pode ser:
Observação assistemática: não tem planejamento e controle previamente elaborados; Observação sistemática: tem planejamento, realiza-se em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos; Observação não participante: o pesquisador presencia o fato, mas não participa;
Observação individual: realizada por um pesquisador; Observação em equipe: feita por um grupo de pessoas; Observação na vida real: registro de dados à medida que ocorrem; Observação em laboratório: onde tudo é controlado.
Entrevista é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre determinado assunto ou problema. A entrevista pode ser:
Padronizada ou estruturada: roteiro previamente estabelecido; Despadronizada ou não estruturada: não existe rigidez de roteiro. Podem-se explorar mais amplamente algumas questões.
É uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e estar acompanhado de instruções As instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informante e facilitar o preenchimento.
As perguntas do questionário podem ser:
abertas: “Qual é a sua opinião?”; fechadas: duas escolhas: sim ou não; de múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis
É uma coleção de questões e anotadas por um entrevistador numa situação face a face com a outra pessoa (o informante).
O TCC pode ser elaborado na forma de monografia ou artigo científico, de acordo com regulamento oficial, a monografia quanto o artigo devem ser desenvolvidos individualmente, no semestre em que o discente estiver cursando a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso. Cada graduando deverá propor um docente como orientador. Cabe ao graduando:
Escolher o orientador. Participar dos encontros especificados pelo professor. Manter contatos recorrentes com o orientador para discussão, análise e refinamento do trabalho; Organizar a monografia/artigo científico em acordo com as normas de elaboração do TCC vigentes. Entregar a monografia/artigo científico dentro do prazo determinado pela Coordenação.
O modelo de apresentação e composição do TCC terá como base as cláusulas para bibliografia elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A obediência às indicações esquematizadas nesse documento permite ao aluno racionalizar todo a metodologia de preparação do seu trabalho. As principais normas da ABNT para apresentação são: • NBR – 14724: Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. • NBR – 6023: Informação e documentação – Referência – Elaboração • NBR – 6024: Numeração Progressiva das seções de um documento 5 • NBR – 10520: Citações Levando-se em consideração estas normas, a estrutura do TCC será composta das seguintes partes: pré-textual, textual e pós-textual.
Os dados pré-textuais são as partes que antecedem o texto e que possuem informações que facilitam a identificação do trabalho. Estes elementos devem ser dispostos no trabalho na seguinte ordem: • Capa (Obrigatório) • Folha de Rosto (Obrigatório) • Folha de Aprovação (Obrigatório) • Dedicatória • Agradecimento • Epígrafe • Resumo na língua vernácula (Obrigatório) • Sumário (Obrigatório) • Lista de ilustrações • Lista de tabelas • Lista de abreviaturas e siglas • Lista de símbolos
Os dados textuais são: a) Introdução – Parte primeira do texto, onde deve incluir-se a demarcação do tema proposto, propósito da pesquisa e outras informações indispensáveis para estabelecer o assunto do projeto. b) Desenvolvimento – Parte fundamental do texto, que abrange a apresentação ordenada e meticulosa do assunto. Divide-se em ramos e subseções, que mudam em função da alusão conceitual, dos procedimento e dos resultados localizados. c) Conclusão – Parte derradeira do texto, na qual se expõem fins e consignações correspondentes aos fins ou suposições.
Os dados pós-textuais são: Referências – Fontes de pesquisa consultadas pelo autor do trabalho. Glossário – Tabela de palavras importantes para o texto e suas definições. Anexos – Dados que completam o texto que não são de autoria do autor do trabalho. Apêndices – Dados que complementam o texto que são de autoria do criador do trabalho. Índice – Item opcional. Tabela de palavras ou expressões mencionadas no texto do trabalho, compostas segundo um certo critério e seguidas da indicação de sua localização no texto.
Tabela de acordo com a NBR 14724/2006:
Os trabalhos deverão ser encadernados em espiral, no tamanho de uma folha A4. A capa deverá conter os seguintes elementos: Nome da instituição Nome do criador Título Subtítulo (se existir) Local e ano.
A folha de rosto é um item obrigatório e nela são colocados os dados essenciais para a identificação da obra. Os elementos estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 14724/2005) para anverso e verso da folha de rosto são: ◦ autor(es) – primeiro elemento da folha de rosto, inserido no alto da página, centralizado; ◦ título principal – O título deverá ter posição de destaque na folha de rosto, podendo ser grafado com letras maiores, negrito ou em caixa alta; ◦ subtítulo – (se houver, deve ser precedido de dois pontos). O subtítulo deverá ter menor destaque que o título; ◦ nota de apresentação – natureza (trabalho de conclusão de curso, tese ou dissertação); ◦ nome da instituição a que é submetida e área de concentração ou disciplina. Esta nota deverá ser ajustada rente à margem direita com recuo da margem esquerda. nome completo do orientador e co-orientador (quando houver); ◦ local (cidade); ◦ data – ano de depósito.
Deverá indicar nome do autor, o título, subtítulo (se houver), natureza e objetivo, nome da instituição, área de concentração, data de aprovação, nome e da banca examinadora. Nome do autor e título do trabalho (obedecem à mesma descrição da capa. O título do TCC é centralizado e no meio da folha); Deve conter o nome do autor, título do trabalho, natureza (monografia, objetivo, nome da instituição, departamento, área de concentração). Data de aprovação e disposição da banca examinadora (presidente, primeiro membro e segundo membro), devidamente assinada local e ano centralizados e sem negrito.
Embora não sendo dados obrigatórios, podem ser empregados pelo graduando caso almeje dedicar o trabalho a alguma pessoa, realizar um certo agradecimento a pessoas que cooperaram de alguma forma com o trabalho ou acrescer alguma epígrafe antes da abertura do trabalho.
Esta parte, obrigatória, é utilizada para que o autor faça um rápido resumo do trabalho. A ABNT aconselha que a síntese tenha no máximo 500 palavras que devem ser distribuídas em frases resumidas e claras que apresentem o trabalho, desde sua preparação, objetivo, procedimento e conclusão.
O resumo em língua estrangeira tem precisamente a mesma forma do resumo inicial e também é indispensável. Deve estar numa folha separada.
Trata-se de componente obrigatório no TCC e deve ser organizado de maneira que as partes do trabalho apareçam apresentadas com o nome semelhante àquele que está contido no documento com o número correspondente da página.
É o momento onde o autor mostrará o que será abordado no trabalho, qual o objetivo da pesquisa, os limites de abordagem, e todas as informações relevantes que serão discutidas durante o projeto para guiar o leitor.
O desenvolvimento é a maior e principal parte do trabalho. É onde será realizada, de maneira ordenada e delineada da forma mais extensa e relevante possível, a exposição do tema do trabalho e do método empregado. Esta parte poderá ser dividida em seções e subseções.
Este espaço deve ser usado para as conclusões finais do trabalho a partir de suas teses iniciais e objetivos.
Referência é o conjunto padronizado de elementos que identificam os documentos citados no trabalho. Deve-se indicar o(s) autor(es), pelo último sobrenome, em maiúsculas, seguido do(s) prenome(s) e outros sobrenomes, abreviado(s) ou não. Recomendase, tanto quanto possível, o mesmo padrão para abreviação de nomes e sobrenomes, usados na mesma lista de referências. Os nomes devem ser separados por ponto-evírgula, seguido de espaço.
O TCC, seja da UFERSA ou de qualquer outra instituição educacional, exige que o graduando aplique os conhecimentos que aprendeu ao longo de seu curso, e também que aponte uma contribuição eficaz no avanço da ciência e da tecnologia referente ao curso, ou a carreira que escolheu.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 7. Ed. – São Paulo: Atlas, 2010. ISKANDAR, Jamil Ibrahim. Normas da ABNT: comentadas para trabalhos científicos. 4. Ed. – Curitiba: Juruá, 2009. Portal UFERSA, Trabalho de conclusão de curso. Disponível em: , o em 28 de novembro de 2015.