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Chega de Vida Vazia!

Não é difícil percebermos pessoas que se queixam da vida dizendo que ela parece não ter sentido. Muitos sentem uma espécie de solidão interna, inquietude ou falta de propósito, buscam em várias alternativas meios para dar significado e direção a sua existência, mas quanto mais se esforçam mais perdidas ficam. Não sabem nem ao certo do que precisam. Uns pensam que é de dinheiro e correm atrás dele, mas logo percebem que ele não solucionou a aflição profunda de seu ser, outros pensam que a satisfação plena de todos os seus desejos seria a saída, mas quando caem na lascívia e nos vícios têm a nítida noção de que seu estado piorou ao invés de melhorar. Chamaremos isso de “vazio interior”. Enfim, o que está faltando na humanidade? Como preencher este ‘vazio interior’? Se alguém tem sede venha a mim e bebe. Quem crê em mim, como diz a escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. João 7.37-38 Em algum lugar no centra da personalidade humana há algo que o Senhor Jesus chamou de interior. A palavra que Jesus usou (koilia, traduzida algumas vezes como ventre) significa, literalmente, espaço aberto ou uma cavidade. Metaforicamente a palavra (koilia) foi utilizada para significar um vácuo, um lugar vazio que anseia ser preenchido. Cada ser humano possui um lugar vazio desses. Como este vazio funciona? Observe estes versículos onde a palavra (koilia) foi traduzida como ventre. “Porque os tais não servem ao nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; ...” Romanos 16.18. “O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre;...” Filipenses 3.19. Aparentemente essa dimensão é uma força. Ou ela é controlada pelo Espírito Santo que é o que Jesus Cristo promete no texto, com uma vida rica, - ou se torna um monstro que controla a direção central de nossas vidas. Esse vazio, anseio e sede interior foi justamente frisado pelos escritores bíblicos em diversos momentos da história. O salmista, por exemplo, afirmava que sua alma suspirava por Deus, Salmo 42.1; o profeta convidou a todos que tivessem sede para vir às águas, Isaías 55.13.; e o Senhor Jesus Cristo falou que era o pão da vida e que aquele que cresse nele jamais teria sede. João 6. 35. Podemos fazer agora a pergunta inicial: o que está faltando na humanidade? Temos sede de quê? Bem, a questão não é tão fácil assim, precisamos meditar um pouco mais e voltarmos aos primórdios da humanidade quando tudo começou para tentar saber o que foi perdido na humanidade e em que momento ocorreu essa perda. Para os que conhecem a Bìblia algumas idéias já começam a brotar. Realmente, a Bíblia é quem pode nos responder essa questão com mais propriedade. O relato da queda da humanidade é significativo. É neste momento que houve a primeira e grande perda na realidade humana. O homem, que foi feito a imagem e semelhança de Deus, tinha os atributos da personalidade implantados em seu ser e em perfeita ordem, tinha um

relacionamento saudável e natural com Deus que o visitava constantemente. Também o primeiro homem era totalmente submisso e obediente ao Senhor. Toda sua dependência estava em Deus até que esta realidade foi alterada. Adão (o primeiro homem) decidiu não mais ser dependente de Deus, decidiu não mais obedecer e fez o que era desagradável diante de seu Criador. No momento da decisão, o pecado (erro do alvo traçado por Deus, obscuridade de coração) entrou em sua realidade. As perdas significativas para Adão foram: 1) Imagem e semelhança foram ofuscadas. 2) ou a ter um relacionamento imperfeito com Deus. 3) Ficou incompleto, com um ‘buraco’, ‘vazio’ em seu interior pela falta da presença de Deus. Então, este vazio, esta sede, é por relacionamento com Deus. É uma busca para recuperar aquilo que tínhamos antes do pecado arrancar, ou seja, um relacionamento natural e saudável com Deus. Agora a segunda pergunta pode ser analisada: Como preencher este ‘vazio interior’? Ficou fácil, né? Se o vazio é a falta de relacionamento com Deus o preenchimento só é possível com a presença de Deus. Este é um princípio muito simples, mas muito difícil de se por em prática. O problema é que para termos este relacionamento com Deus precisamos fazer o que nosso parente antigo não conseguiu. Precisamos confiar nossa vida plenamente a Deus. Precisamos depender dele. Ser submissos a Ele. Essa idéia não é bem aceita de forma prática, pois ela implica em renúncia pessoal e nosso ego trabalha justamente contra isso. Queremos ter o controle de nossas vidas. Queremos ser lógicos, racionais e práticos. Queremos ter nosso destino em nossas mãos. Queremos satisfazer nossas necessidades. Queremos conquistar a nossa vida. Queremos ser heróis. (sabe por que conselhos não funcionam? Por que são os outros que produzem!). A maior falha que cometemos é trocar Deus por outras coisas para preencher esse nosso vazio interior (isso é idolatria). Enfim, algo que parece ser tão fácil como considerar a Deus sobre todas as coisas torna-se muito difícil de ser praticado, pois exige uma completa mudança de mentalidade. Em outras palavras, exige um arrependimento. Uma noção de que vivemos de forma errada e que somente Deus pode nos consertar. Chega de vida vazia ! O relacionamento com Deus é vital e precisamos levar isso a sério. Que Deus nos abençoe.