ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA 1. Introdução A série NBR ISO 9000 enfatiza a importância da auditoria da qualidade, considerando-a considerando uma ferramenta chave de gestão para atingir os objetivos da qualidade da empresa. As auditorias devem ser efetuadas a fim de determinar que os vários elementos dentro de um sistema da gestão da qualidade sejam eficazes e adequados para atingir os objetivos da qualidade estabelecidos. A NBR ISO 10011-1 1 fornece as diretrizes para executar a auditoria do sistema de gestão da qualidade de uma organização. A auditoria do sistema de gestão da qualidade provê também a evidência objetiva referente à necessidade de reduzir, eliminar e principalmente prevenir as não-conformidades. não conformidades. Os resultados destas estas auditorias podem ser usados pela istração para melhorar o desempenho da organização.
2. Objetivos da Auditoria da Qualidade • • • • • • •
Determinar a conformidade ou não-conformidade não conformidade dos elementos do sistema da qualidade Determinar a eficácia do sistema da qualidade Prover ao auditado uma oportunidade para melhorar o sistema da qualidade Atender aos requisitos regulamentares Permitir a certificação do sistema de gestão da qualidade Avaliar inicialmente um fornecedor quando se pretende estabelecer uma relação relaçã contratual Verificar se o sistema da qualidade da própria organização continua a atender aos requisitos especificados e se está sendo implementado • Verificar, dentro de uma relação contratual, se o sistema de gestão da qualidade do fornecedor continua a atender aos requisitos especificados e se está sendo implementado.
3. Definições OBSERVAÇÃO DA AUDITORIA DA QUALIDADE Constatação e fato feita durante uma auditoria da qualidade e consubstanciada por evidência objetiva. EVIDÊNCIA OBJETIVA Informação cuja ja veracidade pode ser comprovada, com base em fatos obtidos através de observação, medição, ensaio ou outros meios. Pode ser um documento, uma peça, uma ordem de produção ou qualquer prova que permita comprovação do fato. AÇÃO CORRETIVA Ação implementada para eliminar as causas de uma não conformidade real, visando evitar sua rere ocorrência.
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA AUDITORIA DE ADEQUAÇÃO Auditoria que visa verificar se a documentação do sistema de gestão da qualidade está conforme em relação à norma de referência. AUDITORIA DE CONFORMIDADE Auditoria que visa verificar se os métodos documentados estão implementados de forma eficaz.
4. Funções e Responsabilidades EQUIPE AUDITORA Independente do fato de uma auditoria estar sendo executada por uma equipe ou um indivíduo, deve haver um auditor-líder líder encarregado do processo como um todo. Dependendo das circunstâncias, a equipe auditora pode incluir especialistas, auditores em formação ou observadores aceitos pelo cliente, pelo auditado e pelo auditor-líder. auditor AUDITORES Os auditores são responsáveis por: • Cumprir os requisitos aplicáveis da auditoria; • Comunicar e esclarecer os requisitos da auditoria; • Planejar e realizar as atribuições sob suas responsabilidades, efetiva e eficientemente; • Documentar as observações; • Relatar os resultados ados da auditoria; • Verificar a eficácia das ações corretivas adotadas como resultado da auditoria (quando requisitada pelo cliente); • Reter e conservar os documentos relativos à auditoria: o Submetendo tais documentos à apreciação, quando requerido; o Assegurando que estes documentos permaneçam confidenciais; o Tratando, com discrição, iscrição, informações sigilosas; • Cooperar com o auditor-líder, líder, dando-lhe dando e. AUDITOR-LÍDER O auditor-líder líder é o responsável final por todas as fases da auditoria. Deve ter capacidade gerencial e experiência, pois a ele é conferida a responsabilidade de dirigir todo o processo de auditoria, incluindo atividades como: • Participar da seleção dos outros membros da equipe auditora; • Preparar o plano de auditoria; • Representar a equipe auditora junto à istração do auditado, coordenando o trabalho dos demais auditores; • Apresentar o relatório da auditoria. CLIENTE • Determina a necessidade e o propósito de uma auditoria e inicia o processo; • Determina a organização auditora; • Determina o espaço geral da auditoria, bem como a norma do sistema de gestão da qualidade ou o documento que deve ser seguido; • Recebe o relatório de auditoria; Página 2 de 16
ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA AUDITADO: A gerência do auditado deve: • Informar aos funcionários envolvidos os objetivos e escopo escop da auditoria; • Apontar membros responsáveis para acompanhar a equipe auditora; • Prover a equipe auditora de todos os recursos necessários para assegurar um processo de auditoria eficaz e eficiente; • Prover o o às instalações e material comprobatório, conforme conforme solicitado pelos auditores; • Cooperar com os auditores para permitir que os objetivos da auditoria sejam atingidos; • Determinar e iniciar ações corretivas baseadas no relatório da auditoria. GESTÃO DO PROGRAMA DE AUDITORIA Organização ou função dentro de uma organização com a responsabilidade de planejar e executar ciclos programados de auditorias de sistemas de gestão da qualidade.
A eficiência é a preguiça inteligente. Se não sabe aonde vai, qualquer estrada te levará lá. Tentar é a maneira ruidosa de não fazer nada.
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA ➤ 5. ROTEIRO PARA EXECUÇÃO DE AUDITORIA DA QUALIDADE
ÍNICIO FASE 1
FASE 2
FASE 3
Definição do Escopo Planejamento e Programação das Auditorias da qualidade Análise Prévia da Documentação
FASE 4
Preparação da Lista de Verificação baseada na documentação do SGQ
FASE 5
Notificação ao Auditado
FASE 6
Reunião Inicial entre Auditores e Auditados
FASE 7
Realização da Auditoria
FASE 8
Evidências Objetivas N Houve NC S
FASE 9
Registrar NC individualmente
Reunião Final
Reunião Final
Relatório de Auditoria
Prazo para Implementação Ações
FIM FASE 10 Relatório de Auditoria
➤
Acompanhamento das Ações FASE 11 Corretivas e Verificação de Eficácia
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA 6. FASE 1 – DEFINIÇÃO DO ESCOPO Escopo da Auditoria O cliente toma as decisões finais quanto aos elementos do sistema de gestão da qualidade, locais e atividades organizacionais que devem ser auditadas dentro de um determinado período de tempo. O escopo deve ser determinado de tal forma a corresponder às necessidades de informações específicas do cliente. Devem ser especificadas pelo cliente as normas ou documentos com os quais o sistema de gestão da qualidade do auditado deve estar em conformidade. Freqüência da Auditoria A necessidade de realizar uma auditoria é determinada pelo cliente levando em consideração requisitos especificados ou regulamentares e outros fatores pertinentes. Ao se decidir a freqüência da auditoria devem ser levadas em consideração certas circunstâncias circunstânc típicas, como: • Mudanças significativas na gestão, organização, política, técnicas ou tecnologias • Mudanças do próprio sistema de gestão da qualidade • Importância e grau de dificuldade de cada elemento.
7. FASE 2 – PREPARAÇÃO DA AUDITORIA Planejamento o e Programa de Auditoria O planejamento e o programa de auditoria devem ser aprovados pelo cliente e comunicados aos auditores e auditados. Compõem-se se de: • Os objetivos e escopo de auditoria; • Identificação da norma do sistema de gestão da qualidade; • Identificação dos membros da equipe auditora; • Data e local em que a auditoria deve ser executada; • Identificação dos processos a serem auditados. Atribuições de Equipe Auditora A cada auditor devem ser atribuídos elementos específicos do sistema de gestão da qualidade qua ou do departamento funcional a ser auditado. Estas atribuições devem ser feitas pelo auditor-líder, auditor após consultar os auditores envolvidos e, necessariamente observando-se observando se a independência dos auditores em relação aos elementos auditados.
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA 8. FASE 3 – ANÁLISE CRÍTICA PRELIMINAR DA DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Como base de planejamento de uma auditoria, o auditor deve analisar criticamente a adequação do manual, procedimentos e instruções documentadas para atender aos requisitos requisitos da norma de referência. Se esta análise crítica revelar que o sistema descrito pelo auditado não é adequado para atender aos requisitos , não devem ser despendidos outros recursos na auditoria até que as questões estejam resolvidas satisfatoriamentee para o cliente, o auditor e, quando aplicável, o auditado. Consiste ainda do primeiro contato do grupo auditor com a documentação do auditado, podendo haver pequenas dificuldades para as interpretações iniciais. Documentos de Trabalho Os documentos necessários para facilitar as verificações do auditor, documentar e relatar os resultados podem incluir: • Listas de verificação usadas para avaliar os elementos do sistema de gestão da qualidade (normalmente preparadas pelo auditor designado para auditar um elemento específico) • Formulários para relatar observações da auditoria da qualidade • Formulários para documentar as evidências coletas. Os documentos de trabalho devem ser preparados sob a coordenação do auditor líder, pelo grupo ou pelos auditores separadamente, damente, de maneira a não restringir atividades ou investigações adicionais na auditoria, que possam se tornar necessárias como resultado de informações reunidas durante o auditor. Caso estes documentos já estejam disponíveis pelas auditorias anteriores, eles devem ser analisados quanto às necessidades de melhorias.
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA 9. FASE 4 – MODELO DE LISTA DE VERIFICAÇÃO LISTA DE VERIFICAÇÃO Número
Conformidade S/N
Requisitos e Evidências Objetivas
Como são executadas as interações entre os processos da organização? 4.2.2 Evidências: Como são disponibilizados documentos aplicáveis nos locais de uso? 4.2.3 Evidências:
5.1
Como a direção comunica a importância em atender aos requisitos de clientes? Evidências: Como a direção assegura o aumento da satisfação de cientes ?
5.2 Evidências:
5.3
Como a direção assegura o entendimento da Política da Qualidade por toda a organização? Evidências: Como é avaliada a eficácia de ações executadas envolvendo treinamento?
6.2.2. Evidências: Como é realizado o planejamento para realização do produto/serviço? 7.1 Evidências
8.2.2
Verificar intervalos, execução conforme planejamento, situação das áreas, auditores, uditores, procedimentos documentados, ações corretivas, verificação ação corretiva. Evidências:
Data:
Auditor:
Folha:
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA 10. FASE 5 – NOTIFICAÇÃO AO AUDITADO Consiste da confirmação da realização da auditoria, conforme indicado na programação e visa evitar eventuais problemas de agenda entre auditores e auditados. Pode ser documentado através de envio de comunicado formal ou verbal. Cabe ao auditor-líder líder a decisão do método a ser usado para a notificação.
11. FASE 6 – EXECUÇÃO DA AUDITORIA Reunião Inicial O propósito de uma reunião de abertura é: • Apresentar os membros da equipe auditora à istração superior do auditado; • Ratificar o escopo e os objetivos da auditoria; • Apresentar um sumário sobre os métodos e procedimentos que serão usados durante a auditoria; • Estabelecer os canais formais de comunicação entre a equipe auditora e o auditado; • Confirmar a disponibilidade de recursos e meios necessários para a equipe auditora; • Confirmar a duração, data e horário para a reunião final. Roteiro para uma Reunião Inicial Produtiva Produtiv 1. Auditor-líder inicia reunião 2. Apresentar grupo auditor 3. Relembrar confidencialidade, o aos registros e instalações 4. Relembrar programação prévia 5. Referenciar norma usada 6. Definir não conformidades 7. Solicitar guias acompanhantes 8. Conhecer os horários do auditado itado 9. Agendar reunião final 10. Encerrar reunião 11. Iniciar as observações e a coleta de evidências objetivas
12. FASE 7 – COLETA DE EVIDÊNCIAS OBJETIVAS Coleta de Evidências Objetivas As evidências objetivas devem ser coletadas através de entrevistas, exame de documentos e observações de atividades e condições nas áreas de interesse. Indícios sugerindo não-conformidades não vêm ser anotados, se parecerem relevantes, mesmo não constando da lista lista de verificação, e devem ser examinados. As informações obtidas através de entrevistas devem ser comprovadas com informações relativas ao mesmo assunto de outras fontes independentes, tais como, observação física, medições e registros. Declarações verbais ais dos auditados não devem ser usadas como evidência objetiva, pois não podem ser fisicamente caracterizadas. Durante a auditoria, o auditor-líder líder pode fazer modificações relativas às atribuições de auditores em relação ao programa de auditoria com concordância concordância do auditado, se isto for necessário para assegurar a realização das atividades conforme programado. Página 8 de 16
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Caso os objetivos da auditoria pareçam tornar-se tornar inatingíveis o auditor-líder líder deve informar as razões disto ao cliente e ao auditado. A coleta de evidências objetivas é executada sempre na presença do auditado e com o acompanhamento do guia que também possui o papel de ratificar as observações feitas pelos auditores. Outro aspecto a ser considerado é a disponibilidade da lista mestra de documentos no setor auditado, que deve estar prontamente disponível para consulta. Deve-se Deve se solicitar ao auditado que localize na documentação alguma informação necessária e considerar que a argumentação por parte do auditado de que o processo está em fase de implantação implantação não justifica a ocorrência de não conformidades. Amostragem na Coleta de Evidências Objetivas Face a impossibilidade de se avaliar todas as situações possíveis e disponíveis durante a coleta de evidências objetivas, executa-se se a avaliação de uma amostra amostra coletada aleatoriamente. Com base no resultado desta amostra conclui-se se sobre a conformidade ou não do requisito analisado. Essa prática de trabalho está associada a um erro amostral que é minimizado se a coleta da amostra for feita aleatoriamente e se for representativa do conjunto analisado. Métodos estatísticos normalizados podem ser utilizados porém requerem planejamento prévio, pois normalmente estão associados a números elevados de amostras. Cuidados na Comunicação entre Auditores e Auditados A realização ealização de auditorias internas ou externas pode provocar pequenas alterações de comportamento por parte dos auditados. Tal comportamento inclui certo nervosismo e ansiedade e não pode ser desconsiderado pelos auditores para que haja uma condição sincera e profissional para a realização da auditoria. Dessa forma os auditores devem estar atentos aos sinais característicos desses comportamentos e deve agir de forma a tentar tranqüilizar a situação restabelecendo o equilíbrio necessário. Mostrar curiosidade sobre a atividade rotineira desenvolvida pelo auditado ou fazer referência a qualquer generalidade pode facilitar a recuperação da confiança do mesmo e viabilizar a retomada da entrevista e coleta de evidências.
13. FASE 8 – ANÁLISE DE EVIDÊNCIAS OBJETIVAS Constatações Todas as observações feitas durante a auditoria devem ser documentadas. Depois de auditar todas as atividades, a equipe auditora deve analisar criticamente todas as observações para determinar quais devem ser registradas como não-co conformidades. nformidades. A equipe auditora então deve certificar-se certificar de que tudo está documentado de modo claro e conciso e comprovado por evidências. As não-conformidades conformidades devem ser identificadas em relação aos requisitos específicos da norma ou de outros documentos relacionados, segundo os quais a auditoria foi conduzida. As observações devem ser reavaliadas pelo auditor-líder líder juntamente com o auditado. Devem ser mantidos registros dos nomes, funções e datas dos auditados entrevistados. As não conformidades podem ser classificadas segundo seu impacto no sistema da qualidade. Torna-se comum a atribuição de “maiores” para as não conformidades que quebram a confiança no resultado do Página 9 de 16
ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA Sistema de Gestão, ou seja, o envio ou potencial envio de produto/serviço produto/serviço não conforme ao cliente, a inexistência ou inobservância de requisito requ previsto na norma ou fatos isolados que possuem a mesma natureza, distribuídos em várias áreas de organização. Por outro lado, as não conformidades normalmente classificados classificados como menores, são aquelas pontuais e que não comprometam o funcionamento em confiança atribuída ao Sistema de Gestão da organização.
14. FASE 9 – REUNIÃO FINAL No final da auditoria, antes de se preparar o relatório final, a equipe auditora deve reunir-se reun com a istração superior do auditado e as pessoas responsáveis pelas funções envolvidas. O principal objetivo desta reunião é apresentar as observações da auditoria da qualidade à istração superior de maneira tal que garanta uma compreensão compreensão clara dos resultados obtidos na auditoria. O auditor-líder líder deve apresentar as observações da auditoria da qualidade iniciando pelas não conformidades de maior impacto e comentar, com base nas evidências identificadas, a eficácia do sistema de gestão da qualidade para assegurar que os objetivos da qualidade sejam atendidos. Devem ser mantidos registros da reunião de encerramento. Nota: Caso seja solicitado, o auditor pode também fazer recomendações ao auditado para a melhoria do sistema de gestão da qualidade. Não é obrigatório se fazer recomendações ao auditado. Fica a critério do auditado determinar a extensão, a maneira e os meios de ação para melhorar seu sistema de gestão da qualidade. Roteiro para uma Reunião Final Produtiva 1. Auditor-Líder inicia reunião 2. Agradecimentos 3. Reapresentações dos auditores 4. Auditoria feita por amostragem 5. Norma usada e escopo da auditoria 6. Confidencialidade de informações 7. Prever espaço para perguntas do auditado no fim 8. Busca de conformidades, dar conotação positiva 9. Somente não conformidades serão relatadas verbalmente 10. Apresentar não conformidades de maior impacto no início 11. Relatório em 2 dias 12. Conteúdo do relatório igual ao da reunião final 13. Resumo direto e objetivo 14. Dúvidas dos auditados 15. Acordar prazo ações corretivas 16. Encerrar a reunião.
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA 15. FASE 10 – RELATÓRIO DE AUDITORIA Preparação do Relatório de Auditoria O relatório de auditoria é preparado sob a orientação do auditor-líder, auditor líder, porém é de responsabilidade do grupo auditor. Deve conter os seguintes itens: • Escopo; • Identificação dos membros da equipe auditora e representantes do auditado, datas de auditorias e identificação do local auditado; • Identificação dos documentos de referência segundo os quais a auditoria foi conduzida (norma do sistema de gestão da qualidade,, manual do sistema de gestão da qualidade, etc); • Não-conformidades; • Avaliação da equipe auditora sobre a extensão de conformidade do auditado com a norma aplicável do sistema de gestão da qualidade e documentação relacionada; • Capacidade de o sistema atingir os objetivos da qualidade definidos; • Melhorias potenciais, se aplicáveis. Distribuição de Relatório O relatório de auditoria deve ser enviado ao cliente pelo auditor-líder, auditor líder, o qual também deve ser reado ao auditado. Devem conter informações confidenciais e exclusivas, sendo resguardados adequadamente pela organização auditora e pelo cliente. O relatório de auditoria deve ser emitido o mais rápido possível. Caso a emissão não possa ocorrer dentro do período previsto, deve-se deve comunicar os motivos vos do atraso ao cliente e ao auditado, determinando uma nova data de emissão. Retenção de Registros Os documentos relativos à auditoria devem ser retidos conforme acordo entre o cliente, a organização auditora e o auditado em conformidade com os requisitos requisitos da norma de referência ou do cliente. Término da Auditoria A auditoria é considerada terminada após o relatório ser submetido ao cliente. Cabe frisar, no entanto, que a tomada de ações corretivas em tempo hábil é fundamental para que o ciclo de melhoria ia seja completado, não se restringindo a simples entrega do relatório ao auditado.
16. FASE 11 - Acompanhamento da Ação Corretiva O auditado é responsável pela determinação e iniciação da ação corretiva necessária para corrigir uma não-conformidade conformidade ou para corrigir a causa de uma não-conformidade. não O auditor é responsável apenas pela identificação da não-conformidade. não A ação corretiva e as subseqüentes auditorias para sua verificação devem ser completadas dentro de um período de tempo estipulado em comum acordo entre o cliente e o auditado. Na reunião final de auditoria, o cliente é representado pelo grupo auditor para efeito desse aspecto. Página 11 de 16
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A auditoria de acompanhamento de ações corretivas tem por objetivo verificar se as ações foram executadas conforme o planejado e se são eficazes em prevenir a ocorrência da não conformidade. Tal fato é constatado pela coleta de novas evidências evidências objetivas, após a implementação das ações, de forma a constatar que estas não voltaram a ocorrer. Pode ser proveitoso utilizar o próprio registro da ação corretiva para evidenciar a realização da auditoria de acompanhamento. Características das Auditorias ditorias de Análise Crítica de Ações Corretivas (Acompanhamento) • Não constam da programação periódica de auditorias, porém são programadas antecipadamente entre cliente, auditados e auditores. • Não são obrigatórias as participações dos mesmos auditores da auditoria auditoria inicial. • Necessitam de nova análise dos documentos envolvidos. • Necessitam de nova coleta aleatória de evidências objetivas para constatar que as não conformidades não ocorreram novamente (corretiva). • Necessitam de nova reunião final. A reunião inicial ini é desejável. • Requer registro em relatório específico ou próprio relatório de ação corretiva ou preventiva.
17. Problemas Comportamentais durante as Auditorias A relação entre auditores e auditados pode ar por diversas situações pessoais de comportamento compo provocadas pelos auditados.. Normalmente tem-se tem se a situação profissional, responsável e equilibrada, mas podem-se encontrar variações em função de fatores como, • Gravidade ou quantidade de não conformidades evidenciadas • Maturidade em sistema de gestão gestã da qualidade por parte do auditado • Comprometimento do auditado com o sistema de gestão da qualidade • Método de gerenciamento de conflitos adotado na empresa ou pela gerência do auditado Dentre os comportamentos esperados, podemos citar: Apatia e Falta de Motivação Normalmente caracterizado por não dar atenção às informações dos auditores, dispersar o assunto envolvido e não demonstrar o menor interesse nos resultados do processo de auditoria, propondo prazos extremamente longos para a tomada de ações corretivas. co Contra Auditoria Normalmente caracterizada por insinuações que buscam menosprezar a auditoria ou os auditores, questionando competência e buscando inversão de papéis, ou ainda assumindo que problemas podem ser resolvidos com a chefia dos auditores. auditor Pode incluir longas conversas ao telefone ou inúmeras interrupções como forma de gastar o tempo dos auditores e agressividade no tratamento verbal.
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA Sindicância Caracterizado pela busca incansável dos nomes dos responsáveis pelas não conformidades apontadas a e conotação de auditoria ser usada para fins punitivos. Pânico Normalmente caracterizado por tremores, sudorese, excitação ou gaguejamento em responder as solicitações dos auditores motivadas pelo receio de serem responsabilizadas pessoalmente pelas pe não conformidades apontadas. Antagonismo Interno Normalmente caracterizado pelo questionamento de responsabilidades pelas não conformidades entre os auditados ou questionamento da postura da própria empresa sobre o assunto. Solicitação de Orientação aos Auditores para Ações Corretivas Normalmente caracterizado pela valorização da competência dos auditores como forma de obter compromisso informal sobre a forma de correção que o auditor aceitaria para a não conformidade. Tal prática exige cuidado por parte dos auditores em não comprometer-se comprometer se em ações diretas, pois sem análise profunda das causas não se pode afirmar as ações necessárias, dificultando as análises posteriores de eficácia das mesmas. Monopolizar a condução da auditoria Normalmente caracterizado rizado pela tentativa do auditado em dirigir à agenda, a coleta de evidências, as pessoas entrevistadas e até a agenda das reuniões inicial e final. POSTURA DOS AUDITORES QUANDO SE DEPARAM COM PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS Independente da situação encontrada pelos auditores, recomenda-se se relembrar aos auditados os principais objetivos da realização de auditorias, lembrando que o objetivo é a melhoria da forma de trabalho vigente sem promover ações que visem dificultar o relacionamento entre as pessoas ou entre as organizações. O grupo auditor deve agir com polidez e educação sem perder no entanto a firmeza nos seus propósitos e métodos de trabalho.
18. Qualificações dos Auditores da Qualidade A fim de que as auditorias de sistemas de gestão da qualidade sejam executadas efetiva e uniformemente, conforme definido na NBR ISO 10011, exigem-se exigem se critérios mínimos para a qualificação de auditores. A NBR ISO 10011 descreve os critérios mínimos para avaliação inicial e manutenção da qualificação para execução dessa atividade. Educação Os candidatos devem ter demonstrado sua competência em expressar clara e fluentemente seus conceitos e idéias, oralmente e por escrito, bem como conhecer os requisitos das normas de sistema de gestão da qualidade sobre a qual a auditoria audi será realizada.
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA Treinamento Os candidatos a auditor devem ter feito um treinamento até um nível que assegure sua competência nas habilidades necessárias para executar e gerenciar auditorias. Um treinamento nas seguintes áreas deve ser considerado particularmente particularmente importante: • Conhecimento e compreensão das normas nas quais se baseia a execução das auditorias do sistema de gestão da qualidade; • Técnicas de análise de exames, questionários, avaliação e preparação de relatórios; • Habilidades adicionais necessárias essárias na gestão de uma auditoria, tais como, planejamento, organização, comunicação e direção. Esta competência deve ser demonstrada através de exames orais e escritos, exercícios práticos ou outros meios aceitáveis. Experiência Os candidatos a auditor devem ter no mínimo quatro anos de experiência profissional na área, em regime de tempo integral (que não inclui o período de treinamento), dos quais pelo menos dois devem ter sido em atividades relativas a garantia da qualidade. Antes de assumir a responsabilidade como auditor pela execução de uma auditoria, o candidato de ter adquirido experiência de todo o processo de auditoria. Esta experiência deve ter sido adquirida através da participação em auditorias conduzidas por auditores qualificados, incluindo a análise crítica da documentação, preparação de relatórios e execução propriamente dita da auditoria. Atributos Pessoais Os candidatos a auditor devem ter uma mentalidade aberta e madura, julgados dignos de confiança, capacidade analítica e tenacidade. acidade. Devem ter ainda habilidade para perceber situações de maneira realista, compreender operações complexas sob o ponto de vista geral. O auditor deve estar apto a aplicar estes atributos para: • Obter e avaliar a evidência objetiva de maneira justa • Agir de forma imparcial • Somente emitir parecer com base em evidências objetivas • Demonstrar respeito em relação aos auditados • Manter-se se dentro do planejamento estabelecido • Reagir efetivamente em situações de tensão, mantendo postura equilibrada. Capacidade Gerencial Os candidatos a auditor devem demonstrar através de meios adequados seu conhecimento e capacidade de usar as habilidades gerenciais necessárias na execução de uma auditoria. Tais habilidades incluem a execução de eventuais replanejamentos, alterações alterações de horários e tratamento de dificuldades operacionais ocorridas durante a auditoria. Manutenção da Competência Os auditores devem manter sua competência: • Assegurando que os seus conhecimentos das normas, requisitos, procedimentos e métodos de auditoria estão atualizados; Página 14 de 16
ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA • Participando de treinamentos de atualização, quando necessário; • Tendo seu desempenho reavaliado periodicamente pela empresa com base em auditorias e relatórios efetuados. Seleção do Auditor-Líder O auditor-líder para uma auditoria oria específica deve ser escolhido pela gerência de um programa de auditoria entre auditores qualificados, levando ainda em conta os seguintes critérios: • Os candidatos devem ter atuado como auditores em pelo menos três auditorias completas; • Os candidatos devem evem ter demonstrado sua capacidade de se comunicar eficientemente, oralmente e por escrito, ter habilidade para gerenciar o trabalho de outros auditores da empresa.
19. Gestão do Programa de Auditoria A gestão do programa de auditoria deve ficar a cargo de pessoas que possuam conhecimento prático dos procedimentos e das rotinas de auditoria da qualidade. Normalmente recaem sobre o Representante da Direção, Gerente da função Qualidade ou Gerente da função Recursos Humanos. Avaliações de Desempenho A gestão tão do programa de auditoria deve avaliar continuamente o desempenho dos auditores através de observação das auditorias quanto as resultados alcançados e comportamento de auditores e auditados. Estas informações devem ser usadas para melhorar a seleção e desempenho desempenho do auditor e ainda identificar desempenhos inadequados. A gestão do programa de auditoria deve tornar estas informações disponíveis aos responsáveis pela qualificação dos auditores da empresa. Normalmente tais responsáveis incluem o Representante Representante da Direção, Gerente da função Qualidade, Gerente da função Recursos Humanos dentre outros. Consistência dos Auditores Auditorias conduzidas por auditores diferentes devem chegar a conclusões similares quando a mesma operação é auditada sob as mesmas condições. condições. A gestão do programa de auditoria deve estabelecer métodos para medir e comparar o desempenho do auditor para obter consistência entre os auditores. Estes métodos devem incluir: • Seminários para treinamento de auditores; • Comparações críticas dos relatórios de auditoria; • Análises críticas dos relatórios de auditoria; • Rodízio de auditores entre as equipes auditoras. Treinamento A gestão do programa de auditoria deve avaliar regularmente as necessidades de treinamento dos auditores e tomar ações apropriadas opriadas para manter e aprimorar as aptidões nas auditorias.
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ETAPAS DA AUDITORIA INTERNA 20. Fatores Operacionais Comprometimento de Recursos Devem ser determinados procedimentos para assegurar a disponibilidade de recursos adequados para realizar os objetivos do programa de auditoria e incluem normalmente em auditorias internas somente a disponibilidade de horas para que os auditores atuem. Confidencialidade A gestão do programa de auditorias deve estabelecer os procedimentos para salvaguardar a confidencialidade de qualquer informação da auditoria ou do auditor.
21. Melhoria do Programa de Auditorias A gestão do programa de auditoria deve prever um método para a melhoria contínua do programa através de realimentação e recomendações a todas as partes envolvidas. As análisess críticas pela direção previstas na NBR ISO 9001:2000 constituem-se constituem dentre outras, de excelente oportunidade para analisar o programa de auditorias sob todos os aspectos.
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