Fichamento O Significado De Significado 6m6i

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS SOCIAIS

VINÍCIUS VILLELA PENNA

Fichamento – O Significado de Significado – C. K. Ogden e I. A. Fichards.

BELO HORIZONTE 2014

O tema abordado aqui, como próprio nome já diz é o de encontrar o significado do significado. Temos insistido em procurar em outras ciências a reposta dessa questão levantada e algumas vezes abandonada. Para começar a investigação os autores propõem questiona a correspondência entre palavra e coisa, essa seria o maior problema de uma ciência do significado. As palavras estão mentalmente ligadas a fatos dentro de nossa consciência, a pergunta é o que são esses fatos? A primeira, e mais simples das respostas, dada por Dr. Postgate, é a de que esses nomes são indicativos ou descritivos da coisa representadas por eles. Isso indica que existiria algo de filosófico ou psicológico na questão levantada, mas está fadado ao erro ao tratar as palavras como se seus significados fossem fixos e precisos. Ogden e Richards também criticam F. de Saussure, segundo os autores, Saussure focou seus esforços em responder a pergunta de qual seria o objeto simultaneamente integral e concreto da linguagem, sem antes se perguntar se esse objeto realmente existe, se faz sentido procura-lo. Saussure é ainda criticado por conferir à língua um caráter de totalidade, que só existe de modo completo, para os autores isso nega a teoria dos sinais. O problema da semiologia, por mais que ela tenha apontada para o caminho certo, foi o fato de ela ter se mantido afastada das coisas e, por conseguinte, se afastado também da possibilidade de aplicação do método cientifico de verificação. A critica agora cabe a Delagroix que, assim coo Saussure, não foi a fundo suficiente em sua pesquisa para deixar clara sua deficiência. Característica essa dos filósofos que tentaram tratar do assunto. Vamos ar agora para o trabalho dos etnólogos, muitos dos quais aram antes por uma formação em psicologia. Tratemos agora de Boas que propõe tratara linguagem de três diferentes formas: 1 – elementos fonéticos constituídos da linguagem; 2 – o grupo de ideias expressas pelo grupo fonético; 3 – o método de combinação e modificação dos grupos fonéticos. Tal método visa atingir compreensões que só são possíveis a investigadores estrangeiros que funciona na relação das palavras com as coisas através de ideias. Esse trabalho peca ao negar o fato de que não tão somente ideias, a fala também é responsável por transmitir atitudes desejos e intenções.

Todos esses erram ao não se questionarem, antes de se engajar em sua empreitada, sobre o que realmente ocorre na discussão do problema da linguagem negando seu indubitável caráter psicológico. Os autores e engajam agora em demonstrar sua perspectiva sobre a temática, para eles a simbolismo seria o estudo “do papel desempenhado nas transações humanas pela linguagem e os símbolos de todas as espécies, e em especial da sua influencia no pensamento. (...) Os símbolos dirigem e organizam, registram e comunicam (...)” para tato “temos que distinguir sempre entre pensamento e coisa” (OGDEN C. K. e RICHARDS I. A. XXXX, p. 30). Pensamento é, por tanto algo que é dirigido e organizado, registrado e comunicado. Na mesma linga, os símbolos também operam registrando acontecimentos e registrando fatos. Enquanto coisa é como “objeto” ou “referente” que representa uma coisa. As palavras não significam nada por elas mesmas, ela só se valem de significados quando alguém, em algum momento as utiliza, nesse sentido elas são instrumentos. Para além disso, as palavras também tem outras funções, são elas a de designação e de emoção. Vamos começar pelo estudo da relação entre pensamento, palavra e coisa, presente na fala reflexiva, desmembrado inicialmente o caráter indireto entre palavra e coisa. Existe uma relação causal entre pensamento e símbolo, o ato da fala implica no emprego de um simbolismo, que funciona, em parte, pela referencia que fazemos, por fatores sociais e psicológicos, pelo efeito desejado e atingido e pelas atitudes que tomamos. Quando ouvimos, os símbolos desempenham papel de referencia de acordo com atitudes que podem ser mais ou menos próximas dos atos e atitudes de quem falou.

A relação entre o pensamento e o referente pode ser mais ou menos direta, quando pensamos sobre algo que está diante de nós, ela se dá de forma mais direta, quando pensamos em algo que está distante, não presente de forma menos direta. Isso varia dependendo do tamanho da cadeia de significados que se precisa acionar para e atingir o ponto desejado. Não existe uma relação direta entre o símbolo e a coisa simbolizada a não ser uma relação indireta a não ser sua utilização por alguém para representar a coisa. Precisamos de uma Teoria da Definição para poder entender de forma satisfatória as ligações das palavras, frases, sentenças e suas referências. Para tanto precisamos de uma teoria de conhecimento que seja ível de verificação, retirando da pessoa qualquer atributo que seja, teoricamente, interessante que ela tenha, mas que impede tal método. Quando escutamos um discurso nos colocamos logo a concluir os objetivos de tal discurso nos colocando no lugar do locutor, quando a interpretação se faz de modo correto o locutor e o ouvinte estão imaginando sobre o mesmo objeto. Isso ocorre em muitos dos casos, a maioria, entretanto não é sempre assim. Muitas vezes a linguagem é utilizada para ludibriar, mascarando interesses. Assim uma pessoa ingênua pode se ver diante de muitas intepretações possíveis para um mesmo termo, palavra ou sentença, quando o locutor tinha um objetivo não evidente, mas que em conjunto com dados de fora do discurso se tornam compreensíveis. Entretanto vamos tratar aqui mais da comunicação de boa fé, mesmo ela é sujeita a insuficiências e defeitos. Para sanar tais problemas o que precisamos não é de

mais palavras, ou palavras mais precisas, o importante é saber dominar corretamente o símbolo. Precisamos de um meio de assegurar a correta ponte da referência. Antes da Teoria das Definições precisamos de uma Teoria dos Sinais, nesse sentido podemos começar com o inquérito. Ou seja, uma investigação mais profunda, precisa a cerca de sinais, entretanto interpretação desses próprios sinais e como muitas vezes esses mesmo sinais são percebidos de forma bastante homogênia. Os sinais são utilizados para comunicação e como elementos do pensamento, alguns desses sinais como as palavras, imagens, gestos, entre outros damos o nome de símbolos.

Bobliografia: OGDEN, C. e RICHARDS, I., O Significado de Significado. Rio de Janeio: Zahar, 1976.