High Tech Coisas Da Arquitetura 4f5o6n
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High Tech | Coisas da Arquitetura
http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2013/02/23/high-tech/
High Tech Publicado em 23/02/2013 | 2 Comentários
O High-Tech, abreviatura de high technology, ocorreu, como tendência arquitetônica, a parƟr dos anos 70 e se consƟtuiu em uma uƟlização de métodos, figuras, tecnologia e materiais da arquitetura e engenharia industriais em programas comerciais e residenciais urbanos. Caracteriza-se pela exposição dos sistemas técnicos (elétricos. hidráulicos, climaƟzação, circulação), uso intenso de cores vivas e acabamentos metálicos, vedações com painéis industrializados e vidro, nunca com processos tradicionais de alvenaria, por exemplo, grandes vãos e estruturas tensionadas. Esta exposição dos sistemas técnicos foi chamada, jocosamente, de poéƟca do intesƟnismo.
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Centro Pompidou. Paris, 1971-7. Renzo Piano e Richard Rogers. O primeiro High Tech. A arquitetura High Tech propõe-se oferecer ao usuário, em vez de espaços tradicionais, íveis de receber conotações afeƟvas, espaços de máxima eficiência, jamais perturbados por elementos estruturais ou blocos de circulação e serviços. É o mais expressivo movimento do chamado do modernismo tardio, acontecido nas úlƟmas décadas do Século XX. Tem um débito real para com as vanguardas do ConstruƟvismo SoviéƟco, para com as fantasias do grupo Archigram e para com o Metabolismo Japonês. Do primeiro herdaram a iração pela tecnologia, aquela vontade de expor os equipamentos e componentes técnicos do ediİcio e figurar – às vezes até mesmo fantasiar – técnicas construƟvas. Do grupo Archigram assimilaram a visão de um mundo tecnologicamente resolvido e auto-suficiente, reƟrando porém a visão irônica e bem humorada daquele modelo, e mesmo os traços apocalípƟcos daquelas fantasias. Do modelo japonês ficaram sobretudo com a intenção de separar o espaço servido das unidades serventes, e também o seu conceito de espaço de eficiência máxima, jamais prejudicado por elementos estruturais ou instalações, flexível e universal, um sucessor hipertrofiado do espaço universal de Mies van der Rohe.
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Tubulações expostas na engenharia mecânica da grande indústria. A inspiração da arquitetura High Tech. Sua poéƟca consiste no uso de figuras e materiais da arquitetura e engenharia industriais em programas comerciais e equipamentos urbanos, expondo os sistemas de instalações técnicas, estrutura, climaƟzação e circulação, os quais colorem com cores fortes e acabamentos metálicos. Este modo de fazer um ediİcio subverte uma anƟga metáfora uƟlizada na arquitetura, a do antropomorfismo. Diferentemente do homem, cujos sistemas circulatório, respiratório e digesƟvo são interiores e revesƟdos de carne, o ediİcio High Tech tem estes sistemas na periferia, à semelhança de certos animais primiƟvos.
Centro Pompidou. Interior. O espaço de eficiência máxima, jamais prejudicado por elementos estruturais ou instalações, flexível e universal. É, porém, uma retomada de uma outra anƟga metáfora das vanguardas, de fazer do ediİcio uma “máquina de morar”. O ediİcio então deverá parecer um produto industrial, como um automóvel ou um eletrodomésƟco, construído em uma fábrica e simplesmente montado no síƟo de desƟno. As unidades habitacionais são “cápsulas conectáveis”[1] a uma estrutura-mãe, que se encarrega de provê-la de necessidades e facilidades, como energia e sistemas hidráulicopneumáƟcos. 3 de 12
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uma estrutura-mãe, que se encarrega de provê-la de necessidades e facilidades, como energia e sistemas hidráulicopneumáƟcos. O primeiro ediİcio High Tech foi o Centro Georges Pompidou, em Paris, de 1971-77, projetado por Renzo Piano e Richard Rogers. Este úlƟmo arquiteto, nascido em Florença, de pais ingleses, juntamente com seu meio-compatriota Norman Foster, são os grandes nomes desta tendência. Quando este ediİcio apareceu, vencedor de um concurso público internacional, primeiro dos grande equipamentos construídos, na época, em Paris, como a Ópera da BasƟlha e a Pirâmide do Louvre, chocou meio mundo com sua agressiva poéƟca intesƟnista. Mas veio validado por um Juri de alta fidúcia, que contava com o decano Jean Prouvé como presidente, e os célebres Philip Johnson e Oscar Niemeyer[2].
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Lloyd’s Bank. Londres, 1978-86. Richard Rogers. O Lloyd’s Bank, em Londres, de autoria de Richard Rogers, foi projetado e construído entre 1978 e 1986. Como o Centro Pompidou, em Paris o ediİcio foi inovador, tendo seus serviços, tais como escadas, elevadores, condutos eléctricas e canalizações de água expostos, deixando um espaço livre no interior. Os 12 elevadores de vidro foram os primeiros do Ɵpo no Reino Unido. Como o Centro Pompidou, o ediİcio foi muito influenciado pelo trabalho do grupo Archigram, na década de 1950 e 1960.[3]
Lloyd’s Bank. Planta do pavimento tipo.
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O ediİcio é consƟtuído por três torres principais e três secundárias de serviços em torno de um espaço central, retangular. Seu núcleo é a Sala de UnderwriƟng, no térreo, abriga o famoso LuƟne Qual Bell.[4] Esta sala muitas vezes
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O ediİcio é consƟtuído por três torres principais e três secundárias de serviços em torno de um espaço central, retangular. Seu núcleo é a Sala de UnderwriƟng, no térreo, abriga o famoso LuƟne Qual Bell.[4] Esta sala muitas vezes conhecida simplesmente como “a sala”, contornada por galerias, tem 60 metros de altura e é iluminada naturalmente através de um enorme telhado de vidro abobadado. As primeiras quatro galerias abrem-se para o espaço de átrio, e estão ligados por escadas rolantes. Os pisos superiores são envidraçados, e só podem ser alcançados através dos elevadores externos.
Hong-Kong e Shangai Bank. Hong Kong, 1979-86).Norman Foster
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O Hong-Kong e Shangai Bank (1979-1986), de Norman Foster, completa a tríade de ediİcios canônicos do High Tech. Projetado por Norman Foster foi provavelmente o ediİcio mais conhecido e mais amplamente divulgado de sua época, em grande parte porque foi dito ter custado mais dinheiro do que qualquer outro ediİcio. Não obstante esse
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O Hong-Kong e Shangai Bank (1979-1986), de Norman Foster, completa a tríade de ediİcios canônicos do High Tech. Projetado por Norman Foster foi provavelmente o ediİcio mais conhecido e mais amplamente divulgado de sua época, em grande parte porque foi dito ter custado mais dinheiro do que qualquer outro ediİcio. Não obstante esse Ɵpo de publicidade, o ediİcio marcou época como um feito único de arquitetura da era moderna. A principal caracterísƟca deste é a ausência de estrutura de e interno. Importante também é que a luz solar natural é a principal fonte de iluminação no interior do ediİcio. Há um banco de espelhos gigantes no topo do átrio, que refletem a luz solar, para dentro do hall. Através da uƟlização de luz natural, este projeto ajuda a conservar energia. Além disso, quebra-sóis são colocados nas fachadas externas para bloquear a luz solar direta e para reduzir o ganho de calor. Em vez de água doce, água do mar é uƟlizada como refrigerante para o sistema de ar condicionado.
Hong-Kong e Shangai Bank. Planta do 1º pavimento. 7 de 12
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http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2013/02/23/high-tech/ Hong-Kong e Shangai Bank. Planta do 1º pavimento.
Os ediİcios High Tech primam pela exposição de estruturas e instalações. Alguns, como o Centro Pompidou privilegiam as instalações, colorindo-as com cores planas e primárias. O uso das estruturas tensionadas, como no HKSB e Centro Pompidou é também um dado importante. O aço é sempre bem-vindo como material principal, porém o concreto pode também fazer o seu discurso, como no Lloyd’s. Movimento, jogo de luzes e sombras, alternando com grandes superİcies metálicas, lembrando o drama barroco de fachadas, reeditado no século XX. Mas sobretudo muita racionalidade a serviço da expressão inequívoca do mundo tecnológico. Todas estas feições projetam uma confiança oƟmista na cultura cienơfica.
Hong-Kong e Shangai Bank no contexto.
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Hong-Kong e Shangai Bank. Interior. Os três mosqueteiros, Piano, Rogers e Foster têm ainda a companhia nobre de Nicholas Grimshaw, como grande nome do High Tech.
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Museu do aço. Monterrey. México, 2007. Nicholas Grimshaw Essa tendência desenvolveu-se enormemente nas três úlƟmas décadas do século XX. Aeroportos, estádios de esportes, grandes centros comerciais, adotaram esta linguagem de exaltação da tecnologia e do consumo. Muitos críƟcos se comprazem em assinalar e comentar as imensas contradições do High Tech como poéƟca [5] arquitetônica , contradições estas que, sem dúvida, merecem uma maior atenção. Uma das mais irônicas é que a tendência aparece com sua maior força não nos países que mais responsáveis pela alta tecnologia, isto é, a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos, mas na Inglaterra, um país de marcado gosto pela tradição.
A poética do Centro Pompidou A maior de todas estas contradições, sem dúvida, é que um ediİcio High Tech não se uƟliza de uma tecnologia mais avançada do que qualquer outro. Ou seja, não tem o monopólio do uso da alta tecnologia. Esta é necessária para, por exemplo, fazer um revesƟmento de pedra sobre uma estrutura de aço a quase duzentos metros de altura no céu de Nova Iorque, como no ediİcio da AT&T do Philip Johnson, submeƟdo eventualmente a fortes ventos. Neste caso, porém, a alta tecnologia se esconde humildemente por trás das ironias historicistas do arquiteto. Além disso, os 10 de 12
ediİcio HT se uƟlizam muitas vezes de técnicas artesanais para conseguirem uma expressão tecnológica e industrial. O
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porém, a alta tecnologia se esconde humildemente por trás das ironias historicistas do arquiteto. Além disso, os ediİcio HT se uƟlizam muitas vezes de técnicas artesanais para conseguirem uma expressão tecnológica e industrial. O que caracteriza os ediİcio HT não é o uso da alta tecnologia. Todos os ediİcios projetados nos dias de hoje, de qualquer poéƟca, têm os mesmo sistemas, chamados “inteligentes”, a controlar suas funções, e são construídos segundo a mesma tecnologia disponível, a qual permite certas coisas e impede outras. O que diferencia o ediİcio High Tech não é a “alta tecnologia” que uƟliza mais do que outros, mas a apologia e o exagero expressionista que faz desta, o fato de ostentar esta tecnologia, e fazer dela o seu discurso principal, muitas vezes fantasioso, sempre extremamente caro, e algumas vezes até prejudicando o desempenho deste sistemas que expõe.
Alta tecnologia é necessária para, por exemplo, fazer um revestimento de pedra sobre uma estrutura de aço a quase duzentos metros de altura no céu de Nova Iorque, como no edifício da AT&T do Philip Johnson, submetido eventualmente a fortes ventos. Porém neste caso, a alta tecnologia se esconde humildemente por trás das ironias historicistas do arquiteto. Os espírito de uma época tecnologica, o zeitgeist, cujos mais prezados artefatos referem-se à indústria, à comunicação, à guerra, às viagens espaciais, assim pensam os arquitetos adeptos do High Tech, não pode ter uma arquitetura com feições diferentes. Não pode uƟlizar imprecisos Ɵjolos e concretos artesanais, quando pode lançar mão da perfeição do vidro e da precisão do aço. 11 de 12
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do vidro e da precisão do aço. Os arquitetos High Tech não reivindicavam privilégios arơsƟcos ou sociais. O critério de julgamento deve ser o desempenho, como o das ferramentas do coƟdiano. O prédio deve ser funcional e eficiente, não arơsƟco e simbólico. Só que isto é pedir muito da arquitetura. Esta não consegue ser simplesmente funcional, não importa o quanto tente. Ela sempre será simbólica e no caso do High Tech ela simboliza este mundo de negócios e cultura pre-fabricada que abriga, e o faz ostensivamente, e não discretamente quanto o seu padrinho, o EsƟlo Internacional.
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High Tech Publicado em 23/02/2013 | 2 Comentários
O High-Tech, abreviatura de high technology, ocorreu, como tendência arquitetônica, a parƟr dos anos 70 e se consƟtuiu em uma uƟlização de métodos, figuras, tecnologia e materiais da arquitetura e engenharia industriais em programas comerciais e residenciais urbanos. Caracteriza-se pela exposição dos sistemas técnicos (elétricos. hidráulicos, climaƟzação, circulação), uso intenso de cores vivas e acabamentos metálicos, vedações com painéis industrializados e vidro, nunca com processos tradicionais de alvenaria, por exemplo, grandes vãos e estruturas tensionadas. Esta exposição dos sistemas técnicos foi chamada, jocosamente, de poéƟca do intesƟnismo.
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Centro Pompidou. Paris, 1971-7. Renzo Piano e Richard Rogers. O primeiro High Tech. A arquitetura High Tech propõe-se oferecer ao usuário, em vez de espaços tradicionais, íveis de receber conotações afeƟvas, espaços de máxima eficiência, jamais perturbados por elementos estruturais ou blocos de circulação e serviços. É o mais expressivo movimento do chamado do modernismo tardio, acontecido nas úlƟmas décadas do Século XX. Tem um débito real para com as vanguardas do ConstruƟvismo SoviéƟco, para com as fantasias do grupo Archigram e para com o Metabolismo Japonês. Do primeiro herdaram a iração pela tecnologia, aquela vontade de expor os equipamentos e componentes técnicos do ediİcio e figurar – às vezes até mesmo fantasiar – técnicas construƟvas. Do grupo Archigram assimilaram a visão de um mundo tecnologicamente resolvido e auto-suficiente, reƟrando porém a visão irônica e bem humorada daquele modelo, e mesmo os traços apocalípƟcos daquelas fantasias. Do modelo japonês ficaram sobretudo com a intenção de separar o espaço servido das unidades serventes, e também o seu conceito de espaço de eficiência máxima, jamais prejudicado por elementos estruturais ou instalações, flexível e universal, um sucessor hipertrofiado do espaço universal de Mies van der Rohe.
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Tubulações expostas na engenharia mecânica da grande indústria. A inspiração da arquitetura High Tech. Sua poéƟca consiste no uso de figuras e materiais da arquitetura e engenharia industriais em programas comerciais e equipamentos urbanos, expondo os sistemas de instalações técnicas, estrutura, climaƟzação e circulação, os quais colorem com cores fortes e acabamentos metálicos. Este modo de fazer um ediİcio subverte uma anƟga metáfora uƟlizada na arquitetura, a do antropomorfismo. Diferentemente do homem, cujos sistemas circulatório, respiratório e digesƟvo são interiores e revesƟdos de carne, o ediİcio High Tech tem estes sistemas na periferia, à semelhança de certos animais primiƟvos.
Centro Pompidou. Interior. O espaço de eficiência máxima, jamais prejudicado por elementos estruturais ou instalações, flexível e universal. É, porém, uma retomada de uma outra anƟga metáfora das vanguardas, de fazer do ediİcio uma “máquina de morar”. O ediİcio então deverá parecer um produto industrial, como um automóvel ou um eletrodomésƟco, construído em uma fábrica e simplesmente montado no síƟo de desƟno. As unidades habitacionais são “cápsulas conectáveis”[1] a uma estrutura-mãe, que se encarrega de provê-la de necessidades e facilidades, como energia e sistemas hidráulicopneumáƟcos. 3 de 12
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uma estrutura-mãe, que se encarrega de provê-la de necessidades e facilidades, como energia e sistemas hidráulicopneumáƟcos. O primeiro ediİcio High Tech foi o Centro Georges Pompidou, em Paris, de 1971-77, projetado por Renzo Piano e Richard Rogers. Este úlƟmo arquiteto, nascido em Florença, de pais ingleses, juntamente com seu meio-compatriota Norman Foster, são os grandes nomes desta tendência. Quando este ediİcio apareceu, vencedor de um concurso público internacional, primeiro dos grande equipamentos construídos, na época, em Paris, como a Ópera da BasƟlha e a Pirâmide do Louvre, chocou meio mundo com sua agressiva poéƟca intesƟnista. Mas veio validado por um Juri de alta fidúcia, que contava com o decano Jean Prouvé como presidente, e os célebres Philip Johnson e Oscar Niemeyer[2].
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Lloyd’s Bank. Londres, 1978-86. Richard Rogers. O Lloyd’s Bank, em Londres, de autoria de Richard Rogers, foi projetado e construído entre 1978 e 1986. Como o Centro Pompidou, em Paris o ediİcio foi inovador, tendo seus serviços, tais como escadas, elevadores, condutos eléctricas e canalizações de água expostos, deixando um espaço livre no interior. Os 12 elevadores de vidro foram os primeiros do Ɵpo no Reino Unido. Como o Centro Pompidou, o ediİcio foi muito influenciado pelo trabalho do grupo Archigram, na década de 1950 e 1960.[3]
Lloyd’s Bank. Planta do pavimento tipo.
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O ediİcio é consƟtuído por três torres principais e três secundárias de serviços em torno de um espaço central, retangular. Seu núcleo é a Sala de UnderwriƟng, no térreo, abriga o famoso LuƟne Qual Bell.[4] Esta sala muitas vezes
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O ediİcio é consƟtuído por três torres principais e três secundárias de serviços em torno de um espaço central, retangular. Seu núcleo é a Sala de UnderwriƟng, no térreo, abriga o famoso LuƟne Qual Bell.[4] Esta sala muitas vezes conhecida simplesmente como “a sala”, contornada por galerias, tem 60 metros de altura e é iluminada naturalmente através de um enorme telhado de vidro abobadado. As primeiras quatro galerias abrem-se para o espaço de átrio, e estão ligados por escadas rolantes. Os pisos superiores são envidraçados, e só podem ser alcançados através dos elevadores externos.
Hong-Kong e Shangai Bank. Hong Kong, 1979-86).Norman Foster
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O Hong-Kong e Shangai Bank (1979-1986), de Norman Foster, completa a tríade de ediİcios canônicos do High Tech. Projetado por Norman Foster foi provavelmente o ediİcio mais conhecido e mais amplamente divulgado de sua época, em grande parte porque foi dito ter custado mais dinheiro do que qualquer outro ediİcio. Não obstante esse
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O Hong-Kong e Shangai Bank (1979-1986), de Norman Foster, completa a tríade de ediİcios canônicos do High Tech. Projetado por Norman Foster foi provavelmente o ediİcio mais conhecido e mais amplamente divulgado de sua época, em grande parte porque foi dito ter custado mais dinheiro do que qualquer outro ediİcio. Não obstante esse Ɵpo de publicidade, o ediİcio marcou época como um feito único de arquitetura da era moderna. A principal caracterísƟca deste é a ausência de estrutura de e interno. Importante também é que a luz solar natural é a principal fonte de iluminação no interior do ediİcio. Há um banco de espelhos gigantes no topo do átrio, que refletem a luz solar, para dentro do hall. Através da uƟlização de luz natural, este projeto ajuda a conservar energia. Além disso, quebra-sóis são colocados nas fachadas externas para bloquear a luz solar direta e para reduzir o ganho de calor. Em vez de água doce, água do mar é uƟlizada como refrigerante para o sistema de ar condicionado.
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Os ediİcios High Tech primam pela exposição de estruturas e instalações. Alguns, como o Centro Pompidou privilegiam as instalações, colorindo-as com cores planas e primárias. O uso das estruturas tensionadas, como no HKSB e Centro Pompidou é também um dado importante. O aço é sempre bem-vindo como material principal, porém o concreto pode também fazer o seu discurso, como no Lloyd’s. Movimento, jogo de luzes e sombras, alternando com grandes superİcies metálicas, lembrando o drama barroco de fachadas, reeditado no século XX. Mas sobretudo muita racionalidade a serviço da expressão inequívoca do mundo tecnológico. Todas estas feições projetam uma confiança oƟmista na cultura cienơfica.
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Museu do aço. Monterrey. México, 2007. Nicholas Grimshaw Essa tendência desenvolveu-se enormemente nas três úlƟmas décadas do século XX. Aeroportos, estádios de esportes, grandes centros comerciais, adotaram esta linguagem de exaltação da tecnologia e do consumo. Muitos críƟcos se comprazem em assinalar e comentar as imensas contradições do High Tech como poéƟca [5] arquitetônica , contradições estas que, sem dúvida, merecem uma maior atenção. Uma das mais irônicas é que a tendência aparece com sua maior força não nos países que mais responsáveis pela alta tecnologia, isto é, a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos, mas na Inglaterra, um país de marcado gosto pela tradição.
A poética do Centro Pompidou A maior de todas estas contradições, sem dúvida, é que um ediİcio High Tech não se uƟliza de uma tecnologia mais avançada do que qualquer outro. Ou seja, não tem o monopólio do uso da alta tecnologia. Esta é necessária para, por exemplo, fazer um revesƟmento de pedra sobre uma estrutura de aço a quase duzentos metros de altura no céu de Nova Iorque, como no ediİcio da AT&T do Philip Johnson, submeƟdo eventualmente a fortes ventos. Neste caso, porém, a alta tecnologia se esconde humildemente por trás das ironias historicistas do arquiteto. Além disso, os 10 de 12
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Alta tecnologia é necessária para, por exemplo, fazer um revestimento de pedra sobre uma estrutura de aço a quase duzentos metros de altura no céu de Nova Iorque, como no edifício da AT&T do Philip Johnson, submetido eventualmente a fortes ventos. Porém neste caso, a alta tecnologia se esconde humildemente por trás das ironias historicistas do arquiteto. Os espírito de uma época tecnologica, o zeitgeist, cujos mais prezados artefatos referem-se à indústria, à comunicação, à guerra, às viagens espaciais, assim pensam os arquitetos adeptos do High Tech, não pode ter uma arquitetura com feições diferentes. Não pode uƟlizar imprecisos Ɵjolos e concretos artesanais, quando pode lançar mão da perfeição do vidro e da precisão do aço. 11 de 12
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do vidro e da precisão do aço. Os arquitetos High Tech não reivindicavam privilégios arơsƟcos ou sociais. O critério de julgamento deve ser o desempenho, como o das ferramentas do coƟdiano. O prédio deve ser funcional e eficiente, não arơsƟco e simbólico. Só que isto é pedir muito da arquitetura. Esta não consegue ser simplesmente funcional, não importa o quanto tente. Ela sempre será simbólica e no caso do High Tech ela simboliza este mundo de negócios e cultura pre-fabricada que abriga, e o faz ostensivamente, e não discretamente quanto o seu padrinho, o EsƟlo Internacional.
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