O Nosso Feixe Inesgotável De Luz 4w5kl

O NOSSO FEIXE INESGOTÁVEL DE LUZ “Porque a vida é o que precisamos” Samuel Calado

EPÍLOGO

Brasil, já se ava das 12 horas, no centro da cidade do Recife duas pessoas se conhecem: - Como é o seu nome? - Jaqueline, e o seu? - Samuel, engraçado, tenho uma leve impressão que já te conheço há bastante tempo. - Eu também, mas, como poderemos explicar isso? - Não sei.

Na vida, encontramos pessoas que nos transam a sensação de que já estiveram entre os nossos laços sociais sem jamais terem entrado neles. Talvez esse “jamais” teria sido empregado precipitadamente por uma consciência limitada. É necessário compreender que a essência da alma vai muito além de peles e órgãos, porém, isso vocês entenderão ao longo dessa linda e antiga história de amizade entre essas duas luzes. O autor Samuel Calado

CAPITULO 1 A gênese de um forte laço amistoso Alemanha, já era madrugada e Téo sentia muito frio. Desde que havia sido capturado junto a sua família e levado a uma concentração pelo fato de serem Judeus, eles não pensava em outra coisa além de ar aquelas altas temperaturas.

No galpão, dividia seu cobertor com outro jovenzinho

chamado Gui, que por tristeza da ocasião foi segregado de seus pais e jogado naquele ambiente entregando à família de Téo seu amor pelo amor que pudera receber. Naquela época o país estava sendo cenário de grande dizimação dos Judeus, sob o encabeçamento de Ritler onde a superioridade banal da raça Alemã estava sendo posta em prática, consequentemente pondo fim a todo e qualquer outro povo ali residente. Téo tentava dormir, mas, não conseguia, pois escutava um choro fino e latente vindo do pequeno Gui que estava ao seu lado, comovido, resolve abdicar de sua tentativa de adormecer e tenta acalmar o pequeno aplicando boas energias: - Não chores menino, também estou ando pela mesma situação e nem por isso deixo ela me abater. - Queria saber onde estão meus pais, não sei se ainda estão vivos. Porque tudo teve que ser assim? O que a gente fez para merecer isso? - Não merecemos. Sabe pequeno, talvez um dia a gente entenda o motivo de estarmos ando por isso, mas, no momento só nos resta tentar iluminar este lugar escuro com boas energias. - E como podemos fazer isso? - Bem, eu estou tentando, porém, acho que preciso de mais ajuda nessa missão. Você não deseja me ajudar? - Ajudar? Eu? Mas eu sou tão pequenino. Talvez minhas tentativas se tornem inúteis.

- Lógico que não! Você pode ajudar contando para mim todos os momentos felizes que já ou. Isso poderá resgatar boas lembranças em você e trazer boas luzes de ânimo para o ambiente também. - Será? Então está bem, para a pouca idade que tenho já vivi altas alegrias, lembro-me do dia em que perdi meu primeiro dente... E o pequeno Gui começou a contar tudo de bom que já havia acontecido com ele, em poucos instantes os dois estavam dando altas gargalhadas em plena madrugada. Naquele momento, uma grande amizade começara a surgir em meio ao ambiente de medo que os rodeava. Incrível como uma simples ação do Téo pôde afastar o sentimento de medo e tristeza que possuía o pequeno Gui, trazendo de volta à luz da esperança. Não se sabe ao certo quanto tempo ficaram submetidos aquela situação, no entanto, não foi muito. Todos os dias, dentro daquele galpão conversavam, brincavam e ajudavam outras crianças a sorrirem também, com isso, traziam luzes de ânimo e alegria para todos que ali se encontravam. Infelizmente, em uma tarde receberam o seguinte aviso de um soldado alemão: - Vocês conseguiram conquistar a liberdade! Saíam imediatamente desse galpão e dirijam-se ao caminho que o tenente aqui presente irá guiar. Não levem nenhum pertence pois isso prejudicará a locomoção! Embriagados de tanta felicidade todos seguiram para o caminho que o tenente indicava, tratava-se de um outro galpão mais escuro e abafado. Quando a ultima pessoa entrou, viram a porta ser fechada brutalmente e notaram que a liberdade que o soldado estava falando não era bem a que eles imaginavam. Gases mortais foram liberados dentro daquela estufa e em meio ao desespero das pessoas podia se enxergar a imagem de duas crianças se abraçando e dizendo: - Gui, acho que conseguimos o que queríamos, tenho certeza que chegaremos o lugar iluminado que procurávamos e cantávamos! - Téo, estou com muito medo de morrer! - Não estamos morrendo, estamos nascendo novamente, me abrace!

Infelizmente, naquele espaço todos morreram sob o efeito dos gases. Na verdade foram libertados daquele cenário aterrorizante a qual tinham sido submetidos. Na colônia, uma grande festa estava preparada para aceitar os membros de volta e diante de tanta alegria, duas luzes, uma verde e outra azul se harmonizavam formando um efeito fraternal e belo. Algo que nunca foi visto na colônia, duas almas que se entrelaçavam e se combinavam de tal forma que, não se sabia ao certo quem estava brilhando mais. Acredito que o querido leitor já deve ter deduzido quem seriam essas luzes, isso mesmo, Téo e Gui que brincavam intensamente no imenso jardim das belezas. Essa relação amistosa entre os dois foi tão intensa que prometeram nunca se afastarem um do outro.

CAPITULO 2 A vida é uma escola de experiências

Angola, dentro de um clã uma mulher está prestes a dar a luz ao seu filho que a faz sentir altas contrações. Em meio as dores, seu homem tenta acalmá-la, mas, ela não consegue devido as fortes dores. - Zambué minha mulher, não tenha pressa, pois o nosso menino irá nascer com muita saúde! Eu estou tão feliz! - Moruê meu querido, não sei se conseguirei dar a luz a este bebê, acho que algo de errado está acontecendo comigo. Sinto que não terei força suficiente para colocá-lo fora de meu ventre. - Tenha calma minha mulher que tudo se resolverá, os orixás hão de nos iluminar e irão trazer o nosso menino Kirí para esse mundo com muita saúde. As contrações aumentaram e a mulher entrou em processo de parto, ao seu lado estavam duas mulheres parteiras e seu marido super emocionado. Sob o pedido das parteiras ou a aplicar força com a finalidade de expelir o filho de seu ventre, mas, o trabalho parecia impossível vendo que o bebê não saía. - Mais força Zambué! Traga o nosso filho! - Já fiz toda a força que pude, mas, não estou conseguindo! - Não desista! Não desista! Já se pode imaginar a situação preocupante a qual estava submetido o parto de Zambué. As parteiras já começavam a suspeitar que ela não fosse conseguir dar a luz ao filho, nem sobreviver. Até que ela, percebendo que não aria as dores exclamou: - Moruê cuide do nosso filho! Não deixe que ninguém o maltrate nem o faça mal!

- Não diga isso meu amor, você vai sobreviver! - Eu te imploro! Não deixe que nada de mal aconteça com o nosso filho. - Não! Não diga isso Zambué, eu amo muito você e não queria que partisse! Não sei o que seremos sem você. - Vocês serão unidos! Serão fortes e amigos a cima de tudo! Naquele momento, ela aplicou todas as forças do seu corpo para dar a luz ao menino que após dar o seu primeiro choro, perde sua mãe. Morué, ao lembrarse do que sua amada havia lhe dito, pega o seu filho no braço e ergue aos céus pedindo para que os orixás abençoassem aquela vida que acabava de chegar ao mundo. Pediu que lhes desses força para ar a dor da perda da amada e a responsabilidade da criação de um filho. Kirí cresceu recebendo todo o amor de seu pai, que nunca deixava de comentar sobre Zambué e sua abdicado da vida para dar a luz a ele, que sentia uma enorme iração e devoção pela mãe. Seu pai havia ensinado tudo o que um homem poderia aprender: Ser paciente, corajoso, fiel, sincero, gentil e hábil. Anos se aram e Kirí já estava com pouco mais de 16 anos. No Clã onde moravam era tradição que o jovem quando estivesse próximo à maturidade deveria enfrentar uma série de estágios de resistência para provar sua virilidade e caso conclui-se todas as tarefas, poderia casar-se com qualquer moça solteira do Clã. Kirí conseguiu vencer todos os obstáculos e na hora de escolher a moça notou um brilho diferente no olhar de uma. Um brilho indescritível em seus olhos, que despertou uma forte alegria e emoção ao encontrá-la. O incrível é que a reação era recíproca, pois Dâmbi, a moça, também demonstrava sentir o mesmo. Os dois se casaram e na festa que foi preparada uma forte notícia dada por um amigo chamado Dandalú abala Kirí - Pequeno Kirí, uma cobra picou o Morué seu pai. - O que? Um cobra? Como foi isso? Ele está bem? - Infelizmente ele morreu antes de encontrarmos.

- Não acredito! Meu pai! A única pessoa que eu tinha nessa vida, que me ensinou tudo o que sou. Não sei como sobreviverei neste mundo sem ele para me ajudar a caminhar. Neste momento, a jovem Dâmbi o abraça. - Não tenha medo Kirí, pois, estarei aqui para ajudar no que for preciso. Seremos homem e mulher e um amará o outro em todos os momentos. Serei seu ombro amigo, sua companheira de todos os instantes, sua alegria... - Estranho, o que dizes para mim eu acredito que já tenha escutado em outro momento... - Vamos pensar em coisas boas, tenho certeza que seu pai foi para um lugar maravilhoso, junto aos orixás e a beleza da natureza. - Não compreendo Dâmbi, sinto um amor enorme por você e tenho certeza que seremos muito felizes juntos. Você também pode contar comigo para o que der e vier. Sentirei muita saudade do meu pai, mas, tenho certeza que onde quer que ele esteja estará sempre olhando para mim e sorrindo como sempre fez. - Também tenho essa certeza. E era justamente isso que Morué estava fazendo junto a sua amada Zambué: feliz por toda a situação. Sabia que havia entregado seu filho a pessoa certa afinal, eles haviam prometido muito antes de se conhecerem que nunca iriam se separar. Tempos se aram e a vida de Kirí e Dâmbi foram enriquecendo com as experiências que adquiriam, tiveram 6 filhos e entregaram todo o amor que podiam oferecer. Viveram muitos anos e quando velhos morreram quase na mesma data. A sensação que traduz o momento é a de satisfação em ter vivido tudo o que se imaginara. As duas luzes estavam resplandecentes e agora dançavam sobre o espaço com mais experiência e maturidade. Puderam perceber que não importa em que condições viessem ou se escolhessem, pois bastavam estarem juntos para tudo brilhar. Dessa vez, demoraram um pouco para retornar ao mundo carnal, pois, a vida na terra haveria sido muito proveitosa. O Gui da outra história e Kirí nesta, pôde encontrar os seus pais nessa vida e viu

que eles estavam bem e continuavam se amando. Descobriram que alguns voltaram para se arrepender do erro que cometeram como foi o caso do Dandalú (soldado da outra história) que se comove por não ter salvado o Morué da picada da cobra, arrependendo assim dos seus erros. Em um breve momento, as luzes protagonistas refletiram e perceberam que suas ligações são tão intensas que outros também escolhem vir para conviver com eles em outras vidas. Mas, a vida não é só feita de momentos bons, às vezes para se obter experiências temos que ar algumas situações desagradáveis.

CAPITULO 3 Os erros que se tornam acertos

Argentina, na cidade de Buenos Aires existia um grupo de dança composto por jovens inspirados no ritmo da terra. Eles dançavam o Tango como forma de mostrar a tão adorada cultura Argentina para as pessoas que visitavam o país. Seguiam uma forte maratona de ensaios em busca da boa desenvoltura dos os que seriam aplicados à apresentação. No grupo, tinha uma menina muito exigente, achava que nada estava bom e que deveriam ensaiar quantas vezes forem precisas para chegar à perfeição. Chegou a um ponto de o grupo ficar mais de 8 horas ensaiando apenas um paço de uma coreografia, tudo isso apenas para atender a expectativa de Dolores, apelidada pelos amigos de “senhora do mundo perfeito”. Um dia, receberam o convite de se apresentarem em um teatro muito famoso da cidade e isso deixou todo o grupo emocionado. Decidiram montar uma excelente coreografia. ara a ensaiar constantemente, no entanto, para Dolores nada estava bom. Tratavase de três casais: Luane e Bernardo, Amerinda e Ruan e Dolores e Durval. Um grupo super unido mas, o perfeccionismo de Dolores estava abalando o elo do grupo, a chegar o ponto de Durval dizer: - Gente, eu não agüento mais. Não sou perfeito para estar aqui, nunca consigo atingir as expectativas da Dolores. Talvez será melhor que eu vá embora. - Como assim você vai sair Durval? Mesmo sendo duro nos os, você ainda desenrola nas apresentações. Tudo bem, que eu sou mais perfeita e me entrego de corpo e alma mas, você não deve ficar triste por isso. - O quê? Você é a mais perfeita? Então fique com sua perfeição, pois eu estou saindo. - Tem certeza que é isso que você quer Durval? - Tenho Bernardo, estou cansado de ela querer que eu seja uma máquina perfeita.

- E eu estou cansada de corrigir seus erros senhor Durval. - Então agora não precisará mais corrigi-los, pois estou caindo fora! Durval se retira. - Se é assim que deseja então tudo bem, pode ir!

Por mais que Dolores demonstrasse que não estava dando a mínima para a notícia, por dentro ela se corroia de preocupação, pois acabava de perder seu parceiro de tantos anos por quem tinha tanta iração e respeito e agora estaria preocupada sem saber como iria ensaiar sem seu par. - E agora? Como faremos? Nossa apresentação será a poucos dias! Exclamou Amerinda. - O jeito é a Dolores pedir desculpas ao Durval por ter sido tão perfeccionista e implorar para que volte a dançar em nosso grupo. Solucionou Bernardo. - Eu mesma não! Ele quis sair então está fora! - Então quer dizer que para você é assim Dolores, tanto faz como tanto fez? - Não é isso Bernardo, cada um tem o que merece. - Então acredito que você mereça isso, estou saindo do grupo também. - Não só você como nós. Dizem o restante. - O quê? Vocês também vão sair? Como assim? Somos um grupo! Exclamou Dolores. - Um grupo? E você pensou nesse grupo quando destratou o Durval em nossa frente? - Então quer dizer que eu estou errada? Estou errada em querer que o nosso grupo seja perfeito? - Não, você não quer que o nosso grupo seja perfeito e sim que a perfeição substitua o nosso grupo, não vê que foi a causadora de todo o problema?

- Não! - Então fique com o seu orgulho e dance só! Aquelas foram às palavras mais duras que Dolores já pôde escutar, ficou irritada por acreditar que seus amigos haviam maltratado. Criou muitas raivas e argumentos para explicar o quanto estava certa, mas, depois viu que aquilo não faria efeito algum visto que, de que adianta a perfeição na apresentação se não iria haver apresentação? Então, ela resolve ir até a casa do Durval para tentar conversar com ele. Como já era de costume, sempre entrava sem bater a porta visto que já era considerada íntima na casa de Durval. Quando entra, se depara com o seu ex par chorando no telefone, conversando com sua mãe e dizendo o que havia acontecido. - Mãe, eu preferi sair. Sempre dei o meu melhor e ela falou que eu era duro. Logo ela mãe, por quem eu sentia um carinho enorme. Sinto uma dor tão forte no peito! Como se tivesse sido traído. Queria tanto ser a pessoa perfeita que ela deseja. Talvez assim ela gostasse de mim, talvez assim ela me amasse. - Como assim me amasse? Pensou Dolores - Logo no dia em que eu iria me declarar para ela, dizer o quanto eu amo estar do lado dela, o quanto é perfeito o que sinto por ela. Estou triste. Ouvindo aquelas palavras Dolores nem teve coragem de interromper Durval e com os olhos cheios de lágrimas se recolheu e saiu correndo pela rua, sem prestar atenção quando iria atravessar a rua foi atropelada por um carro. O acidente a deixou desacordada. Foi levada a emergência, pois perdia muito sangue, quando bateram o raio-x notaram que sua perna havia sido fraturada. Enquanto isso, o assistente social procurava algum telefone em sua agenda e o primeiro que tentou ligar foi o de Durval, que atendeu rapidamente e ficou chocado com a situação. - Pode deixar! Estou indo para aí com urgência! Durval chegou, viu em que situação encontrava-se sua amiga e pôs a chorar pelo que o médico havia falado:

- Ela terá que engessar a perna e ficará no mínimo uns três meses sem poder andar. - Como assim doutor? Temos uma apresentação! - Em primeiro lugar está a saúde da sua namorada. - Namorada? Minha namorada? Não... ela é apenas uma amiga. - Então desculpe pois pensei que fosse. Chocado com a notícia Durval tentou ligar para os familiares de Dolores mas, depois lembrou que eles estava viajando e só chegariam depois de 3 meses, justamente quando a Dolores já estivesse boa. Então pensou: - O que farei? Para onde levarei a Dolores? Isso! Para minha casa! Mas, como levarei para a minha casa se ela está irritada comigo pelo fato de eu não ter ficado no grupo de dança? Tenho certeza que ela irá me culpar por tudo o que aconteceu a ela. Mesmo assim, vou cuidar dela, pois o amor que sinto é maior do que o medo. Durval então esperou Dolores acordar, ou a noite inteira ao seu lado, torcendo para que ela acordasse. Já era manhã e ele é acordado por ela. - Durval! O que aconteceu comigo? Porque estou em um hospital? Porque minhas pernas estão engessadas? - Você levou um acidente, algum carro bateu em você e você veio parar aqui daí, os médicos encontraram meu número na sua bolsa e resolveram me chamar. Tentei ligar para os seus pais, mas, depois lembrei que você tinha falado que eles haviam viajado. - Nossa, e até quando ficarei com meu pé engessado? - Até você ficar boa. Daqui uns três meses. - Meu Deus e a competição? Não acredito que iremos perder. - Iremos? Esqueceu que eu pedi para sair?

- Mas, era justamente isso o que eu iria te falar, cheguei a ir na sua casa mas, não quis atrapalhar a conversa com sua mãe. - Você escutou a conversa com minha mãe. - Me perdoe mas, eu escutei sim. Não sabia que você me amava. - É, agora sabe, nunca tive coragem de te falar porque sempre achei que você queria o menino perfeito para ser seu namorado. - Sabe Durval, eu fui acidentada justamente porque não estava prestando atenção na rua. Estava pensando no que fiz, perder meus amigos porque queria encontrar a perfeição, quando na verdade eu com todos os meus defeitos não percebi nem dei valor a todo o amor que eles sentiam por mim. - Sentiam nada, sentimos. Disse Bernardo entrando na sala onde estavam o casal. - É Bernardo, ito ter sido muito exigente com o nosso grupo. Agora antes de tudo, colocarei a amizade a cima de qualquer paço bem feito. Pois sem os amigos nada somos. - Fico feliz por ter entendido isso Dolores. - Pois é Durval. Posso também falar uma coisa? - Diga! - Eu também te amo! Desde que te conheci que eu sempre senti isso por você mas, não conseguia compreender o porquê. - É talvez somos amores de outras vidas. - iii, lá vem você com essa história de outra vida e a nossa apresentação? - Há, esqueci-me de falar a vocês, os organizadores, que diziam serem tão perfeitos esqueceram-se de enviar a solicitação do espaço no teatro para o estado aprovar. Acredito que o evento só irá acontecer daqui a uns quatro meses. - Que legal! Tempo suficiente para a minha amada Dolores ficar boa.

- E sem meus perfeccionismos! Pois perfeito é estar com saúde e com as pessoas que amo. - Mandou bem Dolores, e aí? Grupo fortalecido? - Mais que fortalecido! Todos exclamam.

CAPÍTULO 4 A vida é o que precisamos para alcançar nosso feixe inesgotável de luz

Está vendo querido leitor que nada é por acaso e tudo o que amos não é porque merecemos e sim porque precisamos? A Dolores precisou ar pelo que ou para entender que a vida era bem mais do que ela poderia distinguir. Não precisarei dizer quem era o Téo ou o Gui da história não é? O que eu posso dizer é que não importa como as pessoas virão a este mundo, se serão altas, baixas, pobres, ricas, talentosas ou charmosas... O que realmente importa são as experiências que irão adquirir e os valores que irão enriquecer. Sendo assim, só nos resta fazer o bem e agradecer pelas pessoas que estão do nosso lado como os amigos, a família, o velhinho do banco da praça, a professora que grita o seu nome, a senhora que fala ao telefone... A todos que nos rodeiam e fazem da nossa vida a mais emocionante de todas vividas.

O

que se buscou mostrar foi que a amizade e o amor, transam planos e idades se transformando em feixes inesgotáveis de luz. Não apague essa luz que existe dentro de você, muito pelo contrário, divida com o próximo e tenha certeza que serás muito querido. A conversa inicial foi propositalmente colocada para mostrar que hoje diversas situações parecidas à do enredo da obra são vividas no cotidiano onde, uns possuem afetos em comuns com outros, fazendo se pensar que aquilo não parece ter surgido no dado instante. Espero que o amor entre Samuel e Jaqueline transe vidas, se hoje são amigos, quase irmãos, só desejo que este sentimento perdure e que um possa contar com o outro para o que der e vier, pois a cima de tudo está à amizade. Eu amo você Jaqueline como uma filha que nunca tive. Espero que se recupere desta situação em que se encontras para podermos viver mais um pouco as nossas alegrias em compartilhar os mesmo anseios. Te amo filha!

Nunca existirá o fim.