AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 2020 – 1° ANO DO ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA Leia o texto e, a seguir, responda os itens 1, 2, 3 e 4. Assalto a Banco Luís Fernando Veríssimo
Alô? Quem tá falando? — Aqui é o ladrão. — Desculpe, a telefonista deve ter se enganado, eu não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí? — Não, os funcionário tá tudo refém. — Há, eu entendo. Afinal, eles trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não encontram outro emprego, né? Vida difícil... mas será que eu não poderia dar uma palavrinha com um deles? — Impossível. Eles tá tudo amordaçado.
— Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica, vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí? — Claro que não mermão. Quanta inguinorânça! O chefe tá na cadeia, que é o lugar mais seguro pra se comandar assalto! — Bom... Sabe o que que é? Eu tenho uma conta... — Tamo levando tudo, ô bacana. O saldo da tua conta é zero! — Não, isso eu já sabia. Eu sou professor! O que eu queria mesmo era uma informação sobre juro. — Companheiro, eu sou um ladrão pé-de-chinelo. Meu negócio é pequeno. Assalto a banco, vez ou outra um sequestro. Pra saber de juro é melhor tu ligá pra Brasília. — Sei, sei. O senhor tá na informalidade, né? Também, com o preço que tão cobrando por um voto hoje em dia... mas, será que não podia fazer um favor pra mim? É que eu atrasei o pagamento do cartão e queria saber quanto vou pagar de taxa. — Tu tá pensando que eu tô brincando? Isso é um assalto! — Longe de mim pensar que o senhor está de brincadeira! Que é um assalto eu sei perfeitamente; ninguém no mundo cobra os juros que cobram no Brasil. Mas queria saber o número preciso: seis por cento, sete por cento? — Eu acho que tu não tá entendendo, ô mané. Sou assaltante. Trabalho na base da intimidação e da chantagem, saca? — Ah, já tava esperando. Você vai querer vender um seguro de vida ou um título de capitalização, né? — Não...já falei...eu sou... Peraí bacana... hoje eu tô bonzinho e vou quebrar o teu galho. (um minuto depois) — Alô? O sujeito aqui tá dizendo que é oito por cento ao mês.
— Puxa, que incrível! — Incrive por que? Tu achavas que era menos? — Não, achava que era mais ou menos isso mesmo. Tô impressionado é que, pela primeira vez na vida, eu consegui obter uma informação de uma empresa prestadora de serviço pelo telefone em menos de meia hora e sem ouvir ‘Pour Elise’. — Quer saber? Fui com a tua cara. Acabei de dar umas bordoadas no gerente e ele falou que vai te dar um desconto. Só vai te cobrar quatro por cento, tá ligado? — Não acredito! E eu não vou ter que comprar nenhum produto do banco? — Nadica de nada, já ta tudo acertado! — Muito obrigado, meu senhor. Nunca fui tratado dessa... (De repente, ouvem-se tiros, gritos) — Ih, sujou! Puliça! — Polícia? Que polícia? Alô? Alô? (sinal de ocupado) — Droga! Maldito Estado: quando o negócio começa a funcionar, entra o Governo e estraga tudo! Disponível em: . o em: 23 nov. 2018.
ITEM 1 A finalidade principal do texto é (A) relatar. (B) divertir. (C) informar. (D) descrever. (E) convencer. ITEM 2 O uso de palavras como “mermão”, “inguinorânça”, “os funcionário”, “incrive” e “puliça” são exemplos de linguagem (A) culta. (B) formal. (C) técnica. (D) literária. (E) informal. ITEM 3 O uso da expressão “Ih, sujou” no trecho “Ih, sujou! Puliça!?”, significa que o (A) assalto deu errado. (B) cliente foi mal atendido. (C) ladrão agrediu o gerente. (D) chão do banco ficou sujo. (E) negócio começou a funcionar.
ITEM 4 No trecho “Companheiro, eu sou um ladrão pé-dechinelo”, a expressão “Pé-de-chinelo” significa (A) sem valor. (B) mal calçado. (C) com recurso. (D) bem calçado. (E) bom de bolso. ITEM 5 Em “ele falou que vai te dar um desconto” a palavra “ele” se refere ao/à (A) mané. (B) bacana. (C) gerente. (D) assaltante. (E) dono do banco. Leia o texto a seguir: Joel Nascimento e Fábio Peron expõem em disco o sentimento e o balanço de Jacob do Bandolim Por Mauro Ferreira, G1 06/11/2018 15h15
Ainda em tempo de festejar o centenário de nascimento de Jacob Pick Bittencourt (14 de fevereiro de 1918 – 13 de agosto de 1969), celebrado ao longo deste ano de 2018, os bandolinistas Joel Nascimento e Fábio Peron expõem em disco o sentimento e o balanço do extraordinário músico carioca que ou para a posteridade com o nome artístico de Jacob do Bandolim. Em sintonia com o título do álbum Jacob do Bandolim 100 anos – Sentimento & balanço (Selo Sesc), o veterano carioca Joel Nascimento, de 80 anos, se irmana com o jovem emergente paulistano Fábio Peron, de 28 anos, no toque de 12 temas do cancioneiro autoral de Jacob, às do bandolim e do choro. Com s próprias, os dois bandolinistas se juntam na gravação com o trio do cavaquinista Henrique Cazes, um dos produtores do disco. Henrique forma o trio ao lado do irmão percussionista Beto Cazes e do violonista João Camarero, prodígio no manuseio das sete cordas. O quinteto, surgido da interação dos dois bandolinistas com o Henrique Cazes Trio, rebobina composições como Noites cariocas (1957), Santa Morena (1954), Vibrações ( 1967) – e sta g ravada com a adesão do toque do acordeom de Marcos Nimritcher – e Bola preta (1954). [...] Disponível em:
. o em: 23 nov.2018.
ITEM 6 Qual a função da notícia lida?
(A) Criticar a música feita por Jacob do bandolim. (B) Exaltar os sentimentos do compositor Jacob do bandolim. (C) Informar sobre a gravação de um CD que homenageia Jacob do bandolim. (D) Narrar um show ocorrido que homenageou Jacob do bandolim. (E) Relatar como é feita a gravação de um CD para homenagear um compositor de renome. Leia o texto a seguir: Geração do celular Inaê Soares da Silva
O uso do celular é considerado, atualmente, o maior entretenimento dos brasileiros, e tem ocupado quase a metade das horas vagas da população e especialistas confirmam que as pessoas estão viciadas. Os usuários não usam o celular ou a internet apenas para olhar uma mensagem ou outra, e, sim, ficam vidrados o dia inteiro, seja na rua, na praça, com os amigos e até mesmo no trabalho. As pessoas precisam aprender a ter mais contato com o mundo real. As crianças estão ando horas do seu tempo livre em frente ao computador ou celular em jogos, e que poderiam ser utilizadas para a leitura de bons livros ou para uma conversa com os amigos. Adultos chegam do trabalho e já vão conferir as últimas atualizações dos aplicativos de relacionamentos, e até idosos estão aderindo à nova tecnologia. A cultura da população está mudando e isso preocupa. Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais contato com as pessoas, mas está totalmente ao contrário. O que veio para aproximar, acabou afastando. As redes sociais estão fazendo as pessoas antissociais umas com as outras. A comunicação que prevalece é a virtual e a prática de boas atitudes humanas, como o “bom dia” e o “por favor”, são raras. Temos que incentivar as crianças, adolescentes e até adultos a se desconectarem do mundo virtual para se conectarem com o mundo real. Deixar o celular desligado quando estiver em família, curtir um eio sem tantas selfies e dar preferência ao bate-papo olhono-olho são situações que fortalecerão o relacionamento e o amor. Disponível em:
. o em: 05 maio 2018 (adaptado).
ITEM 7 A tese defendida pela autora do texto está no trecho (A) “O uso do celular é considerado, atualmente, o maior entretenimento dos brasileiros [...].”. (B) “Os usuários não usam o celular ou a internet apenas para olhar uma mensagem ou outra, [...].”. (C ) “As pessoas precisam aprender a ter mais contato com o mundo real. ”.
(D) “Adultos chegam do trabalho e já vão conferir as últimas atualizações dos aplicativos [...].”. (E) “Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais contato com as pessoas, [...].”. Leia o texto abaixo.
É simples. O nível de instrução da mãe é um elemento vital para que a família perceba a necessidade de higiene e de saneamento básico. Números do Unicef mostram que a taxa de mortalidade infantil chega ao seu ponto máximo nas famílias em que a mãe é analfabeta. E vai baixando à medida que a instrução aumenta. A morte de crianças pequenas entre filhos de mulheres que frequentam a escola por menos de um ano é cerca de três vezes maior do que em famílias nas quais a mãe estudou por mais de oito anos. [...] DIMENSTEIN. Gilberto. O cidadão de papel. São Paulo: Ática, 2002.
ITEM 9 Segundo o texto, a UNICEF destaca como um dos fatores que interferem no aumento da taxa de mortalidade infantil
ITEM 8 O elemento visual que reforça o tema do cartaz “Com o trabalho infantil, a infância desaparece” é (A) a posição das mãos do menino abaixo da cana. (B) a quantidade de folhagem ao redor do menino. (C) a presença de uma criança junto a uma quantidade de madeira (cana). (D) a quantidade de cana na frente do rosto da criança.
(A) o crescente círculo vicioso da miséria. (B) o aumento do nível de instrução da mãe. (C) o grau de analfabetismo da mãe. (D) a sensação de insegurança da população. ITEM 10 Este texto se refere (A) à dificuldade de comunicação na China. (B) ao analfabetismo e a mortalidade infantil. (C) à diminuição do analfabetismo feminino. (D) à higiene e ao saneamento básico no Brasil. Leia o texto abaixo. Dever de casa
Leia o texto abaixo e responda as questões 4 e 5.
O custo da ignorância Imagine que você esteja perdido em Pequim, na China, onde é muito difícil encontrar alguém que fale outra língua que não o chinês. Suponha que você esteja ando mal e precise ir a um hospital. Quanto mais o tempo a, mais a dor aumenta. E mais difícil se torna sua comunicação com as pessoas em volta. Você olha as placas, mas não entende nada. Procura uma lista telefônica e entende menos ainda. Já pensou se tivesse de trabalhar nesse lugar? Terrível, não? Essa sensação de insegurança ajuda a entender uma imensa parcela da população brasileira. Um analfabeto ou semianalfabeto comporta-se, na prática, da mesma forma como você se comportaria se estivesse perdido numa rua de Pequim. Esse exemplo ajuda a entender mais sobre a mortalidade infantil e o círculo vicioso da miséria. Confuso? Afinal, o que o analfabetismo tem a ver com a mortalidade infantil?
Joãozinho chega em casa e já ia subindo até seu quarto, mas antes seu pai o chamou e disse: ─ Pô, Joãozinho, se eu continuar fazendo todos os seus deveres a professora vai notar! E Joãozinho responde: ─ Já notou. Hoje mesmo ela disse que era impossível eu fazer tanta coisa errada sozinho. ITEM 11 O que torna esse texto engraçado é (A) a preocupação do pai com a professora desconfiada. (B) a reclamação do pai ao filho por não ter feito a tarefa. (C)o menino ter chegado em casa sem falar com seu pai. (D) o pai ter feito os deveres do filho de forma errada.
geneticista Avigdor Cahaner cruzou um pequeno pássaro sem penas com uma ave de granja e obteve o frango careca, maior e mais saudável. “As aves consomem muita energia para crescer, mas no processo geram muito calor, do qual têm de se livrar, impedindo que a temperatura do corpo se eleve tanto que as mate”, explicou Avigdor. Por isso, o crescimento das aves de granja é mais lento no verão e nos países quentes. Se não tiverem penas, as aves podem redirecionar a energia para se desenvolverem, e não mais para manter a temperatura ável. “As penas são um desperdício, exceto nos climas mais frios, nos quais protegem as aves”, concluiu.
Leia o texto abaixo.
JBonline, 21 maio 2002.
ITEM 14 As penas são um desperdício para os frangos, no verão, porque Laerte. http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-condominio.html.
ITEM 12
Nesse texto, pode-se inferir que o serralheiro recebeu o telefonema de um (A) preso da casa de detenção. (B) guarda da casa de detenção. (C) diretor da casa de detenção. (D) construtor da casa de detenção. Leia o texto abaixo.
(A) superaquecem as aves em todos os climas. (B) impedem que as aves produzam energia. (C) refrescam as aves em climas quentes. (D) atrapalham o movimento das aves. (E) limitam o crescimento das aves. Leia os textos a seguir: Texto 1 A presença de termos estrangeiros no uso diário de uma língua não é crime nem sinal de fraqueza. Ao contrário, é sinal de vitalidade. Só as línguas vivas têm essa capacidade de enriquecimento. A forte presença do inglês na língua portuguesa é reflexo da globalização, do imperialismo econômico, do desenvolvimento tecnológico americano,etc. Disponível em: http://colunas.g1.com.br/portugues/?s=estrangeirismos.
MS.
Correio do Estado. Campo Grande, 20 de agosto de 2003.
ITEM 13
Texto 2 Creio que as palavras estrangeiras dificultam a comunicação do nosso povo. Quem sai às ruas de São Paulo, por exemplo, procura serviços ou vai ao banco corre o risco de precisar de um dicionário bilíngue para entender o que dizem faixas, cartazes,rótulos e panfletos. As propagandas estão cheias de palavras incompreensíveis.
Nesse texto, a expressão “que tal” traduz uma (A) opinião. (B) ordem. (C) pedido. (D) sugestão.
ITEM 15
Leia o texto a seguir:
(A) complementares. (B) contrárias. (C) favoráveis. (D) similares.
Israelense cria frango sem penas JERUSALÉM – Um frango transgênico, sem penas, com a pele vermelha e a carne menos gordurosa foi criado nos laboratórios da Universidade Hebraica de Jerusalém. O
Disponível em:www.camara.gov.br/aldorebelo/.
Quanto ao uso de estrangeirismos,as opiniões expressas nesses dois textos são
http://ww .piadas.co
.br. o em: 05/10/2008 .
QUESTÃ O 10