ESPECIALIDADE – NÓS E AMARRAS 1. Definir os seguintes termos: a) Nó – é o entrelaçamento das partes de um ou mais cabos formando uma massa uniforme. b) Seio ou laçada – nome dado a qualquer volta feita com a corda, quer seja corrediça ou não, fácil de se desfazer. c) Vivo – é a ponta com a qual formamos o nó. d) Cabo ou ponta fixa – é a parte efetiva da corda, parte realmente utilizada após o nó. e) Nó superior – nó principal, utilizado para iniciar qualquer amarra, também conhecido como Simples. f) Alça de azelha ou laçada com nó – Alça feita através do nó com a corda dobrada (duplo). g) Volta ou laço – toda vez que a laçada da corda envolve um objeto para se fazer o nó. h) Curva ou dobra – termo usado ao dobra uma corda para se fazer um nó. São duas cordas paralelas. i) Amarra – utilizada para unir madeiras para a construção de móveis e utensílios rústicos. j) Corte – volta feita na própria corda com a intenção de evitar que a mesma corra ou escape. k) Chicote ou ponta de trabalho – é a parte que sobra da corda após o nó. É utilizada no manuseio ao fazer o nó. l) Bitola – é o diâmetro do cabo, expresso em polegadas. 2. Qual a definição de Corda? É o conjunto de elementos torcidos ou trançados entre si formado por fibras, fios e cordões. Tais fibras podem ser de origem vegetal, como o sisal, o cânhamo, algodão e manilha (juta), ou sintética como o nylon, Polipropileno e o poliéster. 3. Conhecer os cuidados para conservação das cordas. Conserve sua corda limpa: Grãos de terra e areia são extremamente abrasivos para as cordas. Tente mantê-la fora do chão. Evite pisar na corda, este ato favorece a penetração da sujeira na alma da corda.
Limpeza correta: Lave a corda em água fria com sabão neutro (nunca detergente). Enxágüe abundantemente e seque ao ar. Nunca use alvejantes e máquina de secar. Guarde a corda solta, sem nós, em uma bolsa quando não estiver em uso, longe do calor, luz do sol e produtos químicos. Vida Útil da corda: A vida útil de uma corda não pode ser definida pelo tempo de uso. Ela depende de vários fatores como grau de cuidado e manutenção, freqüência do uso, tipo de equipamentos que foram utilizados em conjunto, velocidade de descida em rapel, tipo e intensidade da carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios ultravioleta, tipo de clima etc. Independentemente do tempo de uso, uma corda deve ser posta de lado quando verificada uma ação considerável de abrasão, sofrer dano localizado na capa, submetida a um severo choque, suspeita de contaminação química ou de qualquer outra natureza. Para evitar acidentes, a corda deve ar por rigorosa vistoria sempre antes de ser usada.
4. Descrever a diferença entre a corda estática e dinâmica. Nas cordas estáticas, os fios da alma são lisos, dando-lhe a elasticidade natural do Nylon (1 ou 2% quando submetido ao peso médio de uma pessoa). Já nas cordas dinâmicas os fios são um conjunto de cordinhas torcidas ou trançadas e este é o segredo para a absorção de choques, com a elasticidade de cerca de 6 a 10%, ao peso de uma pessoa normal. A corda estática não tem elasticidade, o que não é desejável numa escalada, onde a pessoa pode cair e com o impacto da queda com a corda, pode quebrar ossos. Já com a corda dinâmica, a elasticidade minimiza o risco. Já num transporte de carga, a corda estática é melhor justamente por não ter elasticidade, o que é indesejável nesta situação.
5. Identificar os tipos de cordas a seguir: a) poliéster – O ponto forte desta corda é sua resistência a tração, ótima flexibilidade e boa resistência a abrasão. Também apresenta resistência a absorção de água quando molhada. Utilizadas em Escaladas, Rapel, etc. b) sisal – São fabricadas em diversas medidas. São ásperas e muito usada para decoração de ambientes, corrimões, para cargas, construção civil, etc., apesar de serem cordas que estragam quanto ficam expostas ao tempo, seu baixo custo é uma de suas características.
c) nylon – Resistente aos Raios UV, alta absorvição de água (Flutuabilidade Negativa), Alta Resistência a Tração. São utilizadas para trabalhos em altura, salvamento, rappel, alpinismo, tirolesa com alma de aço, arborismo, pontes, escadas, náutica, etc. d) Polipropileno – Apresenta boa resistência a tração, boa durabilidade, não retêm água e baixo custo. São utilizadas em amarração de cargas, trabalhos gerais, etc. 6. Quais são algumas vantagens e desvantagens da corda sintética? Vantagens – Sua durabilidade é maior, assim como sua resistência a impactos e abrasão também. Não retêm água e am temperaturas elevadas e são mais leves e praticas pra carregar. Desvantagens - Requerem maiores cuidados para sua conservação, seu custo é mais elevado que as de origem vegetais. Também são mais sensíveis a ação do sol. 7. Fazer uma corda de três fios, a partir de materiais encontrados na natureza ou barbante. (PRÁTICO). 8. Fazer uma corda de dois metros com trançado triplo usando material nativo ou barbante. (PRÁTICO). 9. De memória, fazer pelo menos 20 nós a seguir, e conhecer seus usos mais comuns e limitações. Demonstrar para o avaliador e apresentar por escrito os nós com suas utilidades. São estes os nós: a)Nó Simples – Serve para iniciar qualquer amarra. b) Nó Cirurgião – Serve para iniciar qualquer amarra. Era usado antigamente pelos médicos em cirurgias para conter sangrias. c) Nó Direito – Serve para finalizar qualquer amarra. d) Nó Cego ou Torto – Serve para finalizar qualquer amarra. e) Nó Duplo – Serve para encurtar a corda. Cria-se também uma volta que não corre. f) Nó corrediço – É uma volta que corre. Utilizado para laçar e erguer coisas como toras, etc. g) Nó de Pescador – Serve para unir dois cabos. É muito utilizado em cordas lisas e escorregadias, como Nylon. h) Nó de Gancho – Serve para pendurar e transportar objetos.
i) Nó Escota – Serve para unir dois cabos. j) Nó Lais de Guia – É uma volta que não corre. Usado em salvamento, para erguer pessoas. k) Nó Catau – Serve para encurtar uma corda. l) Nó Ordinário – Serve para unir dois cabos de bitola (tamanho) diferente. Usado por rebocadores em serie. m) Nó Fateixa - É uma volta que não corre. Usado em salvamento, para erguer pessoas. n) Volta do Fiel – Serve para iniciar qualquer amarra. o) Volta Paradora – É uma volta que não corre. Funciona sobre tensão, é ajustável. p) Volta Esticada – É uma volta que não corre. Funciona sobre tensão, é ajustável. q) Balso pelo Seio – É uma volta que não corre. Usado em salvamento, para erguer pessoas. r) Balso de calafate - É uma volta que não corre. Usado em salvamento, para erguer pessoas. s) Nó de pescador duplo - unir duas cordas lisas, como as de pesca, com maior reforço. t) No de Hunter ou Volta de caçador – unir dois cabos. u) Pata de gato – unir a corda a uma argola. v) Nó prussik – utilizado em escaladas, trava sobre pressão e solta se afrouxado. x) Encapeladura – Utilizado para resgate. z) Oito – No terminal utilizado na ponta de um cabo. É muito utilizado em alpinismo. w) Volta do salteador – Utilizado para escalada. É uma volta que permite ser desamarrada com rapidez. y) Oito duplo – Serve para encurtar a corda. Cria-se também uma volta que não corre. aa) Borboleta – É uma volta que não corre, podendo ser feita no meio da corda. ab) Pinha – Serve para encurtar a corda, mas é mais decorativo. ac) Chinês – Serve para unir dois cabos. ad) Cadena – Serve para encurtar a corda. ae) Muringa – Utilizado para carregar garrafas (Murigas). Também é um encurtador de cordas.
af) Catal espanhol – Serve para salvamento e resgate. ag) Balso americano (Cadeirinha de Bombeiro) – Serve para salvamento e resgate. ah) Escota alceado (ou Mordido) - Serve para unir dois cabos. Ideal para prender bandeiras a adriça. ai) Escota duplo - Serve para unir dois cabos. Com duas voltas, se torna mais seguro. aj) Engate de Corrente – Serve para encurtar a corda. ak) Frade – No terminal, usado na ponta da corda quando a mesma esta desfiando ou como guia do cabo. al) Arqueiro ou Arnez – É uma volta que não corre, podendo ser feita no meio da corda. am) cabeça de sabia – Serve para juntar uma corda a um cabo. É usado para iniciar um outro nó. an) Balso de Correr – É uma volta que corre. Muito utilizado por vaqueiros como laçada pra prender animais.
10. Fazer um quadro de nós, demonstrando no mínimo 30 deles. (Trabalho) 11. Conhecer as 4 amarras básicas. Construir uma maquete de um móvel de campanha. Amarra Diagonal (ou em X)
Serve para aproximar e unir duas varas que se encontram formando um ângulo agudo. é menos usada que a Amarra Quadrada, mas é muito utilizada na construção de cavaletes de ponte, pórticos etc. Para começar usa-se a Volta da Ribeira apertando fortemente as duas peças, dão-se três voltas redondas em torno das varas no sentido dos ângulos, e em seguida, mais três voltas no sentido dos ângulos suplementares, arrematando-se com um anel de duas ou três voltas entre
as peças (enforcamento) e uma Volta de Fiel para encerrar. Pode-se também encerrar unido a ponta final a inicial com um nó direito. Amarra Quadrada (ou plana)
é usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ângulo reto. O cabo deve medir aproximadamente setenta vezes o diâmetro da peça mais grossa. Começa-se com uma Volta de Fiel bem firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que sobre desse nó, deve ser torcida com o cabo para maior segurança ou utilizada para terminar a amarra unindo-se a ponta final com um nó direito. As toras ou varas são rodeadas por três voltas completas redondas entre as peças (enforcamento) concluindo-se com a Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu o nó de início ou com o nó direito na extremidade inicial.
Amarra de Tripé (ou trípode)
Esta amarra é usada para a construção de Tripés em acampamentos, afim de segurar lampiões ou servir como e para qualquer outro fim. A amarra de tripé é feita iniciando com uma volta da ribeira e ando alternadamente por cima e por baixo de cada uma das três varas, que devem estar colocadas lado a lado com uma pequena distância entre elas. A vara do meio deve estar colocada bem acima, afim de amarrar a sua extremidade inferior à extremidade superior das outras duas ao lado. Não é necessário o enforcamento nesta amarra, pois ao ajustar o tripé girando a vara do meio a amarra já sofre o "enforcamento" sendo suficientemente presa. Entretanto, em alguns casos o enforcamento pode ser feito, ando voltas entre as varas e finalizando com uma volta do fiel ou nó direito preso a extremidade inicial.
Amarra Paralela (ou circular)
Serve para unir duas varas colocadas paralelamente. Pode ser usada para apoiar ou até sustentar o outro bambu. Faz-se uma argola e dá-se voltas sobre ela e as duas varas como se estivesse falcaçando, terminando, também como uma falcaça, ando a ponta do cabo pela argola e puxando a outra extremidade para apertar. Finaliza-se com um nó direito unindo as duas extremidades.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS http://www.clubelinces.com.br/2015/09/faca-voce-nos-e-amarras-tipos-de-nos-os.html https://www.youtube.com/watch?v=KzkWmrGadVo