Universidade Federal de Goiás Breyner Martins Arruda
Heródoto Memória e Historia 2011
Heródoto Memória e Historia Para falarmos de Historia como a conhecemos hoje, se tem a necessidade de se voltar ao ado e entender um autor da Historia Antiga, seu nome é Heródoto, conhecido como o “Pai da Historia”. Antes de Heródoto a Historia tinha outro significado, era apenas “pesquisa”, depois de Heródoto ela começou a ser moldada e adquirir outro significado o de “conhecimento adivinho de investigação”, e foi justamente nisso que Heródoto baseou seus estudos, o de investigar o que era visto como verdade, ou o que era místico, Heródoto tinha a vontade de conhecer as coisas. É nessa busca por “verdades” que Heródoto vai até o Egito para fazer uma de suas obras conhecidas como Euterpe1, nessa obra ele descreve o que consegue ver, baseado em seu conhecimento, e o que ele não consegue ver ou entender ele procura respostas, através de relatos que ele colhe nas cidades por onde ava. É nessa parte, quando ele começa a colher essas informações que entra o foco de nosso estudo, seria Heródoto um literário ou seria Heródoto o primeiro historiador, a fazer essas analises até então não feita por nenhum autor da época. Heródoto se difere dos demais autores de sua época justamente por ter um fundamento, “a busca pela verdade”, e por querer ser lembrado e que fosse lembrado todo o contexto no qual ele vivia, ele achava que era importante relatar as coisas que ava, por que isso ia ajudar a entender o porquê certas coisas aconteciam, a celebre frase de sua autoria: “Pensar o ado para compreender o presente e idealizar o futuro”, Heródoto tinha essa vontade, a de continuar tanto na memória, quanto na história. Então cabe a nós, historiadores desenvolver encima dessas fontes que Heródoto nos deixou, e não superficialmente fazer uma análise de suas buscas como verdade ou mentira, mais sim nas formas em que a Historia2 pode ser escrita, que forma pode ser analisada e de que forma retirar partes pertinentes para o nosso aprendizado.
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Euterpe faz parte do livro “Historias” de Heródoto é dividido em nove partes, ou nove livros, cada um leva o nome de uma musa da mitologia responsável pelas artes, os nomes de cada um são: Livro I (Clio), Livro II (Euterpe), Livro III (Tália), Livro IV (Melpômene), Livro V (Terpsícore), Livro VI (Erato), Livro VII (Polímnia), Livro VIII (Urânia), Livro IX (Calíope). 2 A História (do grego antigo ἱστορία, tral. : história, que significa "pesquisa", "conhecimento advindo da investigação") é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no ado.
Então a parti desse pensamento, vamos pensar sobre memória3 e de como ela esta ligada a historia. A Historia como conhecemos hoje esta ligada a fatos, fatos esses que comprovem como aconteceram as coisas em determinadas ocasiões. Para as comprovações de fatos a necessidade de documentos4, na ausência de documentos o historiador a a se basear em cima de relatos. Relatos estes que são tão importantes como documentos, só que o relato é um documento que fala só por ele, pois o relator é um observador5, e no momento em que conta o que viu ele a a sua visão que é diferente da dos demais presentes, no caso de ser só a sua visão é tão somente nele em que acreditar. O trabalho de Heródoto é todo descrito por relatos, (vale à pena lembrar que Heródoto foi o pioneiro nessa nova forma de se escrever, e não havia uma metodologia 6 para seus escritos) relatos estes que colhia por onde ava. No livro “Euterpe” é bem explicito essa relação, o que Heródoto desconhecia ele perguntava, e escrevia em seu livro e dava a sua opinião. Essa forma de escrita se remetendo a relatos, a “memória histórica” de uma busca pela verdade, é o diferencial de Heródoto, é como colocado por François Hartog: [...] com Heródoto justamente que aparece o historiador como figura „subjetiva‟. Sem estar diretamente ligado a um poder político, sem estar por este comissionado, Heródoto, desde a abertura, desde as primeiras palavras, marca, recorta, reivindica a narrativa que começa pela inscrição de um nome próprio: o seu, no genitivo (“De Heródoto de Helicarnasso, eis a historie”) [...]
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A memória é a capacidade de adquirir (aquisição), armazenar (consolidação) e recuperar (evocar) informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial). 4
Compreende-se como documento histórico todo o material produzido em um determinado período, que
possa auxiliar o historiador em sua análise. Pode se constituir desde documentos produzidos por governos ou entidades (públicas e privadas), até mesmo objetos como utensílios, indumentárias, imagens, textos de qualquer natureza, pinturas, esculturas, canções, etc. Desde que esses registros possam responder ao problema criado pelo historiador num determinado tempo e espaço. Existe, ainda, a possibilidade de trabalho com a coleta de relatos de pessoas que tenham presenciado determinadas ocorrências. Neste caso, é aplicada a História Oral. 5
"Fazemos como Nietzsche descreve: inventamos a verdade e, no instante seguinte, esquecemos que fomos nós que a inventamos" 6 A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então as etapas a seguir num determinado processo.
A narrativa de Heródoto se aproxima em muito de uma obra literária, já que na época se fazia esse tipo de obra para ser lida em publico, já que grande parte da população não sabia ler, mais o autor em questão se importava com a “verdade7”, e o que ele descrevia era de uma total realidade8 com o que via, essa era sua forma de chocar as pessoas do desconhecido, de mostrar o que ele viu e conseguir ser transparente de conseguir ser entendido, mais explícito como é interpretado pela aluna de pós-graduação da UFMG Mirelle Bernardi: [...] Partindo do princípio de que toda sociedade tem uma memória própria que não é exatamente sua história (narrada) ou mesmo um arquivo (de fontes), mas uma “memória viva e corporal”, uma identidade coletiva formada de milhares de histórias e gestos, buscamos demonstrar que através de uma possível movimentação entre oral e escrito, entre historicidade e literalidade, entre verossímil e fantástico, as Histórias trazem ao nosso conhecimento um mesclado de “representações”. Heródoto aproxima-se não somente de um historiador ou de um literato, mas de um “mensageiro trágico”, um “narrador de acontecimentos”, principalmente no momento em que o mesmo está, a partir daquela movimentação, rompendo a fronteira entre a ficção e a realidade e atuando com vistas à (re) apresentar os fatos que aconteceram fora do alcance de visão do seu auditório. [...]
Então é a parti dessa concepção de identidade, que temos a formação de memória, e a parti dessa “memória coletiva” que temos o nosso estudo, voltado para as analises que possamos fazer pertinentes a Historia do Egito, na visão de Heródoto. Heródoto nos mostra o Egito a parti de sua visão grega, ele trás isso com ele, tanto que seus textos são sempre comparativos com a Grécia, com a cultura grega com os deuses gregos. [...] Ao historiador, essa contraposição de testemunhos permite investigar as influências, adaptações e trocas entre as culturas, sobretudo a helênica e as não-helênicas ou quase helênicas (HARTOG, 1999) [...]
Temos a analise do assunto colocado pelo historiador Morelo:
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A palavra verdade pode ter vários significados, desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. 8 Realidade significa a propriedade do que é real. Aquilo que é, que existe. O atributo do existente .
O texto de Heródoto é um discurso do particular que reconhece, na diversidade cultural, a expressão (em uma condição de igualdade e liberdade) das diferenças. Sua narrativa é um constante diálogo em que as diferentes opiniões sobre um assunto são expostas ao seu destinatário, o ouvinte-leitor, seja pelas palavras do historiador ou pela voz de suas personagens. Por sua vez, o destinatário, ao recebê-las, é convidado também a manifestar sua opinião. (MORELO, 2000, p. 119-120)
Essa é forma de analise histórica de Heródoto, é o que lhe da o direito de originalidade nos seus escritos, essa á a sua diferença. Mirelle Bernardi deixa isso bem claro: [...] O Heródoto historiador é aquele que nos apresenta uma investigação realizada com postura crítica diante das fontes que lhe eram disponíveis – isto é, oral e escrita – buscando aproximar-se de “uma verdade”. Suas pesquisas mostravam ao seu espectador, quer leitor, quer ouvinte, informações precisas contidas na riqueza de detalhes de sua narrativa. Ele não se julgava mais capaz que seus leitores/ouvintes de estabelecer um veredito acerca das informações que lhe eram adas. Com efeito, “a verdade” não era objetivo da atividade de nosso historiador, que se apoiava sempre em discursos particulares e, portanto, opiniões sobre a verdade. O objetivo, como por ele mesmo exposto, era de preservar do obscurecimento, pela forma escrita, os feitos tanto dos helenos, quanto dos bárbaros. [...]
No discorrer até aqui podemos analisar a importância da memória para os escritos de Heródoto, e a importância da memória para a escrita da historia, isso tudo para dar ênfase de que a “historia oral9” e “História Científica 10” andam juntas, não para dar uma maior importância para uma e rebaixar a outra, mais sim para mostrar que uma não existiria sem a outra. E é a parti dessa problemática que buscamos respostas para o estudo de Heródoto, e de sua obra partindo da idéia que Heródoto era um literário mais antes de tudo um historiador. Literário, pois ele escolhia os assuntos dos quais iria descrever, justamente para dar mais vida ao seu texto, e pra na hora que fosse contado causa-se um espanto em seu espectador que nunca ouviu falar de certas coisas. Mirelle Bernardi faz mais uma analise em relação ao assunto: [...] Estabelecer um diálogo íntimo da história com a teoria literária, sugerir a permanência de um casamento original entre a imaginação dos pensadores e sua forma de expressão pela escrita da história é um dos pontos fundamentais da teoria de Hayden White. Ele se permite desvendar intenções não explicitadas, inspirações estilísticas não confessadas, tomando-as como parte constitutiva do enredo que os autores nos 9
A História Oral é uma metodologia muito usada em pesquisas históricas e sociológicas. Surgida como forma de valorização das memórias e recordações de indivíduos, é um método de recolhimento de informações através de entrevistas com pessoas que vivenciaram algum fato ocorrido . 10 História Científica há uma preocupação com a verdade, com o método, com a análise crítica de causas e conseqüências, tempo e espaço.
deixaram. Acreditamos ter dado o autor uma grande contribuição para a “ciência histórica”, ao teorizar de forma a mostrar que a realidade não mais deve ser pensada como uma referência objetiva, exterior ao discurso, pois que ela é constituída pela e dentro da linguagem, enfatizando-se a liberdade do sujeito, a parte refletida da ação e as construções conceituais de cada autor[...]
Pois bem, a sua narrativa histórica, é uma busca de mostrar ao mundo da época coisas que existiam e eram desconhecidas, por isso Heródoto viajou tanto, no intuito de aprender mais e poder mostrar mais ao povo. Nessa sua busca do conhecimento adivinho de investigação, seu trabalho é reconhecido ate os dias de hoje justamente por esta busca. O importante agora é fazer a análise sobre a Historia e a Memória. O estudo da historia por si só sem nenhum objetivo não teria lógica nenhuma, acabaria por não existir. Se estuda a historia simplesmente com um intuito, o de analisar a ação humana pela a linearidade do tempo. É através desse estudo que podemos identificar certos traços presentes em nosso dia-a-dia, o de compreender o quão o homem evoluiu em conhecimento11 e em espírito. Esse estudo só é possível ser feito a parti da idéia de memória, pois a memória é o limite dessa busca, pois é quando nos recorremos à memória que possamos ver o quanto evoluímos, ou o quanto mudamos. Heródoto buscava no Egito esse fio perdido, achando que a Grécia era o berço do mundo, tanto que quando chega ao local ele começa a fazer busca pelo o que lhe é familiar, procurando traços de sua terra. É justamente ai que ele cria a identidade, pois você só sabe quem você é a parti do momento que você sabe o que não é. Para poder escrever o historiador tema necessidade da criação de uma “trama12”, pois é a trama que motiva e da lógica a historia que é contada ou narrada, no livro Historias, não é diferente, o autor cria tramas para prender seu telespectador. Mirelle Bernardi deixa bem claro em seu trabalho: [...]Aqui, as histórias não são, portanto, tomadas pelo que significam imediatamente, mas por sua aparência mediata, podendo ser apreendidas e corporificadas como uma espécie de atualidade pelo ouvinte. Esta espécie de corporificação engedra, em face da palavra encenada, de seu teor e de sua força, uma forte relação com o pensamento discursivo das personagens e do espectador. Para este, a palavra é um veículo para o 11 12
Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair idéia ou noção de alguma coisa. Trama é um drama da vida real.
estabelecimento de uma ligação entre os conteúdos intuitivo, singular, momentâneo e presente. Já para a personagem do mensageiro, o sentido do pensamento discursivo aflora na confecção e expressão de signos ou símbolos, cujo conteúdo não pode ser discernido apenas em um “estar presente”, mas, antes, nas relações de pensamento que institui entre a história que narra e a própria percepção de seu interlocutor. Assim, a palavra encenada acaba por se interpor entre os diferentes conteúdos perceptivos, tal qual se impõe, também, à consciência no imediato aqui e agora. Saindo, então, da percepção imediata, a palavra confere a essa mesma consciência liberdade e agilidade para mover-se entre um conteúdo e outro e concectá-los entre si numa relação mediata. [...] [...] Como narrador, o mensageiro constrói uma história dos “dramas” da vida humana. Nesse sentido, quando narra os eventos ocorridos no tempo que lhe é requisitado, sua narrativa é elaborada repleta de detalhes pitorescos, tendo a descrição das cenas e ações grande vivacidade, e as personagens e estados da sociedade não ficam relegados a uma súbita análise de motivos. Como está inserido em um espetáculo, a personagem compõe para o espectador a imagem das situações descritas repletas de detalhes, formas, movimentos e falas. Por sua vez, na narração das Histórias, Heródoto faz uso de metáforas, de estratégias de persuasão e da interação com um interlocutor através das manifestações de emoções expressas pelas interjeições, vocativos, dúvidas e imperativos, possibilitando a aproximação de sua narração do discurso da personagem do mensageiro trágico, colocando-o em uma condição entre a história e a ficção e fazendo dele um artista da palavra. [...]
Para finalizar quero levantar a importância da escrita de Heródoto para a Historia de hoje, foi graças a sua forma de pensar e de escrever que temos hoje essa “historia” da forma que conhecemos, foi Heródoto que plantou a semente da Historia na cabeça de homens a sua frente, foi através de suas analises baseadas em seu “conhecimento empírico” 13 que temos a base da teoria da historia. E é justamente nesse pensamento que faço um entendimento de Heródoto baseado na palestra do Professor Dr. Rafael
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Conhecimento empírico: É o conhecimento que adquirimos no decorrer do dia. É feito por meio de tentativas e erros num agrupamento de ideias. É caracterizada pelo senso comum, pela forma espontânea e direta de entendermos. Essa forma de conhecimento é adquirida também por experiências que vivemos ou que presenciamos que, diante do fato, obtemos conclusões. É uma forma de conhecimento superficial, sensitiva, subjetiva, acrítica e assistemática. O conhecimento empírico é aquele que não precisa ter comprovação científica e esta também não tem importância. O fato é que se sabe e pronto, não precisa ter um motivo de ser.
Saddi na X Semana de História – Para além da estética14 e da retórica15: os argumentos éticos na narrativa histórica. Para fazer a analise será colocada a linha de pensamento do palestrante, nesta linha de pensamentos chegaremos a conclusão entre a relação da escrita e da oralidade. Segundo Jörn Rüsen valores são princípios que sugerem o que deveria ser feito em determinadas situações, ou seja, o que tem importância, ou não, como nossos norteadores de vida.
Já os valores morais detêm em sua composição uma obrigação que dirige a nossa consciência de maneira direta. Nesta obrigação que percebemos a distinção destes dois valores – de acordo com Kant; Os valores não são deveres e são produzidos no inconsciente do homem. Não baseamos aqui no valor moral, porém este valor produzido no íntimo do homem se faz obrigatório para ele mesmo. A partir disto, o valor moral então, estaria ligado à coletividade, ou seja, produzido pela consciência de um grupo, que pode ser comparada a memória coletiva. Os valores morais são produzidos, quer dizer, construídos a partir da ligação entre o tempo e a sociedade que os formula; Como escolher? O que fazer? Como as “histórias” influenciam na concepção destes valores morais? O historiador se utiliza de estórias para exemplificar especificações de uma obrigação moral, neste momento já vemos a importância da historia, Consciência histórica: tradição do ado ao presente e que dá valor moral as coisas– a tradição, a partir da interpretação temporal, cria valores que se perpetuam pela memória. E isto é percebido com maior clareza na narrativa histórica que norteia a vida humana, já que a história nos mostra e molda valores e cria matrizes. Neste ponto percebemos o valor da História. Somente na narrativa que as experiências históricas são articuladas e norteiam a vida. A narrativa tem sua importância não somente durante a escrita, e sim também, no
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Estética: a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. 15 Retórica literalmente a arte/técnica de bem falar, é a arte de usar a linguagem para comunicar de forma eficaz e persuasiva.
momento em que é lida. Esta pode ser lida para um público do presente, mesmo que produzida no ado, e mesmo assim atenderá as carências deste grupo, já que a recepção será diferente. Elemento estético da narrativa dá a esta maior vivacidade. Não se vincula a história por lhe dar maior beleza, e sim por chamar a atenção do público alvo. Este recurso suscita a própria capacidade de criar sentindo. A estética produz o conhecimento histórico a partir da libertação que a arte permite (Rüsen). Por meio da arte (estética da narrativa) o impulso criativo propicia o além do que uma “narrativa crua” faria, pois toca no intimo humano – se coloca na sensibilidade; pois é justamente isso que Heródoto usa em sua obra, e na hora de contar ele utiliza da Retórica que se compromete com a eficácia da narrativa histórica em convencer, em quanto à estética se vincula a “beleza”; Seleção moral dos acontecimentos em uma narrativa histórica. A experiência em si não é boa ou ruim. O juízo moral surge da seleção (de acontecimentos) da narrativa. O narrador apela aos valores morais do seu público para alcançar seu objetivo, Heródoto utiliza bem isso em sua obra. O argumento ético fornece, para a história, eficácia, há dois tipos de narrativa: a romanesca, que visa apresentar os heróis como exemplo de boa conduta e do que se deve fazer; e a satírica que se opõe à romanesca e demonstra em seu enredo a degradação humana, sendo o anti-herói o personagem em destaque; Todas as narrativas são validas empiricamente – não existe uma mais verdadeira, pois todas levam a alguma verdade. Cada uma tem sua intenção em empregar certos valores aos acontecimentos. Nessa palestra podemos ver e ter a certeza da importância da obra de Heródoto, tanto para o ado como para o presente.