Benedito Cristiano Aparecido Petroni
Tecnologias de Gestão
APRESENTAÇÃO É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Tecnologias de Gestão, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidisciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como o a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital
SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5 1 SISTEMAS..................................................................................................................................................... 7 1.1 Gestão da Informação.....................................................................................................................................................8 1.2 Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software...............................................................................9 1.3 Tipos de Sistemas de Informação............................................................................................................................11 1.4 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................15 1.5 Atividades Propostas....................................................................................................................................................15
2 INTERNET E SUAS DERIVAÇÕES................................................................................................. 17 2.1 História da Internet.......................................................................................................................................................17 2.2 A Web..................................................................................................................................................................................20 2.3 Serviços da Web.............................................................................................................................................................20 2.4 Modelo Cliente-Servidor............................................................................................................................................21 2.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................24 2.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................24
3 REDES DE COMPUTADORES......................................................................................................... 25 3.1 Topologias de Rede Existentes.................................................................................................................................25 3.2 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................27 3.3 Atividades Propostas....................................................................................................................................................27
4 BANCO DE DADOS.............................................................................................................................. 29 4.1 Bancos de Dados e a Internet...................................................................................................................................30 4.2 Data Warehouse e Data Mining................................................................................................................................31 4.3 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................33 4.4 Atividades Propostas....................................................................................................................................................33
5 PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA........................................................................................ 35 5.1 E-Commerce.....................................................................................................................................................................36 5.2 Ensino a Distância (EaD)..............................................................................................................................................39 5.3 Empresa Digital..............................................................................................................................................................40 5.4 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................41 5.5 Atividades Propostas....................................................................................................................................................42
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................ 43 RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS...................................... 45 REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................. 47 SUGESTÕES DE LEITURA..................................................................................................................... 49
INTRODUÇÃO Prezado(a) aluno(a), Pensar em tecnologia, computadores, sistemas, redes e até mesmo internet faz-nos refletir sobre algumas questões: como as organizações istravam tantas informações e processos numa época em que não tinham à disposição os itens citados? como quais informações os gestores das organizações controlavam o processo gerencial e, ao mesmo tempo, tomavam decisões? Essas duas questões podem gerar inúmeras respostas, mas, sem dúvida alguma, acreditamos que istrar uma organização, assim como nos dias de hoje, deve ter sido uma tarefa das mais difíceis nas diversas épocas. A última década do século XX trouxe mudanças drásticas em todo o ambiente organizacional, ocasionadas principalmente por dois fatores: globalização e tecnologia. O efeito maior da globalização é a diminuição de distâncias; a abertura de fronteiras atinge grupos sociais, raças, países, religiões, organizações e pessoas, com o efeito final de aproximá-las de forma nunca vista antes. Esse fator apresenta consequências variadas, pela troca de informações e conhecimento, o que permite o posicionamento de cada indivíduo no contexto internacional de forma mais precisa do que antigamente, evidenciando forças e fraquezas e facilitando a compreensão das distâncias que os separam. O desenvolvimento tecnológico também modificou a estrutura organizacional, por dois motivos principais: disponibilidade: fator importante que permite que todos, independentemente de tamanho ou estágio de desenvolvimento, tenham o a mais avançada tecnologia disponível, o que não era viável até a década de 1980, quando apenas organizações de certo porte ou avançadas tecnologicamente tinham condições de operar; complexidade: refere-se à capacidade de obter resultados e aproveitar corretamente os benefícios potenciais de seu emprego, não confundindo com a operação dela. As funcionalidades hoje oferecidas – por exemplo, sistemas de gestão integrados – conduzem menos à operação rotineira e muito mais à capacidade de tomada de decisões pelo gestor da organização, resultando na necessidade de aumentar constantemente o perfil de competências do ser humano, quando se incorpora tecnologia. Quando se analisa o conjunto desses fatores abordados, surge uma conclusão interessante: atualmente, temos distâncias menores, com aumento de competitividade e competidores de posse de tecnologias iguais. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
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Quem tem as maiores chances de se sair melhor? A resposta leva de imediato aos conceitos de estratégia e competência, atributos que somente podem ser encontrados nos seres humanos. Isso é resultado da atenção dada para o moderno tratamento dos assuntos ‘conhecimento’ e ‘informação’, nos últimos anos. A partir de agora, veremos um pouco sobre a questão da gestão da tecnologia da informação nas organizações.
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SISTEMAS
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, você estudará os Recursos de Sistemas, a Gestão da Informação, a Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software e os diferentes Tipos de Sistemas, como: Sistemas de Informação Gerencial, Sistemas de Apoio à Decisão e Sistemas de Processamento de Transações.
Segundo O’Brien (2010), Sistemas de Informação são um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados, que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização.
Figura 1 – Recursos de sistemas de informação.
Sistemas de informação também podem ser considerados partes integrantes da estrutura das organizações, devido à sua fundamental importância. Aliado a essa importância, torna-se interessante analisarmos também que os es e/ou tomadores de decisão na organização não devem considerar os sistemas de informação somente pelas funções desempenhadas. Atualmente, os sistemas de informação afetam diretamente o modo como os es decidem, planejam e gerenciam toda a organização e, com isso, nota-se a responsabilidade “atribuída” a esses sistemas de informação. Vamos conhecer, agora, alguns exemplos de recursos e produtos dos sistemas de informação, segundo O’Brien (2010):
Recursos Humanos: especialistas – analistas de sistemas, programadores, operadores de computador; usuários finais – todos os demais que utilizam os sistemas de informação; Recursos de Redes: meios de comunicação, processadores de comunicação, o a redes e software de controle; Recursos de Hardware: máquinas – computadores, monitores de vídeo, unidades de disco magnético, impressoras, escâneres ópticos; Recursos de Software: programas – programas de sistemas operacionais, programas de planilhas eletrônicas,
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programas de processamento de textos, programa de folha de pagamento; procedimentos – procedimentos de entrada de dados, procedimentos de correção de erros, procedimento de distribuição de contracheques;
Recursos de Dados: descrição de produtos, cadastro de clientes, arquivos de funcionários, bancos de dados de estoque.
Figura 2 – Recursos de serviços.
1.1 Gestão da Informação
A maioria do trabalho a ser realizado com o processo de gestão da informação numa organização requer softwares para distribuição de informação e isso faz com que ela tenha mais significado. Essa distribuição é necessária devido à necessidade de integração de todos os departamentos das organizações. Saiba mais
compartilhar conhecimento; capturar e codificar conhecimento; distribuir conhecimento;
Tecnologia da Informação (TI): uma das muitas ferramentas utilizadas pelas organizações e seus colaboradores para enfrentar as inúmeras mudanças decorrentes no dia a dia.
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Os sistemas de informação oferecem e abrangente e imediato aos trabalhadores de informação em vários níveis da organização. Os processos envolvidos são:
criar conhecimento.
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Figura 3 – Infraestrutura de TI para gestão do conhecimento.
Mas, para realizar esses processos, são necessárias algumas tecnologias. Essas tecnologias, como poderemos perceber, estão presentes no dia a dia de praticamente todas as organizações. São elas: Redes: toda organização que possui a TI como aliada possui todo o seu acervo de computadores conectado através de uma rede; Bancos de dados: funcionam como repositórios do conhecimento e armazenam todas as informações existentes nos sistemas de informação; Computadores: ferramentas que conduzem todo o processo, desde a entrada das informações até o processamento e saída das informações;
Softwares: desenvolvidos para atuar como mediadores de todo o processo de gestão das informações; Ferramentas de internet: nos últimos tempos, têm se tornado importantes aliadas no que diz respeito à informação globalizada. A complexidade existente e crescente das tecnologias torna necessária uma grande diversidade de conhecimentos e informações para as organizações. Esses recursos encontram-se distribuídos em diferentes tipos de organizações (empresas, universidades, centros de pesquisa, governo etc.). O objetivo de tudo isso é o processo intensificado do aumento da conectividade entre os sistemas de informação, como serviços, redes e infraestrutura para a transferência de conhecimentos.
1.2 Evolução dos Métodos de Desenvolvimento de Software
Na sua primeira geração, o software era visto por muitos como uma reflexão posterior e a programação era uma arte. Os programadores
trabalhavam sob inspiração. Os programas eram desenvolvidos sem nenhuma istração, sendo que a maioria operava em hardware dedicado
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à execução de um único programa ou a uma aplicação específica, com distribuição limitada. O software era projetado sob medida para cada aplicação e, muitas vezes, inexistia documentação, sendo o processo de desenvolvimento imaturo. Na segunda geração de software, surgiram: multiprogramação, sistemas de tempo real e sistemas multiusuários. Com isso, a demanda de novas aplicações aumentou e a sofisticação atingiu novos níveis para software e hardware. O software legado ou antigo da primeira geração começou a exigir manutenção, integração e gerenciamento dos dados coletados, criando a necessidade dos Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBDs). O computador tornou-se ível às pessoas em suas casas e pequenas empresas criaram demandas de novos softwares como produtos de consumo (software house) para ampla distribuição. Esse cenário, acrescido do esforço para manutenção de software, começou a absorver recursos humanos de desenvolvimento, levando à crise do software. A terceira geração de softwares foi marcada pelo surgimento dos Sistemas Distribuídos, que apresentavam uma complexidade maior de
desenvolvimento, aumentando o poder computacional, pelas Redes de Computadores globais e locais e pelo surgimento de comunicações digitais de banda larga, que cresceram a números exorbitantes. Esse período foi marcado pela demanda por o instantâneo a dados e por uma proliferação do uso de microprocessadores e microcomputadores. O hardware tornou-se um produto primário, mas foi o software que fez a diferença. A cada dia, as pessoas esperavam produtos mais inteligentes. Na quarta geração, a técnica Orientada a Objetos (OO) tornou-se um padrão e o mercado começou a exigir que o software fosse desenvolvido com Engenharia de Software. O uso de Técnicas de Quarta Geração para desenvolvimento de software tornou-se uma prática para protótipos e os Sistemas Especialistas tiveram demanda. A Inteligência Artificial (IA), com uso de Redes Neurais e Reconhecimento de Padrões, ou a fazer parte do desenvolvimento. A figura a seguir apresenta marcos na linha evolutiva do software, sendo que alguns autores discordam das datas que marcam a história.
Figura 4 – Linha evolutiva do desenvolvimento de software.
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Atenção Você sabia que os sistemas de informação computadorizados são essenciais no ambiente de trabalho de hoje, pois permitem às pessoas: analisar problemas, visualizar assuntos complexos, criar novos produtos, comunicar, tomar decisões, coordenar, entre outros.
1.3 Tipos de Sistemas de Informação
Segundo Laudon (2004), os principais tipos de sistemas de informação são os Sistemas de Processamento de Transações (SPTs), os Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs) e os Sistemas de Apoio à Decisão (SADs).
A seguir, a figura mostra os diferentes tipos de sistemas de informação, nos vários níveis da organização, que dão e aos diferentes tipos de decisões.
Figura 5 – Nível organizacional dos sistemas.
Sistemas de Processamento de Transações (SPTs) Os SPTs são, basicamente, as fontes mais importantes de dados para todos os outros sistemas das organizações. São um conjunto organizado de pessoas, procedimentos, software, base de dados e dispositivos usados para registrar transações completas de procedimentos no dia a dia das organizações.
São os sistemas istrativos considerados “básicos” e que atendem a todos os níveis operacionais das organizações. Esses sistemas registram todas as transações rotineiras e necessárias ao funcionamento da organização; quando é necessário inserir toda e qualquer informação no sistema, o procedimento é feito por um SPT.
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Figura 6 – SPT.
Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs) Os SIGs também podem ser designados como uma categoria específica de sistemas de informação que dá e às funções do nível gerencial. Eles atendem ao nível gerencial da organização, munindo os gerentes de relatórios ou de o on-line aos registros de desempenho corrente e ao histórico da organização, bem como apoiam as funções de planejamento, controle e decisão no nível gerencial e, geralmente, dependem dos SPTs subjacentes para a aquisição de dados.
ciais das organizações. Normalmente, são orientados quase exclusivamente aos eventos internos e não aos eventos ambientais ou externos da organização. A seguir, a figura ilustra, por meio de diagrama, três SPTs que fornecem dados resumidos de transações ao sistema de relatórios do SIG. No fim de um período de tempo determinado, os gerentes têm o aos dados organizacionais por meio do SIG, que lhes disponibiliza relatórios adequados.
Os SIGs usualmente atendem aos gerentes interessados em resultados semanais, mensais e anuais, e não em atividades diárias. Em geral, dão respostas a perguntas rotineiras que foram especificadas anteriormente e cujo procedimento de obtenção de respostas é predefinido. A maior parte dos SIGs usa rotina simples, como resumos e comparações, em vez de sofisticados modelos matemáticos ou técnicas estatísticas. Os SIGs, por definição, servem também como base para as funções de planejamento, controle e tomada de decisões, em níveis geren-
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Tecnologias de Gestão Figura 7 – SPTs armazenando dados para os SIGs.
Sistemas de Apoio à Decisão (SADs) Os SADs atendem ao nível gerencial de uma organização. Saiba mais Os SADs ajudam os gerentes a tomar decisões não usuais, que se alteram com rapidez e que não são facilmente especificadas com antecedência.
Abordam problemas cujo procedimento, para chegar a uma solução, pode não ter sido to-
talmente predefinido. Mas, para que funcionem de maneira adequada, os SADs necessitam de informações de outros tipos de sistemas: dos SPTs e dos SIGs. Os SADs são construídos expressamente com uma variedade de modelos para analisar dados ou, então, agrupam grandes quantidades de dados sob uma forma que pode ser analisada por quem toma as decisões na organização. Uma das principais características dos SADs é ajudar a alta gerência das empresas no processo de tomada de decisão.
Figura 8 – SAD.
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Segundo O’Brien (2010), os principais tipos de sistemas de informação são: SIGs: fornecem informações na forma de relatórios e demonstrativos pré-estipulados para os gerentes. Exemplos: análises de vendas, realização de processos e relatórios das tendências de custos. Atendem ao nível gerencial da empresa; SADs: fornecem apoio interativo para o processo de decisão dos gerentes. Exemplos: atribuição de preço dos produtos, previsão de lucros e sistemas de análises de risco. Atendem ao nível gerencial da organização;
SPTs: processam dados resultantes das transações empresariais, atualizam bancos de dados e produzem documentos empresariais. Exemplos: processamento de vendas e reabastecimento, entre outros. Atendem ao nível operacional. Basicamente, a utilização de cada tipo de sistema de informação pode ser considerada uma maneira singular de coordenar os trabalhos, as informações e, principalmente, o conhecimento em uma organização.
Figura 9 – Classificação dos sistemas de informação como operacionais e gerenciais.
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1.4 Resumo do Capítulo
Um sistema de informação é um conjunto de componentes inter-relacionados, desenvolvido para coletar, processar, armazenar e distribuir informação, para facilitar a coordenação, o controle, a análise, a visualização e o processo decisório; Os Sistemas de Informação podem ser usados para obter uma vantagem estratégica competitiva sobre empresas rivais, bem como para desenvolver novos nichos de mercado, prender clientes e fornecedores, diferenciar produtos e serviços e diminuir custos operacionais; Os SIGs são sistemas de relatórios rotineiros empregados para monitorar e controlar empresas. Atendem ao nível Gerencial; Os SPTs são sistemas empresariais básicos, que controlam as transações necessárias para conduzir um negócio e as utilizam para atualizar os registros da empresa. Atendem ao nível operacional; Os SADs são sistemas que permitem apoio, em nível gerencial, a uma decisão dentro da organização; A finalidade de se construir sistemas de informação é resolver uma variedade de problemas organizacionais; Um sistema de informação consiste em três entidades que se ajustam mutuamente: pessoas, organizações e tecnologia; A dimensão ‘pessoas’ dos sistemas de informação envolve assuntos como treinamento, atitudes no emprego, ergonomia e interface com o usuário.
1.5 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. Sabe-se que os Sistemas de Informação são um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados. Qual é a sua principal função? 2. Imagine uma empresa em que o faturamento mensal é de 2 milhões de reais; no mês seguinte, sem nenhum motivo aparente, o faturamento cai para 1 milhão. Qual tipo de sistema servirá como recurso para apoiar a ação dos Gerentes/Diretores da organização?
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INTERNET E SUAS DERIVAÇÕES
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, serão abordados a internet e suas derivações, os tipos de serviços e o modelo cliente/servidor. Começaremos, então, pela história da internet, em meados da Guerra Fria. A internet é um conjunto de redes de computadores interligadas pelo mundo inteiro, que têm em comum um conjunto de protocolos e serviços, de forma que os usuários a ela conectados podem usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance mundial. Segundo Laudon (2004), a internet talvez seja a mais bem conhecida e a maior implementação de trabalho em rede, interligando centenas de milhares de redes individuais em todo o mundo.
Dispõe de uma gama de recursos que as organizações estão utilizando para trocar informações internamente ou para se comunicar externamente com outras organizações durante a gestão de seu negócio. Porém, quanto à internet direta, salvo algumas questões especiais, qualquer indivíduo pode conectar-se, estando seu computador numa área em que tenha o. Atenção A tecnologia de internet provê a infraestrutura primária para comércio e negócios eletrônicos para as organizações.
2.1 História da Internet Guerra Fria
Figura 10 – Estados Unidos x União Soviética.
A Guerra Fria foi um período em que a guerra era improvável e a paz impossível, pois os interesses capitalistas e socialistas eram inconciliáveis por natureza. Já a guerra era improvável porque o poder de destruição das superpotências era tão grande que um confronto generalizado seria, com certeza, o último (TV CULTURA, 2012). Envolvidos: Estados Unidos x União Soviética
O mundo estava dividido em dois blocos: Capitalismo e Socialismo. No mundo real, as duas grandes agências de espionagem, a Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti (KGB) soviética e a Central Intelligence Agency (CIA) americana, treinavam agentes para atos de sabotagem, assassinatos, chantagens e coleta de informações, haja vista que a transmissão, naquela época, dava-se verbalmente (pessoa para pessoa).
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Curiosidade No dia 4 de outubro de 1957, a União Soviética enviou ao espaço o primeiro satélite não tripulado, chamado Sputnik 1. Figura 11 – Satélite Sputnik 1.
A conquista do espaço pelos Russos causou medo ao governo americano, que pensou que, se os Russos eram capazes de enviar um satélite ao espaço, também poderiam disparar um míssil e atingir seus centros de informações secretas. Para poder assegurar a liderança tecnológica, os Estados Unidos fundaram a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, conhecida como DARPA, em fevereiro de 1958.
A abordagem científica, militar e comercial desses conceitos foi a fundação para a nossa internet moderna. Vamos começar com a ARPANET, a mais familiar dessas redes, cujo desenvolvimento começou em 1966. Universidades eram geralmente bem precavidas sobre compartilhar seus computadores; sendo assim, pequenos computadores foram colocados na frente do Mainframe. Esse computador, o Processador de interface de mensagens (Interface Message Processor – IMP), tomou o controle das atividades na rede, enquanto o Mainframe era apenas responsável pela inicialização dos programas e arquivos de dados. Ao mesmo tempo, o IMP servia como interface para o mainframe. Como apenas os IMPs estavam interconectados na rede, isso também foi chamado sub-rede IMP. Figura 13 – Sub-rede IMP.
Nessa época, o conhecimento só era transferido por pessoas. Figura 12 – Transferência do conhecimento.
A DARPA planejou uma rede de computadores em grande escala, a fim de acelerar a transferência de conhecimento e evitar a duplicidade de pesquisas já existentes. Essa rede tornar-se-ia a ARPANET. Além disso, três outros conceitos foram desenvolvidos, que foram fundamentais para a história da internet: o conceito de uma rede militar pela Corporação RAND, na América, a rede comercial do Laboratório Nacional de Física da Inglaterra e a rede científica CYCLADES, na França.
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Para as primeiras conexões entre os computadores, o Grupo de Trabalho de Rede desenvolveu o protocolo de controle de rede (Net Control Protocol – N). Mais tarde, o N foi substituído pelo mais eficiente Protocolo de Controle de Transmissão (Transmission Control Protocol – T). A característica específica do T é a verificação de transferência do arquivo. Na Inglaterra, foi criada uma rede chamada NPL, desenvolvida numa base comercial; muitos usuários e transferências de arquivos eram esperados. Para evitar o congestionamento das linhas, os arquivos enviados foram divididos em pequenos pacotes, que eram reunidos novamente no destinatário. Havia nascido ali a comutação de pacotes.
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Figura 17 – Rede descentralizada.
Saiba mais Em 1962, um avião confederado americano descobriu mísseis de médio e longo alcance, em Cuba, que eram capazes de alcançar os Estados Unidos. Isso atiçou o medo de um conflito atômico.
Figura 14 – Estados Unidos. Figura 18 – Rede descentralizada vítima de ataque.
Nessa época, sistemas de informação tinham uma arquitetura de rede centralizada. Figura 15 – Rede centralizada.
Outro marco seguiu-se com o desenvolvimento da rede sa CYCLADES, que possuía um orçamento muito menor que o da ARPANET e menos nós; o foco recaiu sobre a comunicação com outras redes. Dessa maneira, o termo ‘internet’ nasceu. Figura 19 – Topologia da internet.
Figura 16 – Colapso decorrente de um ataque.
Para evitar um colapso durante um ataque, uma arquitetura de rede descentralizada tinha que ser desenvolvida, a qual, no caso da perda de um nó, ainda ficaria operante, conforme mostra o exemplo a seguir:
Em 28 de fevereiro de 1990, o hardware da ARPANET foi removido, mas a internet ficou on-line e funcionando normalmente.
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Figura 20 – Internet.
2.2 A Web
Segundo Silva (2008), a “Web” é uma palavra inglesa que significa teia e, em internet, é usada para designar abreviadamente a rede mundial de computadores, cujo funcionamento assemelha-se a uma imensa teia de aranha, interligando computadores no mundo inteiro. A Web foi inventada, em 1992, por Tim Berners Lee. Figura 21 – Tim Berners Lee.
Tim Berners Lee trabalhava na seção de computação da European Organization for Nuclear Research (CERN – Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), quando iniciou pesquisas visando a descobrir um método que possibilitasse aos cientistas do mundo inteiro compartilhar eletronicamente seus textos e pesquisas e que tivesse a funcionalidade de interligar os documentos. Estava criada a noção de web e de links, como são conhecidos atualmente (SILVA, 2008). Segundo Silva (2008), em 1990, Tim criou o protótipo de um navegador para rodar em computadores da NeXT, uma companhia fundada, em 1985, por Steve Jobs. Inicialmente, o navegador foi chamado WorldWideWeb e, posteriormente, renomeado para Nexus, a fim de evitar confusão com a World Wide Web. Nos dias atuais, temos inúmeros navegadores, sendo os mais conhecidos: Firefox e Internet Explorer.
2.3 Serviços da Web
Para as organizações, são inúmeras as opções que a internet oferece para o gerenciamento ou gestão da organização. Segue a Tabela 1, com os serviços mais conhecidos e considerados mais importantes da internet.
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Tabela 1 – Serviços mais conhecidos e importantes da internet.
Recurso E-mail Grupos de discussão Bate-papo Telnet FTP
Funções adas Mensagem pessoa a pessoa; compartilhamento de documentos. Grupos de discussão em painéis eletrônicos de notícias. Conversas interativas. Fazer conexão com outro computador e assumir o controle a distância. Transferir arquivos de um computador para outro.
Nota: FTP: File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos.
O serviço oferecido às organizações, tendo a internet como plataforma, que mais é utilizado e, hoje, é quase obrigatório sem dúvida é o e-mail. Mas qual o significado de um endereço de e-mail? Figura 22 – Um endereço de e-mail.
O endereço ilustrado na figura significa o seguinte: o endereço do físico e astrônomo Galileu Galilei seria traduzido como “G. Galilei, Universidade de Pisa, instituição educacional, Itália”. O nome de domínio, à direita do símbolo @, contém
um indicador de país, um indicador de função e a localização do computador hospedeiro, que armazena as informações referentes à conta de e-mail.
2.4 Modelo Cliente-Servidor
No modelo cliente-servidor, temos duas partes, ou seja, de um lado, o cliente e, do outro, o servidor. Saiba mais
Cliente: é um programa (software) executado em um host, que solicita informações a outro programa, normalmente através da rede. Exemplo de programa cliente: “navegador” Web.
A maioria das aplicações da internet utiliza o modelo de interação chamado “cliente-servidor”.
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Figura 23 – Tipos de navegadores.
Servidor: é um programa que fica aguardando as solicitações dos clientes. Exemplo: servidores Web Apache e IIS.
Figura 24 – Software cliente-servidor.
Vale lembrar que os servidores oferecem inúmeros tipos de serviços em uma mesma máquina, através de diferentes protocolos. Exemplos: E-mail (Simple Mail Transfer Protocol – SMTP), Transferência de arquivos (FTP), Sistema de nomes (Domain Name System – DNS), Bancos de dados (Structured Query Language – SQL), entre outros. Esses são apenas alguns protocolos de aplicações que utilizam o modelo cliente-servidor. Servidores Web Para que você consiga navegar na Web, baixar documentos ou páginas em um determinado servidor de internet, faz-se necessário o uso de um determinado browser (Netscape, Internet Explorer, Firefox...).
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Procedimentos realizados pelo servidor web Figura 25 – Servidor web.
Os servidores Web têm um trabalho integral na internet, aguardando sem descanso solicitações dos browsers Web. Tipos de solicitações Páginas web, imagens, sons ou, até mesmo, filmes. Assim que o servidor recebe uma solicitação de algum desses recursos, ele o encontra e, então, envia-o para o browser, conforme a imagem. Como a internet tornou-se uma rede cada vez maior de computadores interligados, houve necessidade de dedicar alguns computadores
para prover serviços à rede, enquanto os demais ariam esses serviços. Portanto, esses computadores que proviam serviços eram denominados Servidores, enquanto os que avam os serviços eram chamados clientes (FREEMAN, 2010). Procedimentos realizados pelo browser web Você já sabe como funciona um browser: está surfando na Web e clica em um link para visitar uma página. Aquele clique faz com que o browser solicite uma página em Hyper Text Markup Language (HTML) a um servidor Web, recebendo-a e exibindo-a em sua janela.
Figura 26 – Browser web.
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2.5 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos a internet e suas derivações, os tipos de serviços e o modelo cliente-servidor. A internet é um conjunto de redes de computadores interligadas pelo mundo; A divisão do mundo deu-se em dois grandes blocos: socialismo e capitalismo; As principais potências envolvidas nessa disputa pela corrida armamentista eram os Estados Unidos e a União Soviética; Os Estados Unidos fundaram a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, conhecida como DARPA, em fevereiro de 1958; O primeiro país a enviar um satélite não tripulado para o espaço foi a União Soviética, o qual ficou conhecido como Sputnik 1; Outro marco seguiu-se com o desenvolvimento da rede sa CYCLADES, que possuía um orçamento muito menor que o da ARPANET e menos nós; o foco recaiu sobre a comunicação com outras redes; “Cliente” é um programa (software) executado em um host, que solicita informações a outro programa, normalmente através da rede. Exemplo de programa cliente: “navegador” Web; “Servidor”: é um programa que fica aguardando as solicitações dos clientes.
2.6 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. Quais eram as duas potência envolvidas na Guerra Fria? 2. Qual era o nome do primeiro satélite não tripulado enviado ao espaço e em que ano aconteceu?
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REDES DE COMPUTADORES
Caro(a) aluno(a),
Curiosidade
Daremos início, agora, aos diversos tipos de topologia e, se você desconhece essa palavra, fique tranquilo(a). Topologia nada mais é que o nome empregado ao tipo de rede utilizado. Quando o assunto é rede de computadores, é importante lembrar um conceito muito interessante: o de Telecomunicações, mas, antes de explorarmos o assunto telecomunicações, vamos concentrar esforços para entender como funcionam as redes de computadores.
Existem diversos modos de organizar componentes de telecomunicações para formar uma rede e, consequentemente, diversas maneiras de classificá-la. A classificação de uma rede é feita através de seus formatos, alcance geográfico e tipos de serviços oferecidos, também sendo conhecida como topologia.
A seguir, veremos os tipos de topologias existentes, segundo a definição de Laudon (2004).
3.1 Topologias de Rede Existentes Rede em Estrela Nessa topologia, basicamente existe um computador central conectado a uma série de computadores menores ou terminais. A utilidade dessa topologia é para aplicações em que parte do processamento precisa ser centralizada e parte pode ser executada localmente, porém, nesse tipo, existe um problema, que é a sua vulnerabilidade, pois todas as comunicações devem ser adas ou readas pelo computador central. A seguir, a figura ilustra esse modelo de topologia. Figura 27 – Topologia de rede em estrela.
Como o computador central (Central Processing Unit – U) é o controlador do tráfego para os outros computadores e terminais, a comunicação da rede será interrompida se a U parar de funcionar. Também, todas as comunicações entre os computadores menores, terminais e impressoras devem ar primeiro pelo computador central. Redes em Barramento Nessa topologia, é interligada uma série de computadores por um único circuito de par trançado, cabo coaxial ou cabo de fibra óptica, que são modelos de cabeamento para redes de computadores.
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Curiosidade
Atenção Todos os sinais são transmitidos em ambas as direções para toda a rede, sendo que um software especial faz a identificação de quais componentes devem receber cada mensagem. Nesse modelo, não existe um computador central para controlar toda a rede. Se um dos computadores falhar, nenhum dos outros componentes da rede será afetado, mas todo o processo de comunicação dessa rede istra somente uma mensagem por vez; portanto, o desempenho pode ser comprometido se houver alto volume de tráfego na rede. No caso de dois computadores enviarem mensagens simultaneamente, pode ocorrer uma colisão e a mensagem deverá ser retransmitida.
Na topologia em anel, independentemente do meio físico de comunicação, forma-se um circuito fechado, em que os dados são transmitidos ao longo do anel, de um computador para outro, sempre fluindo na mesma direção.
A seguir, a figura ilustra esse modelo de rede em anel. Figura 29 – Topologia de rede em anel.
A seguir, a figura ilustra a topologia de rede em barramento. Figura 28 – Topologia de rede em barramento.
Nesse modelo de topologia, é permitido que as mensagens sejam transmitidas para toda a rede por um único circuito. Redes em Anel Como no modelo de rede em barramento, a rede em anel não necessita de um computador central, bem como seu perfeito funcionamento não será interrompido caso um dos computadores apresente alguma anomalia. Cada computador da rede pode comunicar-se diretamente com qualquer outro e cada um processa o próprio aplicativo independentemente.
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Nessa configuração, um computador central funciona como controlador do tráfego para todos os outros componentes da rede. Todas as comunicações entre computadores menores, terminais e impressoras devem ar, primeiramente, pelo computador central.
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3.2 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos algumas topologias de rede. São elas: Redes em Estrela, Barramento e Anel. A classificação de uma rede é feita através de seus formatos, alcance geográfico e tipos de serviços oferecidos, também sendo conhecida como topologia; Na topologia de rede em barramento, todos os sinais são transmitidos em ambas as direções para toda a rede, sendo que um software especial faz a identificação de quais componentes devem receber cada mensagem; Na topologia em anel, independentemente do meio físico de comunicação, forma-se um circuito fechado, em que os dados são transmitidos ao longo do anel, de um computador para outro, sempre fluindo na mesma direção.
3.3 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. Qual é a topologia para aplicações em que parte do processamento precisa ser centralizada e parte pode ser executada localmente? 2. O que é Topologia de Rede?
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BANCO DE DADOS
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, você conhecerá a importância dos bancos de dados, data warehouse e data mining. Segundo Stair (1998), por haver tantos elementos nos negócios atuais das organizações, é fundamental manter os dados organizados, para que possam ser utilizados de modo eficaz. Um banco de dados deve ser projetado para armazenar todos os dados relevantes para a empresa e fornecer o rápido e modificações fáceis. Além disso, ele deve ser criado de forma a refletir os processos empresariais da organização; para a sua construção, é muito importante analisar algumas questões que, de certa forma, são muito úteis aos es da organização: conteúdo: que dados devem ser coletados e qual o custo? o: que dados devem ser fornecidos e quais usuários devem ar determinadas informações? estrutura lógica: como os dados devem ser arrumados, de forma que façam sentido para um determinado usuário?
organização física: onde os dados devem estar fisicamente localizados? Curiosidade Praticamente todos os bancos de dados, também conhecidos como Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBDs) ou Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (Database Management Systems – DBMSs), têm a dimensão da organização, ou seja, todo o conhecimento e inteligência em seus arquivos, tabelas etc.
Segundo Laudon (2004), um banco de dados é uma coleção de dados organizados para atender a muitas aplicações, centralizando eficientemente os dados e minimizando dados redundantes. Em vez de armazenar dados em arquivos separados para cada aplicação, eles são armazenados fisicamente, de modo que os usuários encontrem-nos em um único local. Um único banco de dados atende a múltiplas aplicações. A figura a seguir mostra o funcionamento de um banco de dados.
Figura 30 – Ambiente de um banco de dados.
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Segundo Laudon (2004), um banco de dados de recursos humanos atende a múltiplas aplicações e também permite que uma corporação facilmente reúna todas as informações para várias aplicações.
O SGBD age como interface entre os programas aplicativos e os dados.
4.1 Bancos de Dados e a Internet
A tecnologia de banco de dados tem importante papel na disponibilização dos recursos de informação às organizações na Web. Por exemplo, um cliente que possui um navegador Web, também conhecido como Browser, pode querer pesquisar on-line todo o banco de dados de um
varejista, em busca de informações sobre preços, afirma Laudon (2004). A figura a seguir ilustra como esse cliente poderia ar o banco de dados interno do varejista pela Web.
Figura 31 – Ligação de um banco de dados à web.
O usuário aria o site Web do varejista pela internet, usando o software de navegador Web, o Browser, de seu computador. O software de navegação Web do usuário requisitaria os dados do banco de dados da organização, usando comandos de HTML1 para comunicar-se com o servidor Web. Como muitos bancos de dados de e não podem interpretar comandos escritos na linguagem HTML, o servidor Web a essas requisições de dados para softwares especiais, que traduzem os comandos HTML para uma linguagem chamada SQL,2 de modo que possam ser processados pelo DBMS que trabalha com o banco de dados.
pecial dedicado, denominado servidor de banco de dados. O DBMS recebe as requisições SQL e fornece os dados requisitados. Para o gerenciamento das informações nas organizações, os usuários podem ar os bancos de dados internos de uma organização por meio da Web, utilizando seus computadores de qualquer lugar, desde que estejam conectados através de um software de navegação: o Browser. Existe uma série de vantagens em utilizar a Web para ar bancos de dados internos de uma organização. Os softwares de navegador Web são extremamente fáceis de usar, exigindo muito menos treinamento do que, até mesmo, as ferramentas de consulta a banco de dados.
Tecnicamente, em um ambiente cliente-servidor, o DBMS reside em um computador esA Linguagem de Marcação de Hipertextos é uma linguagem de programação utilizada para a criação de páginas na Web. A Linguagem de Consulta Estruturada é uma linguagem utilizada para a interpretação de informações, especificamente para os bancos de dados.
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Atenção A interface Web não requer mudanças no banco de dados interno e as organizações podem impulsionar seus investimentos em sistemas mais antigos, porque custa muito menos adicionar uma interface Web à frente de um sistema computacional que já opera na organização do que iniciar todo o projeto de desenvolvimento e implantação para o sistema melhorar o o para o usuário. Com isso, o fato de ar bancos de dados corporativos pela Web está criando novas eficiências e oportunidades, em alguns casos até mesmo mudando a maneira como os negócios são executados.
Sendo assim, várias organizações têm criado novos tipos e modelos de negócios, com base na disponibilidade e o a grandes bancos de dados via Web. Já outras organizações estão utilizando a Web para oferecer aos seus colaboradores visões integradas da informação no âmbito total da organização. A tecnologia de banco de dados tem proporcionado muitos benefícios organizacionais, permitindo que as organizações mantenham grandes bancos de dados com informações pessoais detalhadas, porém existem discussões que dizem respeito à representação de uma ameaça à privacidade das pessoas.
4.2 Data Warehouse e Data Mining
Figura 32 – Data Warehouse e Data Mining.
Atualmente, as organizações estão instalando poderosas ferramentas de análise e de armazenamento de dados para fazer melhor uso das informações armazenadas em seus bancos e estão tendo sucesso, principalmente pelo o das tecnologias de bancos de dados e pela Web. Nas organizações, os responsáveis pelas tomadas de decisões necessitam de informações cada vez mais concisas e confiáveis sobre o que ocorre na organização, como operações, tendências e mudanças. Curiosidade Segundo Laudon (2004), um Data Warehouse é um banco de dados que armazena dados correntes e históricos de potencial interesse dos gerentes de toda a organização.
Fonte: http://www.datapult.com/Data_Mining.htm.
Uma vez sabida a importância dos bancos de dados para as organizações junto ao advento da internet, também se pode observar a crescente necessidade das organizações da utilização de ferramentas para análise dessas informações.
Os dados originam-se de muitos sistemas e aplicativos das organizações e também de fontes externas – bancos de dados específicos adquiridos com empresas especializadas, incluindo transações ocorridas em sites Web –, sendo cada uma com modelos diferentes.
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Ainda segundo Laudon (2004), os primeiros os para a construção de um Data Warehouse envolvem a execução de uma análise completa dos requisitos de informação que poderiam ser satisfeitos; sendo assim, os es devem fazer alguns questionamentos, como: usuários: quais são os níveis da organização e as funções empresariais que representam? propriedade: quem é responsável pela manutenção deles? Quem está autorizado a ar os dados? requisitos de informação: que tipos de relatórios e consultas o data warehouse deve ar? Quais são os dados utilizados nesses relatórios e consultas? fontes de dados: quais são as fontes de dados requeridas pelos relatórios? Quais vêm de fontes externas à empresa? atualidade: com que frequência os dados de um Data Warehouse precisam ser atualizados? padrão de dados: aplicativos elaborados para dar e a diferentes funções ou unidades organizacionais podem usar o mesmo termo de diferen-
tes maneiras? Todos concordam com a definição de cada dado e com o modo como será utilizado? expectativa de qualidade: que nível de precisão e integridade dos dados do data warehouse é suficiente para atender às necessidades da empresa? benefícios: até que ponto esses benefícios com a construção do Data Warehouse podem ser quantificados? Eles são maiores do que os custos? mudança do processo de negócio: a organização precisa mudar seus processos de negócios para poder utilizar efetivamente as informações contidas no Data Warehouse? Um sistema de Data Warehouse provê uma gama de ferramentas de consultas imediatas e padronizadas, ferramentas analíticas e recursos gráficos para produção de relatórios e Data Mining. Alguns questionamentos devem ser feitos pelos tomadores de decisão da organização e, a partir deles, pode-se observar o auxílio de um Data Warehouse. A figura a seguir ilustra a análise do apoio de um sistema no auxílio à tomada de decisão.
Figura 33 – Auxílio de um data warehouse na tomada de decisões.
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Segundo Laudon (2004), o Data Mining utiliza uma variedade de técnicas para descobrir modelos e relações ocultos em grandes repositórios de dados e, a partir daí, inferir regras para prever comportamento futuro e orientar a tomada de decisões. Isso permite auxiliar as organizações a aderirem ao marketing “um para um”, no qual podem ser criadas mensagens personalizadas ou individualizadas com base em preferências individuais.
Saiba mais O Data Mining é uma ferramenta poderosa e lucrativa para as organizações, mas apresenta desafios à proteção da privacidade de cada indivíduo. No entanto, com todas as questões, os Data Warehouses habilitam os tomadores de decisões das organizações a arem os dados quantas vezes precisarem, sem afetar o desenvolvimento dos outros sistemas aplicativos da organização, com a facilidade de o com a tecnologia Web disponível.
4.3 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos os bancos de dados, o data warehouse e o data mining. Um banco de dados é uma coleção de dados organizados para atender a muitas aplicações, centralizando eficientemente os dados e minimizando dados redundantes; O Data Warehouse é um banco de dados que armazena dados correntes e históricos de potencial interesse dos gerentes de toda a organização; Os Data Warehouses habilitam os tomadores de decisões das organizações a arem os dados quantas vezes precisarem, sem afetar o desenvolvimento dos outros sistemas aplicativos da organização, com a facilidade de o com a tecnologia Web disponível.
4.4 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. Qual é a diferença entre data warehouse e data mining? 2. De onde são originados os dados alocados no banco?
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PLANO DIRETOR DE INFORMÁTICA
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudaremos o Plano diretor da empresa, o E-commerce, o Ensino a Distância (EaD) e as Empresas Digitais. Lembre-se das dicas do saiba mais, atenção e curiosidade. Figura 34 – Plano diretor de informática.
Segundo Rosini (2006), por ser cada vez mais um recurso estratégico, a aplicação de novas tecnologias precisa ser cuidadosamente planejada, organizada e controlada pelas organizações. O planejamento tecnológico sem dúvida nenhuma é uma das atividades mais importantes para a criação, sustentação e maximização da vantagem competitiva da organização. O principal motivo para as organizações manterem todo o controle com relação a um plano diretor vem da necessidade da gestão do conhecimento na organização. Essa gestão do conhecimento aumenta a capacidade da organização de aprender com seu ambiente e incorporar conhecimento a seus processos e execução da gestão dos negócios. Também conhecido como planejamento estratégico de sistemas de informação, permite que a organi-
zação tenha futuro orientado e previsível, muito embora alguns tomadores de decisão e executivos das organizações ainda hoje, de certa forma, acreditem pouco nesse instrumento. Segundo Laudon (2004), refere-se ao conjunto de processos desenvolvidos em uma organização para criar, armazenar, transferir e aplicar conhecimento. Sendo assim, a TI tem papel importante nessa gestão, como habilitadora de processos de negócios que visam a criar, armazenar, disseminar e aplicar conhecimento. Com isso, o desenvolvimento de procedimentos e rotinas, também conhecido como processo de negócios, é necessário para aperfeiçoar a criação, o fluxo, a aprendizagem, a proteção e o compartilhamento do conhecimento na organização, sendo também de responsabilidade central da istração e dos tomadores de decisão pela organização.
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Estar em dia com a tecnologia e controlar o impacto organizacional de sua aplicação são os principais desafios que as organizações enfrentam atualmente na área de tecnologia, em que o objetivo do processo de planejamento tecnológico é identificar as oportunidades de aplicação de novas tecnologias, definindo as linhas de ação para sua utilização efetiva na organização, na qual ele deve ser estruturado em diversas atividades, com sua aplicação variando em função dos vários setores existentes na organização, do próprio ambiente organizacional, dos objetivos e vetores
estratégicos e do tipo de tecnologia em questão, em que as ações têm como referências a visão estratégica e o objetivo de criar, sustentar ou aumentar a vantagem competitiva (ROSSINI, 2006). Saiba mais Basicamente, um plano diretor é a representação de um conjunto de decisões e ações planejadas contemplando períodos futuros, coordenando também um planejamento global com a organização.
5.1 E-Commerce
Durante muitos anos, as transações comerciais das organizações foram pelo método convencional – presencial de compra e venda. O cenário, atualmente, está mudando e de maneira muito rápida. As transações comerciais estão adotando a plataforma da internet para se concretizarem e, a partir daí, seu nome mudou para comércio eletrônico ou e-commerce. Figura 35 – Comércio eletrônico.
Os três principais tipos dessa categoria de comércio eletrônico, segundo Laudon (2004), são: Comércio eletrônico empresa-consumidor: também conhecido como B2C, é a venda de produtos e serviços no varejo diretamente a compradores individuais; Comércio eletrônico empresa-empresa: conhecido como B2B, é a venda de bens e serviços entre empresas; Comércio eletrônico consumidor-consumidor: é a venda eletrônica de bens e serviços por consumidores diretamente a outros consumidores.
Fonte: http://www.ridabe.com/ecomerce.html.
Curiosidade Existem diferentes maneiras de classificar o comércio eletrônico, levando em conta a natureza dos participantes da transação.
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Figura 36 – Fluxo de informação no e-commerce.
Outra maneira para classificar as transações comerciais eletrônicas é os termos da conexão física, ou seja, como o usuário está conectado na grande rede. Recentemente, praticamente todas as transações ocorriam por meio de redes ligadas por fio. Hoje, telefones celulares e outras aplicações digitais portáteis sem fio estão habilitados para internet, de modo que podem ser usados para enviar e-mails ou ar sites. As organizações estão se apressando em oferecer novos conjuntos de produtos e serviços baseados na Web que possam ser ados por esses equipamentos sem fio. As primeiras aplicações com referência a comércio eletrônico datam do início da década de 1970 e eram limitadas somente a: Grandes corporações; Instituições financeiras; Algumas empresas mais ousadas.
É importante ressaltar que cabe a cada organização reunir todos os componentes que permitirão a ela obter vantagem competitiva com o comércio eletrônico, usando alguma tecnologia para disponibilizá-lo. Contudo, a internet está acelerando o crescimento em alguns setores e criando oportunidades para novos tipos de negócios. Em certos ramos, distribuidores que operam depósitos de mercadorias ou intermediários como corretores imobiliários podem ser substituídos por novos intermediários, que são especializados em auxiliar os usuários de internet a obter, de maneira eficiente, informações sobre produtos e preços, localização de fontes on-line de produtos e serviços, ou gerenciar ou maximizar o valor das informações capturadas em transações de comércio eletrônico. A figura a seguir ilustra um canal de distribuição que apresenta diversas camadas intermediárias e cada uma delas aumenta o custo final de um produto, como uma blusa, por exemplo.
Essas primeiras aplicações eram conhecidas como Transferências Eletrônicas de Fundos (TEFs) e utilizadas por organizações como: Fabricantes; Varejistas; Prestadoras de Serviços.
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Figura 37 – Benefícios para o consumidor através do e-commerce.
Cabe ressaltar que toda a organização tem inúmeros benefícios com o e-commerce, mas, principalmente, os profissionais de marketing, que podem utilizar características interativas das
páginas Web para prender a atenção dos clientes ou para conseguir informações detalhadas sobre preferências e interesses, com a finalidade de promover o marketing da organização.
Figura 38 – Exemplo de aplicação: personalização de um site Web.
Veja que, nessa figura, as organizações podem criar páginas Web exclusivas e personalizadas, que apresentam conteúdo ou anúncios de produtos e serviços de especial interesse para clientes individuais, aprimorando a experiência deles e criando valor adicional.
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5.2 Ensino a Distância (EaD)
Segundo o Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, define-se EaD como uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes es de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. (BRASIL, 1998).
Nas instituições de ensino e, recentemente, nas organizações, o EaD está se tornando uma importante aliada na disseminação de conhecimento da organização. Figura 39 – EaD.
Fonte: http://www.abmeseduca.com/?p=192.
Para Laudon (2004), o EaD é a educação ou treinamento transmitido a indivíduos em uma ou mais localidades.
Alguns programas de EaD utilizam a comunicação síncrona, na qual o professor e o aluno estão presentes ao mesmo tempo durante a instrução, mesmo encontrando-se fisicamente em locais distantes. Já outros programas utilizam a comunicação assíncrona, na qual professor e aluno não têm interação no mesmo local e ao mesmo tempo. Um exemplo é o Curso da Unisa Digital, no qual os estudantes podem ar a Web, obter o material do curso e comunicar-se com seus instrutores através da plataforma de interação. Contudo, na era da informação, rótulo já consagrado para caracterizar a sociedade dos nossos dias, torna-se cada vez mais evidente o aumento da demanda por pessoas portadoras de conhecimentos e habilidades e, ao mesmo tempo, constata-se que a educação tradicional e os meios tradicionais das organizações parecem ser incapazes de atender a essa nova demanda do mundo tecnológico existente. Vale lembrar que um fator que faz a diferença para que o EaD possa se firmar cada vez mais nas organizações é que permite a aprendizagem relacionada às experiências dos alunos e profissionais das organizações e às suas vidas profissionais e sociais, sem que essas pessoas tenham que sair de seus locais geográficos, muitas vezes distantes.
Atenção Embora o EaD possa ser realizado com material impresso, a sua experiência está se baseando cada vez mais na TI, televisão por satélite ou multimídia interativa e, também, na Web.
O EaD, também conhecido como e-learning, vem sendo empregado cada vez mais para descrever o tipo de instrução que utiliza exclusivamente tecnologia digital pura, entregue pela internet ou por redes privadas (LAUDON, 2004). Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
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5.3 Empresa Digital
Vendedores de outros tipos de produtos e serviços podem usar a internet para distribuir informações sobre os produtos que vendem, como preços, opções, disponibilidade e prazo de entrega.
Figura 40 – Empresa digital.
Fonte: http://istracao3c.blogspot.com/2010/03/empresa-tradicionalmistadigital-e.html.
Durante muito tempo, as organizações utilizaram sistemas proprietários para a integração de suas informações e de seus sistemas internos, para a comunicação com clientes, fornecedores e parceiros comerciais. Esses sistemas eram caros e baseavam-se em padrões tecnológicos que poucas empresas podiam adotar, mas, com a evolução tecnológica, a internet está rapidamente transformando toda essa infraestrutura, oferecendo às organizações um modo mais fácil ainda de se comunicar com outras empresas e indivíduos, a um custo muito baixo. Essa comunicação é provida de um conjunto de tecnologias e padrões tecnológicos universais e fáceis de usar, que pode ser adotado por todas as organizações, não importando qual sistema de computadores ou plataforma de tecnologia de informação estejam utilizando.
A internet pode substituir ou ampliar o alcance de canais de distribuição existentes, criando lojas para atrair e atender a clientes que, caso contrário, não escolheriam a sua organização. Com isso, as organizações podem usar a tecnologia da internet para reduzir radicalmente seus custos de transação. Curiosidade O processo eletrônico de realização de transações pode reduzir custos de transação e o prazo de entrega para alguns bens, especialmente aqueles que são puramente digitais, como, por exemplo, software, textos, imagens etc., porque esses produtos podem ser distribuídos através de versões eletrônicas.
Figura 41 – Empresa digital.
Segundo Laudon (2004), parceiros comerciais podem se comunicar diretamente uns com os outros, evitando intermediários e procedimentos múltiplos ineficientes. Curiosidade Sites Web estão à disposição dos consumidores 24 horas por dia. Alguns produtos baseados em informação, como software, música e vídeo, podem ser distribuídos fisicamente via internet.
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Tecnologias de Gestão
Alguns modelos de negócios na internet são:
Portais eletrônicos: ponto de entrada inicial à Web, com conteúdo especializado, determinação de serviços etc.
Loja virtual: vendas de bens e serviços; Corretora de informações: fornecimento de informações sobre produtos, preços, características etc.; Corretora de transações: permite aos compradores ter o a taxas e termos de várias fontes; Provedora de serviços on-line: fornecimento de serviços e apoio para produtos de hardware e software; Leilão virtual: funciona como uma carteira de compensação eletrônica e seus produtos variam de preço de acordo com a demanda existente para cada um; Banner de propaganda: recurso gráfico usado para propaganda e conectado, por um link, ao Web site do anunciante;
A internet pode ajudar as empresas a criar e capturar lucros de novas maneiras, agregando valor extra a produtos e serviços existentes ou provendo mudanças para novos produtos e/ou serviços, afirma Laudon (2004). Todos os modelos de negócios, de um modo ou de outro, agregam valor quando: fornecem ao cliente um novo produto ou serviço; oferecem informação ou serviço adicional a um produto ou serviço tradicional; disponibilizam um produto ou um serviço a um custo mais baixo do que os meios tradicionais.
5.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), Neste capítulo, estudamos o Plano diretor da empresa, o E-commerce, o EaD e as Empresas Digitais. Basicamente, um plano diretor é a representação de um conjunto de decisões e ações planejadas contemplando períodos futuros, coordenando também um planejamento global com a organização; Os três principais tipos de comércio eletrônico são: B2C, B2B e Comércio eletrônico consumidor-consumidor; O EaD é a educação ou treinamento transmitido a indivíduos em uma ou mais localidades; O processo eletrônico de realização de transações pode reduzir custos de transação e o prazo de entrega para alguns bens, especialmente aqueles que são puramente digitais, como, por exemplo, software, textos, imagens etc., porque esses produtos podem ser distribuídos através de versões eletrônicas.
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5.5 Atividades Propostas
Caro(a) aluno(a), Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem: 1. B2B e B2C são que tipos de comércio eletrônico? 2. Quais são os benefícios da comunicação de vendas via web?
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a), Neste curso, pôde-se ver como as Tecnologias de Gestão e os diversos tipos de Sistemas de Informação vêm interferindo na vida das pessoas e das organizações. A evolução dos recursos tecnológicos e dos sistemas de informação é um ponto forte no crescimento mundial e fundamental para as pessoas que se beneficiam de suas aplicações. Conforme estudado no curso, as novas tecnologias serão cada vez mais utilizadas num futuro próximo. Seu potencial é vasto e tende a ser utilizado, em várias áreas do conhecimento, com muito mais frequência do que a encontrada na atualidade. Outro importante tópico abordado no curso foi o comércio eletrônico e o EaD, que são novas formas de vender produtos e serviços e, também, atualizar o conhecimento. Como se pôde ver, são diversas as tecnologias que temos como recursos de trabalho e estudo. Elas proporcionam a nós, usuários, sensações e emoções que talvez no mundo real não pudéssemos ter. A tecnologia avança rapidamente e precisamos estar preparados para acompanhá-la. Assim, caro(a) estudante(a), continue suas pesquisas nesta área e acompanhe sempre as novidades tecnológicas voltadas para o curso de istração.
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS
Capítulo 1 1. Coletar, transformar e disseminar informações em uma organização. 2. Sistema de Apoio à Decisão. Capítulo 2 1. Estados Unidos e União Soviética. 2. Sputnik 1, em 1958. Capítulo 3 1. Rede em Estrela. 2. Topologia é o formato da rede. Capítulo 4 1. O Data Mining é uma ferramenta poderosa e lucrativa para as organizações, mas apresenta desafios à proteção da privacidade de cada indivíduo. No entanto, com todas as questões, os Data Warehouses habilitam os tomadores de decisões das organizações a arem os dados quantas vezes precisarem, sem afetar o desenvolvimento dos outros sistemas aplicativos da organização, com a facilidade de o com a tecnologia Web disponível. 2. Os dados originam-se de muitos sistemas e aplicativos das organizações e, também, de fontes externas – bancos de dados específicos adquiridos com empresas especializadas, incluindo transações ocorridas em sites Web –, sendo cada uma com modelos diferentes. Capítulo 5 1. Comércio eletrônico empresa-consumidor: também conhecido como B2C, é a venda de produtos e serviços no varejo diretamente a compradores individuais; Comércio eletrônico empresa-empresa: conhecido como B2B, é a venda de bens e serviços entre empresas. 2. Parceiros comerciais podem se comunicar diretamente uns com os outros, evitando intermediários e procedimentos múltiplos ineficientes; sendo assim, podemos afirmar que o maior beneficiário é o cliente final, que arcará com preços muito menores na compra dos produtos. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
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REFERÊNCIAS
CYCLADES. Guia internet de conectividade. [S.l.: s.n.], 2001. FREEMAN, E. Use a cabeça, HTML com CSS e XHTML. 2. ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2010. LAUDON, K. C. Sistemas de informação gerenciais: istrando a empresa digital. São Paulo: Prentice Hall, 2004. O’BRIEN, J. Sistemas de informação e as decisões na era da internet. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. ROSINI, A. M. istração de sistemas de informação e a gestão do conhecimento. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2006. SILVA, C. C.; VARGAS S. V. HTML construindo a internet. [S.l.]: Viena, 2007. STAIR, R. M. Princípios de sistemas de informação: uma abordagem gerencial. 2. ed. São Paulo: LTC, 1998.
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SUGESTÕES DE LEITURA
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Sistemas de Informação e as Decisões Gerenciais na Era da Internet James O’Brien
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