D É O SUBSTITUTO DO CINEMA EM PELÍCULA Por www.tragikhouse.com
D (Digital Cinema Package) é o invólucro de arquivo digital que está se tornando o padrão de distribuição e exibição do cinema digital no mundo, tanto nos festivais de cinema quanto nos circuitos comerciais. Há quem diga que em poucos meses a película será inteiramente substituída na distribuição e exibição de filmes no cinema comercial pelo D (Europa e Estados Unidos já tinham, ao final de 2012, a maior parte de seus cinemas com projetores digitais, enquanto o Brasil, à mesma altura, estava com 25% de suas salas nesse formato). Em 2014 a distribuição de filmes em película terá praticamente desaparecido. É provável que a película vá se tornar apenas um requinte de qualidade para as produções que desejarem uma alta qualidade fotográfica na hora de captar imagem. Ainda assim a maioria dos filmes comerciais já está sendo feita em formato digital, e as empresas que produziam os negativos estão em dificuldade, em concordata ou deixando de produzir negativos de filmes (ver aqui texto com esses dados:http://www.abcine.org.br/artigos/?id=1022& %2Fprojecao-digital-os-desafios-da-transicao-no-brasil ). Mesmo filmar em película poderá se tornar demasiadamente oneroso ou impraticável. O D engloba tanto um arquivo de vídeo e audio do filme a ser exibido (além de arquivos de dados) quanto o projetor específico para ler o pacote D nas salas de cinema. Os cinemas trocarão (já estão trocando) o seu projetor de película por um projetor de D. Parece haver uma disposição da indústria americana para que essa troca se encerre até o final de 2013. Um filme em D pode ter os tamanhos de 2K e 4K. No 2K os tamanhos são de 1998x1080, com aspect ratio de 1.85:1 e de 2048x858, com aspect ratio de 2.39:1, o aspecto anamórfico ou cinemascope do D, aquele mais longo. Em 4K pode ser de 3996x2160 (com janela de 1.85) e 4096x1716 (com janela de 2.39). Estes são os novos padrões de tamanho e forma nas salas de cinema. É claro que meu interesse em tudo isso é para o cinema independente, para o cinema dito de arte ou autoral - aquele que não é desde o início um projeto pertencente à empresa produtora com finalidade principalmente comercial. Para o cinema indie a padronização do D como formato de cinema significa que, ao se falar em cinema digital, não se está falando em "cinema digital" em sentido amplo. Ou seja, um filmmaker independente pode ter uma câmera que capte imagem na mesma qualidade digital próxima aos filmes que estão no cinema (comercialmente ou nos festivais), mas, ao mesmo tempo, os filmes que estão lá não foram finalizados propriamente num formato digital "puro". O D é uma espécie de invólucro do arquivos de audio, vídeo e outros dados, e tem uma produção à parte, não fazendo parte da cadeia de finalização de um vídeo em um programa de edição de vídeo. Existem softwares próprios (e caros) para se gerar os Ds e "laboratórios" (estúdios, em verdade) especializados em testar sua qualidade. Pelo menos por enquanto é assim que a situação está configurada. Entre a ilha de edição e as salas de cinema agora existem os "laboratórios" de D, em substituição aos laboratórios de finalização em película. Os programas de edição de vídeo mais comuns (Premiere Pro, Final Cut Pro e Avid) não
exportam vídeo em formato D. Ainda que um vídeo finalizado por um desses editores em formato MOV ou AVID e tamanho 2K possa ter a mesma qualidade que um D de 2K, os cinemas não estarão abertos a qualquer outro formato que não o produto entregue no "pacote" D. Ou seja, quando se fala que um cinema comercial exibe filmes digitais ou que um festival aceita filmes em formato digital não significa que se abriu o "gargalo" da distribuição cinematográfica em condições de igualdade entre o cinema comercial e o cinema independente. Existem, claro, festivais de cinema que aceitam em real igualdade de condições vídeos de tamanhos 1920x1080 (o full HD), 2K ou 4K em formato mov ou ProRes (este último possivelmente o codec de vídeo com a mais alta definição na atualidade, e que é ível ao cinema independente); mas esses festivais são raros. Apenas os festivais muito profissionais e com grandes financiamentos aceitam o que podemos chamar de cinema digital em seu formato "in natura", sem precisar ser transformado em película ou D para receber as mesmas atenções que os filmes de maior orçamento e "maior poder de chegada". Um primeiro bom lado de se padronizar o D como formato do padrão digital é tentar diminuir a deformação dos filmes digitais no momento de sua exibição. É claro que isso seria possível sem tentar fechar novamente o mercado de distribuição também no mundo digital; mas aí, claro, não estaríamos nos referindo a uma indústria, e o D justamente está sendo padronizado pela grande indústria do cinema com o intuito também de se proteger, devido à possibilidade de criptografar o D para evitar violação ou cópia não autorizada do arquivo. Outro complicador levantado pela necessidade de "conversão" dos arquivos digitais propriamente ditos para D é a diferença de gama de cores. Existe um Open D (que é um programa com código aberto em desenvolvimento para a criação de arquivos D em tamanhos 2K e 4K - veja aqui:https://www.apertus.org/opend-article ) mas o grande limitador pode ser a diferença de gama de cores. É o que é discutido (literalmente com raiva, em alguns momentos) nesse outro link: http://wemakemovies.org/resources-2/postproduction/screening-formats-2/ . No texto do link anterior são também resumidas as alternativas de formato para se enviar filmes para festivais, e os pros e contra de cada uma. A conclusão do autor é que um Bluray (desde que projetado corretamente) pode oferecer quase a mesma qualidade que um D 2K, e sem todo o trabalho e custo adicional que a produção do D exige. Isso minimiza, claro, os problemas técnicos de se finalizar um filme em D para enviar a festivais, mas não os problemas, digamos, de triagem na seleção dos festivais. O autor só não menciona os festivais (e já não são poucos) que aceitam os arquivos digitais sem precisar de mídia física (por exemplo, pelo uso da plataforma WithoutaBox (https://www.withoutabox.com/), cujo uso tem se tornado um padrão em vários festivais). Nesse caso, os festivais mais abertos especificam quais os codecs de vídeo são os mais indicados para envio, frequentemente algum H264 (um MOV, por exemplo) e o envio se faz via online, por meio de cadastro no WithoutaBox. De qualquer maneira, no festivais BlueRay, MOV e ProRes tendem a ser vistos como uma categoria mais amadora de cinema do que aqueles filmes que chegam em película ou D. Se o festival tem uma comissão de seleção diminuta, mal remunerada, direcionada ao cinema comercial ou já predisposta a seguir a pré-seleção feita pelos editais estatais de fomento à cultura, ou simplesmente se torna uma comissão exaurida diante da quantidade
de filmes que são enviados em um forma digital mais livre, o melhor mesmo é finalizar o trabalho em D e com audio em Dolby Digital, o que encarece o processo e torna necessário recorrer aos editais e à política cultural, mas serve como um diferencial para a seleção. É preciso lembrar que a maioria dos filmes enviados a festivais são experimentais ou puras brincadeiras trash. Assistir um filme trash ocasionalmente pode ser engraçado, mas assistir uma sequência deles um dia após o outro pode ser bem sofrido. Os festivais, portanto, que estão cumprindo, na prática, a função de pinçar algumas coisas no meio do "lixo", terminam por ter dois tipos de seleção: a formal e uma outra, a imprevisível, que é informal e improvisada diante de uma quantidade enorme de filme que ninguém quer assistir. Para quem está iniciando sua trajetória em festivais, o primeiro obstáculo é fazer o seu filme ser ao menos verdadeiramente assistido pela comissão de seleção do festival, diferenciando-se da massa de filmes ruins. Gostando ou não de ambas seleções (a oficial e a informal), é preciso saber que elas existem e é inerente ao processo como se encontra. O lado melhor dos Ds sem dúvida será o barateamento da produção de cópias de um filme ao ser distribuído a várias salas de exibição. Para o cinema independente, quando chega às salas de cinema, ter que fazer várias cópias em película era um grande problema, devido ao custo. Os Ds podem ser duplicados como se duplicam arquivos digitais, pelo menos do ponto de vista técnico. É possível se concluir, por hora, que há níveis de complexificação na finalização de um filme em cinema independente pelos quais se pode ir ando na hora de levá-lo a festivais, desde algo mais simples e barato até um formato já bem próximo do comercial. o 01: finalizar um curta-metragem em tamanho full HD (1920x1080) e com som stereo ou 5.1 (de preferência, neste último caso, Dolby Digital). Enviá-lo aos festivais que aceitarem nesse formato através de envio online ou por HD ou pendrive. Ou enviá-lo em Blue Ray ou mesmo em DVD para aqueles festivais que apenas aceitarem mídias físicas. Deve-se ter em conta que esse envio será também um primeiro teste. Se o curta não for selecionado em nenhum festival mas houver bastante confiança da equipe (principalmente ao compará-lo aos outros filmes selecionados na mesma categoria), pode ser que valha a pena distanciar um pouco a sua finalização da média, a fim de que aumente a sua chance de ser visto pela comissão de seleção. o 2: "esticar" um pouco o seu curta-metragem captado em full HD para 2K e tentar finalizá-lo em D aberto de 2K. Lembre que isso pode ser trabalhoso ou caro, devendo se cogitar se vale a pena fazê-lo ou não. o 3: se o objetivo é fazer um longa-metragem, o melhor é que já se produza o filme em 2K, ou maior, e já saiba que finalizá-lo em D será necessário. Enviá-lo, então, aos festivais, nesse formato, ou reduzi-lo para enviar em full hd (já que há festivais que padronizaram o envio em DVD, BlueRay ou arquivo digital por via online, a fim de reduzir a confusão de mídias e formatos). Para um curta em que se deseja elevar o nível de profissionalismo, isso também pode ser seguido. Esse, pelo menos, é o panorama de momento; mas já é visível todo um conjunto de ações "contra-industrial" a fim de se popularizar a criação de Ds fora dos laboratórios padronizados.
O fim da película cinematográfica está se dando sem alarde e sem grande comoção. Em parte isso se deve ao fato de que a criação e mesmo a projeção de Ds poderá aumentar a diversidade de produção e exibição de filmes. Certamente o fim da película traz uma perda estética para o cinema, além de significar o fim de uma era, que começou romântica, foi artística e terminou monopolista. A era do DCinema pode significar o fim dos monopólios da finalização e da distribuição de filmes em alta qualidade. Como na música, a filmografia pode se tornar "tribal" ou individual para quem for ativo em buscar aquilo que lhe interessa.
O que você precisa saber para finalizar seu filme em D Este foi um tutorial organizado para uso pessoal, sem fins comerciais. O uso que você fizer dele é por sua conta e risco. Seu compartilhamento foi uma questão de princípio. Atualizado até agosto de 2013. Quem somos: www.tragikhouse.com.
Este é um post eminentemente técnico. Para uma introdução mais geral, leia D é o substituto do cinema em película 1 - O que é D e a sua veloz substituição da película cinematográfica: http://www.abcine.org.br/artigos/? id=1022&/projecao-digital-os-desafios-da-transicao-no-brasil 2 - O comitê da indústria cinematográfica (chamado DCI) que está determinando o padrão tanto para os arquivos de D quando para os projetores usados nos cinemas: http://www.dcimovies.com/. RESUMO DAS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS vigentes em 1012/13: Technical specifications [edit] The D root folder (in the storage medium) contains a number of files, some used to store the image and audio contents, and some other used to organize and manage the whole playlist.[4] Picture MXF files [edit] Picture contents may be stored in one or more reels corresponding to one or more MXF files. Each reel contains pictures as MPEG-2 or JPEG 2000 essence, depending on the adopted codec. MPEG-2 is no longer compliant with the DCI specification. JPEG 2000 is the only accepted compression format.
ed frame rates are:
SMPTE (JPEG 2000)
24, 25, 30, 48, 50, and 60 fps @ 2K
24, 25, and 30 fps @ 4K
24 and 48 fps @ 2K stereoscopic
Maximum frame sizes are 2048×1080 for 2K DC, and 4096×2160 for 4K DC. Common formats are:
SMPTE (JPEG 2000)
Flat (1998×1080 or 3996×2160), ~1.85:1 aspect ratio
Scope (2048×858 or 4096×1716), ~2.39:1 aspect ratio
HDTV (1920×1080 or 3840×2160), 16:9 aspect ratio (~1.78:1) (although not specifically defined in the DCI specification, this resolution is DCI compliant per section 3.2.1.2).
Full (2048×1080 or 4096×2160) (~1.9:1 aspect ratio, official name by DCI is Full Container)
12 bits per pixel precision (36 bits total) XYZ colorspace Maximum bit rate is 250 Mbit/s (1.3 MBytes per frame at 24 frame/s)
(OBS.: já houve um Interop Mpeg como padrão aceito, mas depois ficou apenas o SMPTE Jpeg2000). Sound MXF files [edit] Sound contents are stored in reels, too, corresponding to picture reels in number and duration. In case of multilingual features, separate reels are required to convey different languages. Each file contains linear PCM essence.
Sampling rate is 48,000 or 96,000 samples per second Sample precision of 24 bits Linear mapping (no companding) Up to 16 independent channels.
As completas especificações técnicas divulgadas por DCI em 2012 estão neste doc linkado e em anexo: http://dcimovies.com/specification/DCI_DCSS_v12_with_errata_2012-1010.pdf O D também é chamado de padrão DCI, pois em verdade o D não é uma extensão de arquivo, e sim vários arquivos em extensão MXF. Muitas vezes se fala em DCI Cinema ou DLP, por causa da tecnologia dos projetores).
3 - Há duas formas de gerar um D a partir da master de um filme: a profissionalizada em laboratório e a de home studio. 3.1 - a forma profissionalizada é reando o trabalho a profissionais que fazem apenas esta etapa da cadeia produtiva de um filme. Coloco aqui como exemplo esta empresa que está oferecendo este serviço à distância e a um preço ível para o cinema independente: http://www.quvis.com/. Alguém também disse que faz nessa: http://universalpost.tv/ ; e nessa: http://www.sv2studios.com/d/d-digital-cinema-package-creation/ (aqui os preços são até colocados online: http://www.sv2studios.com/d-digital-cinema-package-pricing-online/585/ ). O serviço, aliás, pode ser contratado a distância, com trocas de dados pela internet, mas creio que o problema disso esteja em não se poder testar o resultado pessoalmente. Mas como o preço é ível, vale a pena o risco, desde que se tenha como testar depois o resultado enviado. Aqui uma outra: http://www.indied.com/. Muitas parecem ser produtores indie oferecendo serviços indie. Em países como EUA e Canadá já existe toda uma profissionalização em torno do cinema indie. Não encontrei no Brasil quem esteja fazendo D e anunciando abertamente na internet o serviço, como acontece em outros países. Achei essa notícia http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cultura/cinema/noticia/2012/03/18/cineastapernambucano-finaliza-filme-em-d-36172.php e encontrei esse site, mas no qual não havia o nome de empresa, nem localização e nem contato, e a última notícia atualizada datava de 2011: http://dbrasil.com/ . No Brasil o serviço deve estar ainda muito ligado a grandes produtoras, e possivelmente sendo oferecido a um preço muito caro para o cinema independente; pelo menos por enquanto. 3.2 - produzir um D em home studio significa incluir esta etapa á linha de produção simplificada de um filme independente. Na prática, é aprender com tutoriais e depois aprender fazendo e debatendo na internet com as pessoas que estão fazendo a mesma coisa. Vou listar alguns os mais comuns descritos em alguns tutoriais; mas deixando claro que eu não testei as formas de fazer.
ESTE VIDEO FAZ UM BOM RESUMO DO PROCESSO, COM BOA VISUALIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DOS OS A SEREM SEGUIDOS (TENHO ESSE VÍDEO TAMBÉM BAIXADO E ARQUIVADO NO GOOGLE DRIVE): http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=5DKYY3DuDA8#! 4 - Exportar audio e imagem de seu editor de vídeo. O programa que será usado mais à frente (e que monta o D) não recebe a imagem em vídeo, e sim em "foto", quer dizer, em arquivo de cada frame (e mesmo se o programa receber video, mpeg, mais provavelmente, não use video, pois as especificações DCI só aceitam, de 2012 em diante, o Jpeg2000). Mais especificamente os Ds são criados com arquivos Jpeg2000 de 12 bits e com espaço de cor XYZ (2.6 gamma), e não com videos finalizados em H264 de 8 bits sRGB (como os da Canon 5D) ou ProRes com espaço de cor Rec709 ou sRGB (lembrando que o Rec709 é um padrão que te espaço de cor bem semelhante ao sRGB, e que o Rec709 é o padrão da televisão HD). Ou seja, será preciso exportar a imagem em Jpeg2000 a partir do editor de vídeo. Nada muito difícil, pois isso é um caminho natural dos programas de edição. Os problemas que surgem nesse ponto são outros: o Premiere Pro, por exemplo, não exporta Jpeg2000 de 12 bits. Então é preciso exportar Tiffs de 16 bits a partir do After Efects (pois os Tiffs exportados diretamente do Premiere parecem ser de 8 bits) e depois leválos para o programa a seguir, que fará a conversão para Jpeg2000 de 12 bits (extensão .j2c, que em verdade é um arquivo de dados de cada frame, com cada frame ocupando algo entre 300 Kb a 1500 Kb). Alguma discussão interessante sobre a conversão de cores está aqui:https://groups.google.com/forum/?fromgroups#! topic/opend/r_EUGu8tFYg Como um filme de 100 minutos tem 144 mil frames (a 24 fps), isso significa que as imagens em um D 2K terá em torno de 140 a 250 GB de espaço em HD - e lembrando que os HDs para os projetores D (ou DCI) devem ter formatação própria (ver adiante). OBS.: No After, "Certifique-se de sua composição tem uma profundidade de bits de 16 bits por canal, e
nas configurações do módulo de saída escolha trilhões de cores em vez de milhões de cores. Quaisquer outras combinações lhe dará uma sequência TIFF de 8 bits". Um desenvolvedor de software criou um plugin para After e Premiere que possibilita ao Premiere exportar diretamente arquivos .j2c. Isso encurta o caminho. O plugin é este (http://www.fnordware.com/j2k/) e o blog onde se discute os resultados é este (http://fnordware.blogspot.com.br/2012/05/j2k-27.html). Como tudo o mais nessa vida de edição, carece de ser testado, mas parece que muitas pessoas estão usando. Também no Premiere se pode usar um plugin que se chama Rovi Totalcode, que agiliza exportações e fornece exportações de Jpeg2000 (mas é preciso testar se tem os 12 bits necessários) e também do audio compatível com Dolby Digital Professional 5.1 para levar aos Ds. No site da empresa é possível comprar ou testar o plugin, que potencializa as exportações do Premiere Pro em várias questões, como se vês nas especificações do produto (mas aqui também se diz que é necessário outros dois pacotes de plugins juntamente com este para se ter tudo isso - mas eu não encontrei esses outros dois plugins entre os produtos da empresa): http://www.rovicorp.com/products/distribution/content-production-tools/totalcode-for-adobe-premierepro.htm#specifications
5 - utilize o Photoshop para abrir uma das imagens estáticas TIFF ou j2c e conferir o tamanho e a profundidade de bits. 5 - Se não foi usado o plugin gerador do Jpeg2000 diretamente do Premiere, é preciso usar um programa que converta os arquivos Tiffs gerados no After para .j2c. O próprio programa criador de D que mencionaremos a seguir faz isso.
5 - Uma vez exportadas as imagens em .j2c, o próximo o é abri-las com algum programa D Creator. O programa mais mencionado na internet é o OpenD, por ser de código aberto. Há pessoas da indústria que criticam o resultado, mas não sabemos se isso faz parte da guerra da indústria contra os programas open source ou se o resultado é necessariamente sofrível. De qualquer maneira, abaixo listo alguns D creators pagos. Todos são de pequeno tamanho, não sendo, portanto, programas complexos - possivelmente se tornarão bem baratos em pouco tempo, aqueles que hoje ainda são caros. OpenD - o de código aberto: http://www.opend.org/. Ele tambémparece estar aqui: https://code.google.com/p/opend/. Para usá-lo aqui há um bom guia de configuração (este guia também está em um -mail separado): https://code.google.com/p/opend/wiki/Documentation. A vantagem do OpenD é a quantidade enorme de guias explicando-o, e a quantidade enorme de pessoas que tem-no usado com êxito. EasyD Creator - parece que é um dos mais consagrados, ou dos primeiros a surgir. 2300 euros, mas vi gente dizendo que é bem ruim pelo preço: http://www.easyd.com/product.php?id=1 Wraptor 3.0 - 700 euros: http://www.quvis.com/filmmakers/ Quvis. Esta empresa tem um ível e está prometendo lançar um D Player barato e que lê o D com o espaço de cor XYZ e com o som, para se checar se tudo está ok depois de finalizado (pois este é o grande problema da produção em home studio): http://www.quvis.com/filmmakers/ Final D parece bem referenciado a um preço baixo: http://www.magnamana.com/products/finald/. Ele faz o D a partir de um video mov ou AVI, para se tornar mais simplificado para o usuário médio. Este aqui e outros também têm versão gratuita com marca d'água para teste. DVD-o-matic. Este é totalmente free, desenvolvido de forma semelhante ao OpenD. Ele faz D a partir de vídeo. Não vi muitas referências a ele, parecendo que ele é dos mais novo: http://carlh.net/software/dvdomatic/ Aqui nesse link da wikipedia há um excelente quadro com vários D Creators e suas características: http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_Cinema_Package Caso se tenha criados 2jc com baixos bits, também se pode usar o OpenD para convertê-los. (para ver as imagens abaixo em alta resolução é preciso ir ao link original de onde elas foram copiadas em abaixa resolução)
6 - Criar os arquivos MXF, que são os núcleos de video e audo do D. Primeiro com os Jpeg2000.
Depois com os arquivos de audio audio. Para o D cada arquivo de audio deve ocupar uma faixa mono wave de 48 KHz/24bits. O 5.1 terá 6 faixas monos, e o 2.1 três faixas mono (o programa mostra a opção de fazer stereo, mas eu li em algum lugar que o cinema comercial tem exigido no mínimo 2.1, e o 5.1 sendo o mais comum)
7 - Depois, na guia D, "use o Título Generator para definir os vários componentes e metadados
relacionados ao projeto. Cada um desses itens afeta o nome do pacote de D e vai deixar o projecionista eo projetor facilmente identificar se este é um resumo, uma característica, as dimensões do quadro, se é 2D/3D etc."
8 - Gerando o D.
Esta etapa combina a seqüência de imagens e arquivos de áudio para criar o D. Não vai demorar muito e quando estiver pronto, você acaba com uma pasta contendo os arquivos MXF contendo áudio e vídeo e alguns arquivos XML com metadados.
9 - Formatando e salvando em HD compatível com os projetores de D no cinemas. É preciso ver a formatação adequada, e o tipo de HD adequado. O arquivo D final será copiado desse HD que for enviado pata o HD interno do projetor de D. A formatação não pode ser o mais comum (NTFS, pelo menos não em princípio) e nem o FAT32 (devido a sua limitação de arquivo único em 4GB). Parece que o mais seguro em termos de padronização é utilizar formatação ext2 ou ext3, as formatações para Linux. Mas
partir
do
tutorial http://www.networkedmediatank.com/wiki/index.php/USB_Slave e
como
fazer
tal
formatação
a
use
windows? este
pliugin
Leia citado
este no
tutorial http://www.ext2fsd.com/ . No mac, use este plugin: http://www.paragon-software.com/home/extfs-mac/. E isso também pode ser usado: http://gparted.sourceforge.net/livecd.php .
Aliás, no fórum linkado a seguir alguém disse que a combinação mais segura é GParted + ext3, para não acontecer de o servidor de cinema digital não ler o HD. Essa informação parece ser segura, e outra coisa é que não se deve usar HD alimentado por USB (a conexão é USB, mas com fonte externa de energia). (Aqui há o relato desse problema, e como o post
é
de
2011,
vê-se
que
dede
esse
ano
o
OpenD
vem
sendo
usado,
testado
e
tem
funcionado): http://dcinemaforum.com/forum/index.php?topic=110.0 . Lembro aqui que uma sala de cinema digital é composta principalmente de projetor + servidor; em outro texto eu comentei sobre os equipamentos de projeção, e aqui coloco como exemplo um servidor comum no mercado, que é o Dolby DSS200. Ao que parece, quem faz a leitura do HD com o D é o servidor, e não diretamente o projetor. 10 - o audio do D parece não ter mistério. Tem que ser canais mono de PCM wave sem compressão 24 bits, 48 ou 96 KHz. Ou seja, não é o codec ac3 da Dolby. Para um som 5.1, são 6 canais mono separadamente, que o Open D ou outro D creator organiza. Aqui há algumas referências para o nível de audio, para se calibrar a monitoração na edição, na hora de fazer a mixagem: http://www.freed.net/?page_id=160 . Se não for 5.1, que seja 2.1, deixando as outras faixas vazias (pistas sem audio, caso o d creator não aceite 2.1 propriamente). Som apenas stereo é aconselhável não enviar para exibição em salas de cinema. O auto falante central "fantasma" do stereo não é o suficiente numa sala de cinema. Li em um fórum que um padrão de calibragem da Dolby (porque a Dolby calibra as salas de cinema, muitas delas) determina que 85dB SPL (ou seja, a medida pelo decimilímetro da pressão sonora emitida por cada altofalante, por cada canal) deve equivaler a -20 dB Fs (que é o decibel digital, o da edição, marcado com o máximo no zero decibel). Ouvi dizer também que o ruído rosa (pink noise) em -20 db FS seria uma referência para a calibragem (como fazer: você coloca o ruído rosa alcançando - 20 dB no programa de edição de audio, depois com um decimilímetro SPL você modifica o volume de saída do alto falante até que ele alcance 85 dB SPL - aí seu monitor estará com a mesma calibragem que os altofalantes da sala de cinema, e aí você mixa o audio do seu filme com essa monitoração. Confirmado isso, é importante calibrar os monitores de audio para se fazer a mixagem do audio, embora seja muito importante, ou mais até, ter outros audios de referência a se ouvir nos mesmos monitores - embora isso tenha o seu viés, pois o audio de um blueray 5.1 pode ter volumes diferentes daqueles que foram para a sala de cinema quando o filme foi originalmente lançado para exibição em cinema. Para mais detalhes: -
entendendo
conceitos
básicos
da
monitoração
da
edição
de
audio: http://audiodesignlabs.com/wordpress/2008/05/acoustics-a-guide-to-online-resources/#more-15 - aqui um outro resumo, que pode ser útil: http://www.surroundassociates.com/spkrcal.html -
um
aplicativo
android
de
RTA,
como
dito
no
link
acima: https://play.google.com/store/apps/details?
id=radonsoft.net.rtapro&feature=more_from_developer - calibrando a monitaração do audio 5.1: http://audiodesignlabs.com/wordpress/2008/05/professional-monitoring-systemcalibration/ -
entendendo
as
particularidades
do
canal
LFE
(para
o
subwoofer): http://audiodesignlabs.com/wordpress/2008/07/confusion-lfe-subwoofer-bass-management/ -
gráfico
mostrando
a
relação
particular
de
volume
do
canal
de
grave: http://audiodesignlabs.com/images/bassmngt_2.jpg - anexo está um guia da Dolby, mostrando inclusive posicionamento de altofalantes no estúdio de monitoração e outros dados; 11 - Testando o D feito e salvo em HD. O modo melhor e mais seguro para testar é levar em uma ou mais de uma sala de cinema digital e colocá-lo para rodar do início ao fim. Outra forma, anterior ou substituta a esta, é utilizar um D Player, que são programas que lerão o D no computador. O problema principal aqui é o espaço de cor, que de monitor de computador é RGB ou sRGB, enquanto que do D é XYZ. Ainda assim, muitas empresas já desenvolveram ou estão desenvolvendo D Players que de alguma forma contornam esse problema, geralmente convertendo de volta o espaço de cor do XYZ para RGB no momento da
exibição, ou não o convertendo (quando, então, o D Player a a ter a finalidade de verificar se a resolução está correta, se o D está íntegro, se o audio está sincronizado, se a taxa de bits está correta etc.). Alguns D players: - DPlayer da DigitAll: http://www.digitall.net.au/ - um dos primeiros a surgir: http://www.easyd.com/ - um dos mais baratos: http://www.3dtv.at/Products/Player/Editions_en.aspx - esta aqui parece uma empresa respeita em D Creator e que está avisando sobre o lançamento de seu primeiro D Player, e que fará a correção de cor: http://www.quvis.com/filmmakers/ . Uma última alternativa é montar a sua própria sala de cinema digital, à medida que as tecnologias forem barateando, e isso provavelmente irá acontecer, principalmente depois que ar a primeira onda de digitalização do cinema. A empresa Red, por exemplo, já lançou um projetor doméstico ao custo de 1500 dólares. É claro que ele é apenas o projetor, necessitando de um servidor. Não sei até que ponto este servidor pode ser um computador doméstico rodando um software D player. Nesse caso o projetor apenas funcionaria como um "monitor" com espaço de cor XYZ (um monitor propriamente dito XYZ eu procurei e não encontrei; mas nas especificações técnicas do próprio Redray está dito que sua colorimetria é Rec 709, a mesma da TV HD: http://www.red.com/products/redray#tech-specs ). Portanto tenho dúvida até que pontoo RedRay é um projetor para D. O seu mote para marketing é a projeção 4K, e não de D.
para este guia eu segui principalmente este tutorial, mas o comparando com outros e acrescentando informações: http://treepotmedia.com/treepot-d-guide/ Há um livro brasileiro publicado em 2009 que resume todos os os do cinema digital, da produção à exibição. Está desatualizado em muita padronizações e tecnologias, claro, mas a estruturação básica da área não mudou. Ele é gratuito em PDF: http://aplauso.imprensaoficial.com.br/edicoes/12.0.813.627/12.0.813.627.pdf. Está anexo. Há um grupo no Google Groups apenas sobre OpenD e criação de Ds: https://groups.google.com/forum/? fromgroups#!forum/opend
APENDICE 01 FORMATAÇÕES DE HD
exFAT vs Fat 32 vs NTFS vs HFS vs Ext2
22/03/2010 às 06:39 | Posted in Nuvem , Mac , recomendação , sistemas de harmonia , janelas | 1 Comment http://anoneh.wordpress.com/2010/03/22/fat-32-vs-ntfs-vs-hfs-vs-ext/
Vamos supor que usa Mac HFS, Linux usa Ext e Windows usa FAT32 e NTFS. Em termos de compatibilidade, FAT32 está em primeiro lugar. É por isso que, a maioria (se não todos) pen drive USB, cartões CF, etc, são préformatado em FAT32, por isso é compatível com todos os sistemas operacionais. No entanto, se você formatar o drive USB em outros formatos (que fat32), você não será capaz de vê-lo, exceto NTFS. Se NTFS, você será capaz de vê-lo, mas você não pode modificá-lo. Fat32 não é a melhor embora. Não é seguro. Como tal, Linux e MacOSX não pode criar permissões sobre ele e não pode ser utilizado para executar aplicações. Por exemplo, os sites do Apache não pode ser hospedado em um disco FAT32. Ele tem uma limitação de tamanho de arquivo de 4 GB. No entanto, alguns softwares como VMware está ciente dessa limitação e quebrar seus arquivos em 2GB. Você é melhor colocar suas VMs em FAT32, porque isso permite que você execute o seu VM em Macs, Linux e PCs.Agora que é muito legal, pois permite que você carregue seu OSs onde quer que vá. Então, novamente, o Windows 2000 Professional e XP Professional não pode formatar um volume maior do que 32 GB de tamanho. Então, o Windows 7 saiu com exFAT .
Erm btw, nunca tente a merda partição dinâmica no XP. Windows 7 não será capaz de lê-lo. Porque os meus pensamentos sobre HFS, leia aqui . Inicialmente eu tentei usar EXT-2, mas percebi, ele não funciona bem com Windows e Mac, mesmo com e de software. Então, o melhor é que, se você usa o Windows, em seguida, usar o NTFS, Mac HFS e, em seguida, usar linux, EXT-4 ou qualquer outra coisa. Mas se você absolutamente tem que cruzar o uso, a melhor opção é usar o NTFS. Como eu disse anteriormente, Mac pode ler NTFS, mas não pode escrever. Com o software MacFuse e de terceiros (pago) como NTFS-3G de Tuxera, você pode escrever para NTFS.
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