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A evolução da comutação nas centrais telefônicas A invenção do telefone, em 1876, trouxe com o tempo a necessidade de criar um sistema que fosse capaz de conectar todos os usuários, uma vez que a demanda inviabilizava a conexão direta entre as pessoas. Para resolver este ime criou-se um sistema intermediador entre as ligações, denominado como central telefônica.
A comutação no decorrer do tempo Comutação Manual Em 1979 foi implantado o sistema de comutação por intermédio de uma pessoa, cuja função era interligar as linhas telefônicas em uma mesa que exercia o papel de comutador. Cada era representado por uma lâmpada que acendia com o contato do mesmo com a central que, por sua vez, completava a ligação por meio de cabos.
Mesa de comutação manual
Comutação o-a-o Patenteado em 1897 por Frank Lundquist, a comutação o-a-o é um sistema analógico e surgiu como um aperfeiçoamento do seletor de linha criado 1896, fruto do trabalho de Anthony E. Kaith e os irmãos Erickson. O sistema baseava-se no princípio proposto no seletor de linha, que consistia em criar uma matriz de contato, na qual as linha telefônicas era divididas em linhas e troncos(colunas). Para efetuar ligações era preciso acionar seletores de colunas e seletores de linha (chamados de Strowger em homenagem a Almon Brown Stowger, criador do sistema dedicado a comutação automática telefônica).
Esquema de funcionamento do seletor de linha
No entanto, o seletor de linha tornava-se economicamente inviável para grandes quantidades de usuários, pois cada tinha um Strowger por tronco, deste modo para 1000 s seria preciso 10 troncos com 100 linhas em cada um, onde cada teria 1 Strowger por tronco, resultando em 10 Strowgers por s. Portanto seria preciso
10000 Strowgers para estabelecer plena comunicação.
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Frank Lundquist observou que não era necessário existir um Strowger para cada , sendo que apenas 10% do telefones eram utilizados ao mesmo tempo. Portanto desenvolveu um projeto que diminuiu a quantidade de seletores de linha e, ao mesmo tempo, compartilhou os Strowgers entre os s. Isso só foi possível com a inserção de chaves pré-seletoras que conectavam os usuários a dispositivos desocupados.
Comutação Crossbar Surge em 1938 um novo de tipo de comutação analógica denominada Crossbar (barra cruzada). Seu funcionamento consubstanciava-se no emprego de uma matriz
Matriz de contato
de contatos, composta por uma estrutura cujo interior se instala um determinado número de barras seletoras verticais (geralmente 10), e seus arranjos associados de contatos múltiplos. Também existem 5 ou 6 barras seletoras horizontais e seus grupos de contatos associados. Cada vertical contém 10 ou 12 conjuntos de mola, um dos quais, o apropriado é selecionado por uma das 5 ou 6 horizontais. Cada conjunto de molas tem um número de contatos de fecho, em conformidade com os requisitos.
As barras seletoras funcionam por ação de relés que possibilita a movimentação das barras de forma a fechar os contatos debaixo do ponto onde duas barras se cruzam. Este mecanismo é o que estabelece o encaminhamento e ligação da chamada telefônica, através da central telefônica.
Esquema genérico da operação crossbar
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Comutação via central por programa armazenado A partir dos anos 70, alguns processos de comutação começaram a ser digitais por meio da substituição de componentes eletromecânicos por digitais. No princípio, apenas o controle e a gerência da central eram digitais, assim a conexão e o tráfego de voz permaneciam analógicos. Essas centrais denominavam-se A-A. No decorrer do tempo, as centrais A-A foram substituídas por Processo de uma A-A centrais A-T, que digitalizaram todo o processo de comutação. Ou seja, tanto o controle e gerência quanto a conexão e o tráfego de voz eram digitais. A digitalização da voz foi possível através da modulação por código de pulso (PCM – Pulse Code Processo de uma A-T Modulation), que se baseia na amostragem do sinal analógico e, posteriormente, em sua representação binária. A digitalização da comutação possibilitou a implantação de novos recursos aos s de telefonia, como chamada em chamada em espera, despertador, caixa postal etc., tornando o serviço de telefonia mais sofisticado e cômodo ao usuário.
Bibliografia Carvalho, Álvaro Gomes de; Badinhan, Luiz Fernando da Costa. Telecomunicações. São Paulo: Fundação Padre Anchieta. 2011 Sites Curso de central telefônica (http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgRq8AB/cursocentral-telefonica) MG Service – Central telefônica (http://www.centraltelefonicaepabx.com.br/centraltelefonica.php) A Central de Comutação Telefónica ARF503 da Ericsson (http://macao.communications.museum/por/Exhibition/secondfloor/moreinfo/2_6_5_2... ) Portal São Francisco – História do telefone (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-telefone/historia-do-telefone24...) Wikipédia, a enciclopédia livre – Central telefônica (http://pt.wikipedia.org/wiki/Central_telef%C3%B4nica)