Estudo Exploratório Sobre Misofonia E A Elaboração De Medidas Informativas 13362s

ESTUDO EXPLORATÓRIO SONRE MISOFINIA E A ELABORAÇÃO DE MEDIDAS INFORMATIVAS Kléber Fialho²

1 O termo misofonia se origina do grego, “miso” ódio “fonia” som, foi cunhado pela primeira vez pelos cientistas Pawel e Margaret em 1991, embora o termo até o momento atual estivesse completamente ausente na literatura psiquiátrica e psicológica. A pessoa que possui o transtorno misofonico é tido muitas vezes por pessoas que não conhecem a doença como chatos, intolerantes, exibidos. Os relatos de casos têm sido descritos na audiologia e medicina psicossomática, tem uma importância para melhor entendimento, já que o assunto ainda esta em estudo. Esses relatos revelam que têm uma idade semelhante de início e um padrão na ocorrência de sintomas com comportamento de esquiva, resultando em disfunção social, estudos de casos realizados durante a pesquisa, feitos a partir de relatos de pacientes com misofonia, indicam que se uma pessoa possui tal transtorno a chance de um membro da sua família também apresentar é maior, mas não tem estudos que comprovem essa afirmação. A misofonia, também conhecida como síndrome de sensibilidade seletiva do som (4S), O aparelho auditivo esta perfeito, o problema esta no processamento do som e de seu processo atencional, e é caracterizada pela hipersensibilidade aos sons cotidianos, geralmente relacionados, na sua maioria, com a respiração e a alimentação, sendo que também podem ter como causadores sons e movimentos repetitivos, e também visões associados com os sons, como mastigação, talheres batendo no prato, “tic tac” do relógio, entre outros. A partir daí desencadeiam outros gatilhos que os fazem ficar com uma extrema irritabilidade, raiva, pânico e até mesmo reagir com violência. 2.

Essas situações podem causar intensas ansiedades nas pessoas que desenvolvem a misofonia, bem como um comportamento evasivo, tendendo ao isolamento social para evitar os conflitos. Com os comportamentos evasivos dos misofônicos, são confundidos com outros transtornos como: 1. Fonofobia que é um transtorno psicológico caracterizado pelo medo exagerado ou irracional de barulhos, inclusive os sons normais como o da própria voz, que causam uma série de desconfortos clínicos no indivíduo. “comecei a reclamar ei a ser taxado de chato, nojento, metido” 2. Misofonia se assemelha a depressão por que geralmente as pessoas am a se isolarem, não tem interesse em diversas atividades, e ficam extremamente irritados ao ponto de querem matar ou morrer por causa dos sons do ambiente. 3. Confundida com a dislexia porque as pessoas não conseguem se concentrar em atividades rotineiras com a presença de ruídos externos. 4. Pela fobia social por as pessoas evitarem locais com aglomerações populacionais por os pacientes misofonicos evitarem esses locais por terem uma maior chance de apresentar sons que incomodam. 5. Transtorno obsessivo compulsivo – confundida com o TOC pois os métodos que as pessoas encontram para evitar os sons são confundidas com obsessões compulsivas. 6. Transtorno bipolar por as pessoas se irritarem facilmente na presença de sons ambientais causados por outras pessoas ou por outro fator externo. 7. Problemas auditivos – confundido com inflamações auditivas por causa da sensibilidade a sons específicos que os misofonicos apresentam como sintoma principal. 3. Pela hiperatenção do misofônico a determinados sons, os misofônicos tentam utilizar diversas técnicas como fones de ouvido ou protetores auriculares e ruídos brancos para amenizar ruídos externos.

Pela dificuldade de informações, tantos dos profissionais quanto de quem sobre, consequentemente acontecendo um diagnóstico errôneo. Muitos am por tratamentos inadequados e acabam aumentando seu sofrimento causando sérios problemas psicossociais e a um isolamento social. As pesquisas feitas até hoje não tem cura, porém, tem alguns tratamentos que vão ajudar o paciente a buscar alternativas para lidar melhor com os problemas vividos no cotidiano, quem tem um diagnóstico correto. A terapia de retreinamento de tinnitus, a terapia cognitiva-condicional e o neuro vão ajudar para que o paciente tenha uma vivência em sociedade produtiva. O Neuro estimula as habilidades naturais do cérebro, regenerando e desenvolvendo suas potencialidades. Desta forma, ele pode corrigir distúrbios no funcionamento cerebral e aprimorar o desempenho cognitivo e emocional. O Neuro tornou possível mudar padrões de comportamento de forma mais rápida e fácil, isto é, mudar a mente através do treinamento direto do cérebro. Contudo a melhor forma de tratamento é um acompanhamento continuo multidisciplinar com diversos profissionais da área de saúde, tais como neuropsicologo, médico, psicólogo, dentre outros. (COMO OUTROS PROFISSIONAIS PODEM AJUDAR) 4. O Projeto Multidisciplinar tem como objetivo de coletar dados de profissionais e da população para saber quanto conhecem a misofonia, com isso será possível estimar a quantidade da população, aproximadamente, atingida por esse transtorno. A partir dos dados coletados, podemos perceber que a falta de informação dos profissionais, não somente em psicologia, mas tbm em neurologista, clínico geral, otorrino e fonodiologo. Na população em geral, percebeu que não conheciam a misofonia, em uma minoria TSE identificavam ou conheciam alguém com os mesmos sintomas dos misofonicos.

Essa falta de informação trás sofrimento para o indivíduo na família e na vida social. Se angustiam por fazer tratamentos e não ocorrer melhora, fazendo-os desenvolverem outros gatilhos. Queremos proporcionar conhecimento à população e aos profissionais relacionados, diminuir a porcentagem de diagnósticos errados, otimizando assim estes diagnósticos bem como a intervenção e tratamento proposto. Os profissionais tem que perceber que a formação não ocorre somente na graduação, alem dos profissionais fazer cursos de atualizações, aprimorando o seu conhecimento, tem que chamar a responsabilidade pela formação para si. O código de ética trás:

XII Plenário do Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética do Psicólogo. Brasília, agosto de 2005.

XII Plenário do Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética do Psicólogo. Brasília, agosto de 2005. Mello, C.B.; Miranda, M.C.; Muszkat, M. Neuropsicologia do Desenvolvimento: conceitos e abordagens. Memnon Edições Científicas Ltda., 2005-6. Mor, Rita. Avaliação Auditiva Básica. Editora: Pulso. Edição 1. 2013 Otavio B. Piltcher, Sady Selaimen da Costa, Gerson Schulz Maahs, Gabriel Kuhl, organizadores. Rotinas em Otorrinolaringologia. Editora Artmed. Porto Alegre. 2013.

Ribeiro, Nazareth. Barulhos o Incomodam? Cuidado, pode ser Misofonia! Revista SerMais, exemplar número 53. São Paulo, 2014. YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. 212 p.