Instituto De Saúde São Judas Tadeu 2iw5t

Instituto de Saúde São Judas Tadeu

Tema: Exames para porte Fólio de Imunologia

Salvador 2011

INSSJT - Técnico em Análises Clínicas Aluno: Rafael Santos Cerqueira Turma: AC-21 Professora: Marineide

ANTIESTREOTOLISINA O (ASLO) Este teste mede as concentrações séricas relativas de anticorpos para estreptolisina-O. A amostra sérica é diluída com uma preparação comercial de estreptolisina O e incubada. Após a adição de hemácias de coelho ou humanas o tubo é reincubado e examinado visualmente. Se não ocorrer hemólise, isso indica infecção estreptocócica beta-hemolítica recente. Objetivo Confirmar infecção recente ou em andamento por estreptococo betahemolítico. Preparação do paciente Jejum de 4 horas. Valores de referência Menores ou iguais a 200 Ul/ml. Método Nefelometria. Achados anormais Altas titulações ASLO geralmente ocorrem somente após infecções prolongadas ou recorrentes. De maneira geral, 15 a 20% dos pacientes pósdoença estreptocócica não tem titulações ASLO elevadas. Titulações de 250 unidades Todd podem indicar febre reumática inativa. Titulações mais altas entre 500 a 5.000 unidades Todd sugerem febre reumática aguda ou glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda. Titulações seriais, realizadas a intervalos de 10 a 14 dias, fornecem informação mais confiável do que uma titulação única. Uma elevação na titulação , 2 a 5 semanas após a infecção aguda, formando um pico entre 4 e 6 semanas após a elevação inicial, confirma a doença pós-estreptocócica. Exames correlatos Proteína C reativa(PCR), velocidade de hemossedimentação(VHS).

MACHADO GUERREIRO Teste útil no diagnóstico da infecção pelo Tripanossoma cruzi, que pode corresponder à doença de Chagas ou a quadros de infecção latente, sem

qualquer expressão clínica. Reações falso positivas ocorrem com frequência em pacientes com leishmaniose. Objetivo Diagnóstico do Trypanosoma Cruzi. Preparação do paciente Jejum de 8 horas. Valores de referência 1,8 a 2,4 mg/dl Método São reativadas de rotina: reação de fixação do complemento (Machado Guerreiro), imunofluorescência indireta com conjugado anti-IgG (IgM é pesquisado apenas nos casos de Chagas agudo), reação de Hemaglutinação com antígenos de Tripanossoma cruzi. Exames correlatos Xenodiagnóstico, pesquisa de Tripanossorna.

FTA – ABS As reações com antigenos não treponêmicos são úteis para diagnóstico e seguimento terapêutico, desde que os títulos encontrados sejam superiores a 1/32. Títulos menores podem ser decorrentes, de reações falso-positivas. Para afastar esta possibilidade utiliza-se a reação com antígeno treponêmico (FTAABS); se esta reação é positiva, confirma a presença de anticorpo específico; se negativa, com as reações de Kofmer ou VDRL positivas, estas podem ser consideradas como falso-positivas. Isto ocorre em certos processos crônicos, incluindo infecções e doenças auto-imunes. Após a terapêutica específica da sífilis os pacientes . podem apresentar títulos baixos nos testes de Kotmer e VDRL e FTA-ABS positivo por longos períodos, o que é conhecido como cicatriz sorológica. Objetivo Diagnóstico da Sífilis. Preparação do paciente Jejum de 8 horas.

Valores de referência Reagente, Reativo e Não reativo Método Inmunofluor Exames correlatos

IMUNOFLOURESCENCIA CHLAMYDIA Teste útil no diagnóstico das infecções causadas por patógenos do grupo clamídia. A detecção de anticorpos IgM pela técnica de imunofluorescência indireta caracteriza infecção recente. Um aumento de titulo de 4 vezes entre duas amostras colhidas com intervalo de 15 dias também é sugestivo de infecção ou reinfecção. Objetivo Diagnóstico de infecção aguda ou recente por chlamydia. Preparação do paciente Jejum de 8 horas Valores de referência Chlamydia IgG: Negativo igual ou inferior a 1:16; Positivo superior 1:32 Chlamydia IgA: Negativo 1:8 Método Fixação do complemento, imunofluorescência (IgG e IgM). Exames correlatos Isolamento de clamídia em secreções: conjuntival, uretral, etc.

INTRADERMOREAÇÃO DE MONTOUX O teste de Mantoux é dado usando uma agulha e seringa para injetar 0,1 ml de 5 unidades de tuberculina de tuberculina líquido entre as camadas da pele (intradérmica), normalmente no antebraço. Uma unidade de tuberculina é uma força padrão de tuberculina.

Objetivo Confirmar infecção ao Mycobacterium tuberculosis e da imunidade celular. Preparação do paciente Não precisa de jejum. Valores de referência É considerado positivo se aparecer uma zona avermelhada, medida com uma régua na zona mais dura, e que deve ser superior a 1 cm. Método Intradermoreação

SOROLOGIA PARA EPSTEIN BARR – IgG, IgM Indicado na suspeita de mononucleose infecciosa, patologia causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV), um herpesvírus ubíquo que infecta tanto células epiteliais como linfócitos B, altamente prevalente - infectando mais de 90% da população. Objetivo Diagnóstico de infecção por Epstein Baar e Mononucleose Preparação do paciente Jejum de 8 horas Valores de referência Menor que 20 Ul/ml: negativo Maior ou igual a 20 Ul/ml: reagente Método Quimioluminescencia Exames correlatos Sorologia para EBV-IgG, reação de Paul-Bunnell-Davidsohn, anticorposa antiEBNA, PCR para EBV.

PAUL BUNNELL Teste útil no diagnóstico da mononucleose infecciosa (MI), na qual ocorrem anticorpos heterofilos da classe IgM. Objetivo Comprovar o diagnóstico Mononucleose Infecciosa. Preparação do paciente Jejum obrigatório de 8 horas. Valores de referência Título < que 1:56 Método Aglutinação e Absorção. Exames correlatos Epstein-Barr anti-VCA, Mononucleose e PCR Epstein-Barr.

IMUNOGLOBULINA ‘A’, ‘E’, ‘G’, ‘M’ IgA - Teste útil no diagnóstico de déficit congênitos ou adquiridos de IgA. Níveis elevados podem ser encontrados em pacientes portadores de mietorna de IgA. A deficiência congênita de IgA é a imunodeficiência mais comum. IgE - A IgE é uma Imunoglobulina produzida principalmente na mucosa do trato gastrointestinal, do trato respiratório e nos lintonodos. Valores aumentados são encontrados em pacientes atópicos, que apresentam fenômenos alérgicos tais como: rinite alérgica, asma, urticária e eczema atópico. Outras causas de aumento de IgE incluem: doenças parasitárias, mieloma de IgE, doença celíaca, aspergilose e tabagismo. IgG - Teste útil na avaliação dos déficits de imunidade humoral, congênitos, transitórios ou adquiridos. Níveis elevados de IgG podem ser encontrados em pacientes portadores de mieloma múltiplo ou em infecções crônicas. IgM - Teste útil na avaliação da imunidade humoral. Na macroglobulinemia de Waldenstron a dosagem de IgM é útil no diagnóstico e no seguimento terapêutico. A técnica de imunodifusão radial pode fornecer, resultados espuriamente elevados nos casos da existência de paraproteína.

Objetivo Produzir anticorpos contras bactérias, vírus e toxinas. Preparação do paciente Jejum não necessário Valores de referência IgA – 76-390 mg / dL IgE – 0-380 Ul / mL IgG – 650-1500 mg / dL IgM – 40-345 mg / dL Método IgA – Imunodifusão radial IgE – Ensaio imunoenzimático IgG – Imunodifusão radial IgM – Imunodifusão radial Exames correlatos IgA – Imunoeletroforese, IgA salivar, IgG, IgM, IgE. IgE – Imunoeletroforese, IgA salivar, IgG, IgM, IgE. IgG – Imunoglohulinas, Imunoeletroforese. IgM - Imunoeletroforese, eletroforese de proteínas, crioglobulinas.

SOROLOGIA PARA CITOMEGALOVÍRUS – IgG, IgM É um teste imunoensaio enzimático baseado no príncipio de captura de anticorpos IgM. Objetivo Diagnóstico de infecção primária e aguda por CMV.

Preparação do paciente Jejum de 8 horas. Valores de referência IgM negativo (não reagente) e IgG positivo (reagente): imune: você já entrou em contato com esse bicho, e já criou defesa contra ele. Portanto, você não tem mais que se preocupar com esse problema. IgM positivo (reagente) e IgG negativo (não reagente): infecção aguda: você está com uma infecção por esse bicho, ou seja, você está entrando em contato com ele pela primeira vez. Converse com seu obstetra sobre quais medidas devem ser tomadas. IgM e IgG positivos (reagente): indeterminado: não é possível saber há quanto tempo você entrou em contato com esse bicho pela primeira vez. Pode ser há pouco tempo, ou há muito tempo. Converse com seu obstetra sobre quais medidas devem ser tomadas. IgM e IgG negativos (não reagente): susceptível: você nunca entrou em contato com esse bicho. Portanto, deve se prevenir para que esse contato não ocorra pela primeira vez durante a gravidez. Método Quimioluminescencia Exames correlatos IgG para CMV; Teste de avidez de anticorpos IgG contra CMV; Pesquisa de CMV por captura híbrida ; Pesquisa de CMV por PCR, antigenemia para CMV.

SOROLOGIA PARA HEPATITE A, B, C Ensaios sorológicos sensíveis e específicos permitem ao clínico identificar o determinante antigênico envolvido, distinguir a fase aguda da crônica, avaliar infectividade, prognóstico e ter o ao estado imune do paciente. Objetivo Usado para diagnóstico diferencial de hepatites. Preparação do paciente Jejum de 8 horas.

Valores de referencia Hepatite A – Reagente (presença de anticorpos) Não reagente (ausência de anticorpos). Hepatite B – Não Reagente: inferior a 10 Ul/L Reagente: superior ou igual a 10Ul/L. Hepatite C – Não Reagente, em caso de Reagente, a critério clínico, sugere-se realização de exame confirmatório por Biologia Molecular (HCV – RNA). Método Hepatite A – Quimioluminescência. Hepatite B – Quimioluminescência. Hepatite C – Imunocromatografia.

REAÇÃO DE WIDAL Teste de soroaglutinação útil no diagnóstico da febre tifóide e febre paratifóide. Objetivo Auxilia o diagnóstico da febre tifóide e paratifoide. Preparação do paciente Jejum de 8 horas. Valores de referência Se houver aglutinação: Positivo. Se não houver aglutinação: Negativo. Método Aglutinação. Exames correlatos Hemograma e Hemocultura.

PSA É um teste muito importante para a detecção precoce do câncer de próstata, mas a combinação com o toque retal, biopsia ou rebiopsia de próstata é muito importante, pois alguns pacientes com tumores podem registrar um PSA menor que 4,0 ng/ml. Objetivo Detecção de tumor prostático e no seguimento de seu tratamento. Preparação do paciente Jejum de 4 horas Valores de referência PSA Livre – até 0,720 ng/mL PSA Total – até 2,50 ng/mL Método Imunofluorimetria Exames correlatos Fosfatase ácida total e prostática.

COOMBS DIRETO / INDIRETO O teste de Coombs direto, também chamado de teste direto da antiglobulina humana, é o principal teste utilizado na investigação das anemias hemolíticas auto-imunes. O teste de Coombs indireto, também chamado de pesquisa de anticorpos irregulares detecta, no soro, imunoglobulinas IgG ou frações do complemento ligadas às hemácias. Objetivo Detectar hemácias sensibilizadas com imunoglobulinas IgG e complemento. Preparação do paciente Jejum não necessário Valores de referência Negativo

Método Teste em gel (Micro Typing System) Exames correlatos Teste de Coombs indireto, haptoglobina, reticulócitos, LDH, bilirrubina.

PROTEÍNA C REATIVA (PCR) É uma globulina pentamérica com mobilidade eletroforética na zona gama. A PCR é considerada uma proteína de fase aguda encontrada no soro em estados inflamatórios específicos ou não. Objetivo Detectar determinação qualitativa e quantitativa da Proteína C Reativa no soro. Preparação do paciente Jejum de 8-12 horas Valores de referência Até 6,5 mg/dL Método Aglutinação Exames correlatos ASLO, Látex, Fator reumatóide, VHS, alfa-1 glicoproteína ácida, eletroforese de proteínas.

WALLER ROSE O teste de fator reumatóide (FR) é o mais útil dos testes imunológicos para confirmação de artrite reumatóide. Nessa doença, os anticorpos IgG produzidos pelos linfócitos nas articulaçãos sinoviais reagem com outros anticorpos IgG ou IgM, produzindo complexos imunes, ativação do complemento e destruição tecidual. Ainda não se sabe como as moléculas de IgG tornam-se antigênicas, porém elas podem ser alteradas pela agregação com vírus ou outros antígenos. As técnicas para detecção de FR incluem o teste de aglutinação de célula de ovelha (Waaler-Rose), o teste de fixação de látex e a nefelometria.

Objetivo Confirmar artrite reumatóide, especialmente quando o diagnóstico clínico é duvidoso. Preparação do paciente Jejum de 4 horas. Valores de referência 0 a 29 Ul/ml: não reagente. 30 a 79 Ul/ml: fracamente reagente. Maior ou igual a 80 Ul/ml: reagente. Método Nefelometria Achados anormais Titulações FR positivas são encontradas em 80% dos pacientes com artrite reumatóide. As titulações acima de 1:80 são usualmente consideradas diagnósticas para artrite reumatóide; as titulações entre 1:20 e 1:80 são difíceis de interpretar pois ocorrem em muitas outras doenças como, por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia, polimiosite, tuberculose, mononucleose infecciosa, lepra, sífilis, sarcoidose, doença hepática crônica, endocardite bacteriana e fibrose intersticial pulmonar crônica. Adicionalmente, 5% da população em geral, incluindo até 25% da população mais idosa, apresentam titulações de FR positivas. De maneira inversa, uma titulação FR negativa não descarta artrite reumatóide; 20 a 25% dos pacientes com artrite reumatóide não apresentam titulações FR reativas, e o FR propriamente dito não é reativo até os 6 meses após a instalação da doença ativa. A repetição do teste às vezes é útil. Todavia, a correlação entre FR e artrite reumatóide é inconclusiva, e um diagnóstico positivo sempre necessita de correlação com o estado clínico. Exames correlatos Fator antinúcleo (FAN), proteína C reativa (PCR), velocidade de hemossedimentação (VHS), antiestreptolisina O (ASLO).