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Avaliação da capacidade de autodepuração do rio São Mateus Maria Vittória Leite Guedes Vargas¹ (IC); Nilson Francisco L. de Paula¹ (IC); Aloísio José Bueno Cotta² (PQ) 1-Aluno de Engenharia Química ([email protected])

Introdução Dentre os gases dissolvidos na água, o oxigênio molecular (O2) é um dos mais importantes. Reduções acentuadas desse componente podem ocorrer, com implicações severas, quando grandes quantidades de matéria orgânica biodegradável (MOB), são lançadas nos cursos d'água. Porém, a matéria orgânica em si não é um poluente e sim seu despejo que ocasiona um desequilíbrio entre a produção e o consumo de oxigênio dissolvido (OD) no meio aquático. É possível lançar despejos em corpos hídricos sem comprometer sua dinâmica, porém, deve-se primeiramente estimar a quantidade de MOB que o rio consegue assimilar, ou seja sua capacidade de autodepuração, Figura 1.

ANÁLISES/DADOS O conjunto de dados usados para gerar o modelo foi obtido em diversos bancos de dados e alguns medidos em campo (p.ex.: OD e temperatura) e através de ensaios em laboratório (p.ex.: DBO), entre 2011 e 2013.

Resultados A capacidade de autodepuração do rio São Mateus, foi avaliada, após receber as águas do rio Abissínia, o qual foi assumido como transportador dos efluentes municipais para rio São Mateus. A modelagem foi feita através do software livre AD’ÁGUA, Figura 2.

Figura 1 – Principais zonas de autodepuração.

Figura 2- Estimativa do perfil de oxigênio dissolvido para trecho do rio São Mateus, após receber efluentes.

Metodologia

Conclusão

MODELO: A autodepuração é um processo natural, o qual, há um balanço entre as fontes de consumo e de produção de oxigênio, como simulado no modelo Streeter e Phelps (1925)[1], que considera apenas: o consumo de OD pela degradação da MOB, estimada pela Demanda bioquímica de Oxigênio (DBO) e a produção de OD (pela reaeração atmosférica).

O rio Abissínia encontra-se severamente impactado pelo lançamento dos efluentes municipais.

Agradecimentos Á UFES pela bolsa de iniciação científica.

Estimou-se que a capacidade de autodepuração do rio São Mateus, é excedida durante os períodos de estiagem, uma vez que as concentrações de OD, podem [2] ser menores que o exigido pelo CONAMA , para rios de classe 2 (>5 mg/L).

[1]

SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de

esgotos.UFMG. 3ª edição, 2005. [2] Conselho Nacional do Meio Ambiente. CONAMA. Resolução nº 357, de 17 de Março de 2005. Brasília.