Prof.ª Luciana Melo e Souza Psicologia Social
“um grupo consiste de duas ou mais pessoas que interagem e partilham objetivos comuns, possuem uma relação estável, são mais ou menos independentes e percebem que fazem, de fato, parte de um grupo” (PAULUS, 1989 apud RODRIGUES, 1999); São requisitos de um grupo que os membros:
Tenham objetivos comuns; Interajam com frequência; Tenham valores semelhantes; Tenham consciência de que fazem parte de um grupo;
Coesão grupal: “quantidade de pressão exercida sobre membros de um grupo a fim de que nele permaneçam” (RODRIGUES, 1999, P. 376). Razões para participação em um grupo: ◦ Atração pelo grupo ou seus membros; ◦ Obtenção de algum objetivo via filiação em um determinado grupo.
Coesão grupal: Fontes de atração grupal: ◦ Atração pessoal entre os componentes; ◦ Atração pela tarefa; ◦ Prestígio derivado da participação no grupo;
Atração grupal interfere na comunicação intergrupal, mas não influencia na magnitude da coesão e nem no poder do grupo de influenciar os membros;
Coesão - testes experimentais: Quanto maior a coesão do grupo, maior a satisfação entre seus membros; Quanto mais os membros se sentem atraídos pelo grupo, maior será a inclinação em acatar sua influência; Quanto maior a coesão, maior comunicação entre os membros; Quanto maior coesão maior influência do grupo sobre os membros; Quanto maior a coesão, maior a produtividade do grupo.
Coesão – testes experimentais: Quanto mais tempo os membros am juntos, maior a coesão grupal; Quanto mais recompensadora a atividade grupal, maior a coesão; Ameaça ao grupo e papel exercido pelas lideranças do grupo também podem influenciar a coesão grupal; Adoção de medidas verbais e não verbais; Incertezas no estudo da coesão e diversos empregos da palavra.
Formação de normas: Normas sociais são “padrões ou expectativas de comportamento partilhados pelos membros de um grupo” (RODRIGUES, 1999, p. 378); São utilizadas para julgar a adequação ou não de suas percepções, sentimentos e comportamentos; Independem do tamanho do grupo;
Formação de normas: Os elementos principais estabelecimento de normas são:
para
o
◦ Necessidade de alcançar objetivos; ◦ Diminuição de custos; ◦ Aumento de recompensas.
Estabelecimento de normas como substituto para o uso do poder; Grupos muito amplos e com pouca coesão: dificuldade no estabelecimento de normas;
Formação de normas: Nestes grupos, para que se formem normas é necessário: ◦ Especificação das atitudes ou comportamentos desejados; ◦ Fiscalização pelo grupo da obediência às especificações; ◦ Aplicação de sanção aos não-conformistas.
Liderança: Traços de personalidade grupo; Três tipos de liderança:
x
aspectos
do
◦ Autocrática; ◦ Democrática; ◦ „Laissez-faire‟.
Liderança democrática torna os membros menos dependentes do líder; Liderança autocrática produz melhores resultados;
Liderança: Líderes pouco aceitos pelo grupos tendem a ser mais bem sucedidos em situações em que a tarefa a ser realizada pelo grupo é muito favorável ou desfavorável ao grupo – liderança orientada pela tarefa; Caso contrário, a liderança será mais eficaz se os líderes forem mais bem aceitos pelo grupo; Líder emerge durante o processo de interação do grupo;
Status e papel social: Status: “prestígio desfrutado por membros do grupo”; Status subjetivo x status social; Status subjetivo pode corresponder ou não ao status social; Atributos associados ao status variam entre grupos; Homans (1961): justiça distributiva e congruência de status;
Status e papel social: Avaliação das recompensas, dos custos e dos investimentos do indivíduo no grupo; Justiça distributiva: “relação entre o que uma pessoa obtém em termos de recompensas e o que ela incorre em termos de custos” (RODRIGUES, 1999);
Congruência de status: “refere-se à impressão que uma pessoa causa em outras, aos estímulos que ela apresenta à outras, o que pode afetar o seu comportamento posterior em relação a essas outras pessoas e, consequentemente às recompensas que ele auferirá por parte destas” (RODRIGUES, 1999); Relação custos x recompensas – diferença de status;
Implicações relativas à incongruência de status; Papel social Se um mesmo conjunto de normas regula o comportamento de duas pessoas, dizemos que elas exercem o mesmo papel social; Os papéis “facilitam a interação social,fazendo com que, a princípio as pessoas saibam mais prontamente o que esperar das outras” (RODRIGUES, 1999, p. 384)
Normas sociais prescrevem papéis de forma mais específica do que o status do indivíduo no grupo; Congruência de status requer o reconhecimento de papéis diferentes desempenhado por membros de diferentes posições hierárquicas dentro de um grupo; Papel social x Papel subjetivo; Conflito interpapel (ambivalência entre diferentes papéis) x conflito intrapapel (expectativas opostas em relação ao mesmo papel);
Cooperação, competição e conflito: Grupos podem viver em harmonia ou em conflito; Geralmente após conflito pode surgir um entendimento e compromisso entre as partes; “Dilema do prisioneiro”; Via de regra as pessoas preferem competir a cooperar; Conflitos podem ser competitivos ou cooperativos;
Cooperação, competição e conflito: Conflitos construtivos: postura cooperativa; Conflitos destrutivos: postura competitiva; Fatores culturais e de personalidade influenciam no tipo de conflito, mas aspectos situacionais são fundamentais(sucesso anterior no manejo de conflitos, comportamento cooperativo, disposição para negociar);
Atmosfera grupal e rendimento: As pessoas funcionam melhor em grupo ou pior quando estão sós? A presença de outros facilita o desempenho quando a tarefa é fácil e a pessoa está bem treinada para realizá-la; Vadiagem social: pessoas esforçam-se menos em grupo do que quando sós. Maior probabilidade de acontecer quando não há como avaliar a produção individual no grupo.
RODRIGUES, Aroldo. Psicologia Petrópolis: Vozes, 1999;
Social.