NIVELAMENTO DE LIBRAS INTERMEDIÁRIO II
ETAPA 4
LITERATURA SURDA
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito 89130-000 - INDAIAL/SC www.uniasselvi.com.br
Nivelamento de Libras Intermediário II Centro Universitário Leonardo da Vinci Organização Prof.ª Ana Clarisse Alencar Barbosa Autora Fabiana Schmitt Corrêa Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância Prof.ª Francieli Stano Torres Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância Prof. Hermínio Kloch Diagramação e Capa Renan Willian Pacheco Revisão Aline Fernanda Guse
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1 LITERATURA SURDA É a forma de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de tornálo ível e habitável, ajustando-o com suas percepções visuais [...] isso abrange a língua, as ideias, as crenças, os costumes e os hábitos de povo surdo (STROBEL, 2009).
FONTE: Disponível em: . o em: 30 jun. 2017.
Esse tema talvez chame sua atenção, instigue curiosidade acerca do que poderia ser diferente entre a literatura e a literatura surda. As publicações sobre os surdos e a língua de sinais são raras. No entanto, as histórias são contadas e circulam na língua de sinais, que rea, de uma geração para outra, os valores, o orgulho de ser surdo, os feitos dos líderes surdos, as histórias de vida e as dificuldades de participação em uma sociedade ouvinte. Desse modo, a literatura surda é, num certo sentido, uma tradição “em sinais” e é, eventualmente, registrada em filmes ou vídeos. Outras formas de registro são as traduções das histórias para a língua escrita do país, por exemplo, as histórias que são contadas na língua de sinais brasileira e que são, posteriormente, traduzidas para a escrita da língua portuguesa (KARNOPP 2010, p. 172).
Pois bem, vamos esclarecer um pouco desse conceito e compreender as razões que levaram pesquisadores e autores a definirem esse tipo de literatura. Agora, imaginemos uma época em que pouco se aceitava, ou talvez nada, em relação a uma língua sinalizada ainda vista por muitos como inferior e uma comunidade ‘diferente’. Difícil!? Sim! Pense agora no o que crianças tinham à literatura e quanto foi importante que os movimentos literários se ativessem às necessidades também das crianças surdas. Em tempos ados somente?! Não! Em discussões importantes atualmente também: Talvez seja fácil definir e localizar, no tempo e no espaço, um grupo de pessoas; mas quando se trata de refletir sobre o fato de que nessa comunidade surgem – ou podem surgir – processos culturais específicos, é comum a rejeição à ideia da “cultura surda”, trazendo como argumento a concepção da cultura universal, a cultura monolítica. Não me parece possível compreender ou aceitar o conceito de cultura surda senão através de uma leitura multicultural, ou seja, a partir de um olhar de cada cultura em sua própria lógica, em sua própria historicidade, em seus próprios processos e produções. Nesse contexto, a cultura surda não é uma imagem velada de uma hipotética cultura ouvinte. Não é seu revés. Não é uma cultura patológica (SKLIAR, 1998, p. 28).
A autora Karnopp (2008), em seus achados, nos indica que a literatura surda faz parte da cultura surda. Contempla, segundo a autora, histórias produzidas e histórias Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados.
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de vida que encontramos nos contos, fábulas, lendas, piadas, poemas, entre outros. O material, em geral, reconta a experiência das pessoas surdas, no que diz respeito, direta ou indiretamente, à relação entre as pessoas surdas e ouvintes, que são narradas como relações conflituosas, benevolentes, de aceitação ou de opressão do surdo. Combinado a essa perspectiva, Mourão (2012), falando de cultura surda e focos de interesse, indica também que: Essas histórias não interessam só para elas, mas também para as comunidades ouvintes, através da participação tanto de sujeitos ouvintes quanto de sujeitos surdos. Os sujeitos surdos transmitem modelos e valores históricos através de várias gerações de surdos, com artistas plásticos ou outros artistas. [...] até adaptações de vários gêneros como romance, lendas e outras manifestações culturais, que constituem um conjunto de valores e ricas heranças culturais e linguísticas (MOURÃO, 2012, p. 3).
Complementando a fala de Mourão (2012), Morgado (2011) diz que o início ocorreu de forma natural, concomitantemente ao uso das línguas de sinais nos países. Esse fato se deu de início nas escolas de surdos, numa época em que crianças e jovens surdos se comunicavam de forma escondida, já que por muito tempo a língua de sinais era proibida. É importante ressaltar, também, que a cultura surda a qual fazemos referência, não se desprende da literatura surda: [...] não significa que todas as pessoas surdas no mundo compartilhem a mesma cultura simplesmente porque elas não ouvem. Os surdos brasileiros são membros da cultura surda brasileira da mesma forma que os surdos americanos são membros da cultura surda norte-americana. Esses grupos usam línguas de sinais diferentes, compartilham experiências diferentes e possuem diferentes experiências de vida. No entanto, há alguns valores e experiências que os surdos, independente do local onde vivem, compartilham, ou seja: “todos são pessoas surdas vivendo em uma sociedade dominada pelos ouvintes” (WILCOX; WILCOX 2005, p. 78).
Outra questão importante a compreender, ressaltada por Karnopp (2008), faz referência à cultura surda também, indicando a necessidade de entender que essa cultura é presente e pode se apresentar como a intenção de reconhecimento, que quer marcar sua cultura ao seu modo, imagens e sentidos próprios, diferente do apresentado pela cultura ouvinte. A literatura surda tem uma tradição diferente, próxima a culturas que transmitem suas histórias oral e presencialmente. Ela se manifesta nas histórias contadas em sinais, mas o registro de histórias contadas no ado permanece na memória de algumas pessoas ou foram esquecidas. [...] O registro da literatura surda começou a ser possível principalmente a partir do reconhecimento da Libras e do desenvolvimento tecnológico, que possibilitaram formas visuais de registro dos sinais (KARNOPP, 2008, p. 2).
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Ao observarmos as literaturas, percebemos facilmente que elas trazem como tema as experiências das pessoas surdas. Esse contexto abordado numa literatura infantil, por exemplo, indica para uma criança que experiências como as dela não são únicas, ruins ou estranhas. Há uma identificação do personagem com fatos da sua vida. As produções culturais de pessoas surdas envolvem, em geral, o uso de uma língua de sinais, o pertencimento a uma comunidade surda e o contato com pessoas ouvintes, sendo que esse contato linguístico e cultural pode proporcionar uma experiência bilíngue a essa comunidade (KARNOPP, 2008, p. 6).
Sobre cultura surda, trazemos Strobel (2009, p. 19), que fala de maneira muito tranquila sobre essa questão, indicando que “A cultura não vem pronta, daí porque ela sempre se modifica e se atualiza, expressando claramente que não surge com o homem sozinho e sim das produções coletivas que decorrem do desenvolvimento cultural experimentado por suas gerações adas”. Com base em leituras de materiais da autora, compreendemos de certa forma que a cultura surda é autônoma, quando lemos que: Cultura surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de torná-lo ível e habitável, ajustando-o com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as ideias, as crenças, os costumes e os hábitos do povo surdo (STROBEL, 2009, p. 27).
Sobre literatura, Karnopp também destaca: A literatura surda tem uma tradição diferente, próxima a culturas que transmitem suas histórias oral e presencialmente. Ela se manifesta nas histórias contadas em sinais, mas o registro de histórias contadas no ado permanece na memória de algumas pessoas ou foram esquecidas. Assim, estamos privilegiando a literatura surda contemporânea, após o surgimento da tecnologia, da gravação de histórias através de fitas VHS, CD, DVD ou de textos impressos que apresentam imagens, fotos e/ou traduções para o português. O registro da literatura surda começou a ser possível principalmente a partir do reconhecimento da Libras e do desenvolvimento tecnológico, que possibilitaram formas visuais de registro dos sinais (KARNOPP, 2008, p. 2).
Vejamos algumas literaturas para exemplificar:
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FIGURA 1 – EXEMPLO DE LITERATURA SURDA
FONTE: Disponível em: . o em: 30 jun. 2017.
“Esta história de um menino surdo é parecida com a de muitas outras crianças que nasceram ou ficaram surdas. Dúvidas, desespero, culpa, acusações, sofrem os pais. Solidão, um imenso sem-sentido, um mundo que teima em não se organizar, sobre a criança. O que fazer?” (RODRIGUES, s.d.) FIGURA 2 – EXEMPLO DE LITERATURA SURDA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Quando a Rapunzel foi raptada pela bruxa, ela percebeu que a menina não falava, mas tinha uma grande atenção visual. Rapunzel começou a apontar para o que queria e a fazer gestos para muitas coisas. A bruxa então descobriu que a menina era surda e começou a usar alguns gestos com ela. Disponível em:
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FIGURA 3 – EXEMPLO DE LITERATURA SURDA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
O nascimento de uma ave pertencente a outra espécie em um ninho de cisnes ouvintes e a dificuldade em estabelecer-se uma comunicação entre eles são contados em 'Patinho surdo'. No livro, o protagonista reencontra a sua família e aprende a língua de sinais usada pelos bichinhos da lagoa. Disponível em:
. FIGURA 4 – EXEMPLO DE LITERATURA SURDA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
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A história “A cigarra surda e as formigas” – escrita por duas professoras de surdos, Carmem Oliveira e Jaqueline Boldo, uma ouvinte e a outra surda, respectivamente – apresenta como tema a importância da amizade entre surdos e ouvintes e faz um apelo ao final da história “Amiguinhos precisamos respeitar as diferenças”. Disponível em:
. FIGURA 5 - EXEMPLO DE LITERATURA SURDA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Nessa história a Cinderela e o Príncipe são surdos. No lugar do sapato de cristal, a personagem principal perde uma das luvas. A escolha da luva se dá em virtude desta peça ser uma referência às mãos, amplamente utilizadas pelos surdos do mundo inteiro para se comunicar. Disponível em:
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A autora Morgado (2011b, p. 21) define também em relação às literaturas que: [...] são contadas em língua de sinais, sejam frutos de tradução ou não, podendo ter um tema relacionado com o surdo ou não. [...] não precisa ser contada exclusivamente em língua de sinais, ou seja, ela também pode ser escrita, porém, o tema deve ser relacionado aos surdos.
Encontramos nesse contexto, também, outras formas de expressão cultural, para além da literatura, envolvendo a cultura surda. Temos exemplos citados anteriormente, indicaremos aqui fontes de o a essas formas de expressão cultural da comunidade surda. As literaturas foram apresentadas, mas temos, ainda, a poesia que faz parte desse repertório rico mostrado até então, para tanto, apresentamos a afirmação de SuttonSpence e Quadros (2006, p. 116): Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados.
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NIVELAMENTO DE LIBRAS INTERMEDIÁRIO II Uma das contribuições principais da poesia sinalizada para o empoderamento do povo surdo é a maneira com que os poemas retratam a experiência das pessoas surdas. [...] Diante de [...] ameaça à identidade pessoal e cultural dos surdos, os poemas que descrevem e validam a experiência surda são fortemente usados para o empoderamento do povo surdo.
Sobre essa citação, podemos refletir acerca da importância do trabalho com estudantes com surdez numa perspectiva educacional, e os aspectos que podem influenciar positivamente em suas vidas. POESIA EM LIBRAS Com relação à poesia, se compararmos as de ouvintes, elas são diferentes em muitos aspectos, primeiro pela modalidade, uma é auditiva e a outra é visual. Para os ouvintes, a poesia se torna linda quando produz rima, palavras rebuscadas, prosódia etc. Diferente do que encontramos em Libras, a beleza da poesia está na configuração da mão, no movimento. Nas pesquisas de Quadros e Sutton-Spence (2006, p. 112), encontramos a afirmação de que a “[...] poesia em língua de sinais, assim como a poesia em qualquer língua, usa uma forma intensificada de linguagem [“sinal arte”] para efeito estético”. Para explicitar o que fica evidente em uma poesia em língua de sinais, Morgado (2011, p. 62) identifica formas de serem apresentadas s poesias, os recursos utilizados pelos poetas surdos: • modificação de sinais; • variação de sinais; • utilização de componentes não manuais (expressão corporal e facial); • uso de classificadores; • recorrência a metáforas; • interiorização de personagens com suas características; • mudança de papéis para representar diferentes personagens ou situações.
Pensando nos registros, já que é uma modalidade visual, há o entendimento de que; Além da escrita, outras formas de documentação, como filmagens, são fundamentais para o registro de formas linguísticas que vão se perdendo ou se transformando. Para uma comunidade de surdos manter o leque de possibilidades artísticas e expressões da língua de sinais, os registros visuais são indispensáveis na criação de bibliotecas visuais e podem contribuir para uma escrita posterior, com traduções apropriadas (KARNOPP, 2010, p. 162).
Citaremos alguns exemplos de poesias e poetas da área:
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FIGURA 6 – RECORTES DA POESIA DA BANDEIRA BRASILEIRA – NELSON PIMENTA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Nesta poesia, evidencia-se a configuração de mão preponderante em B ou em 5. “[...] versos sinalizados do poema Bandeira brasileira, de Nelson Pimenta, destacado ator e poeta surdo brasileiro. Utilizando-se das noções da estrutura fonológica, gesto e dos efeitos da modalidade sobre a linguagem espacial, o estudo pretende verificar a construção do poema em Libras [...]” (ARAÚJO, 2016, p. 180). FIGURA 7 – RECORTES DA POESIA RIO – FERNANDA MACHADO
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Nessa poesia fica evidenciada também a configuração de mão aberta. FIGURA 8 – POESIA FELIZ NATAL – FERNANDA MACHADO
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Neste poema, a poetiza [...] não usou soletração alguma e apresentou mais sinais poéticos e neologismos. Sutton-Spence e Quadros (2006, p. 147) explicam que neologismo, também em línguas de sinais, “pode ser usado para efeito poético de muitas maneiras, trazendo a língua ao primeiro plano porque o poeta produziu a forma que ainda não é parte da língua”. Resumindo o poema de Fernanda Machado, vemos que é uma narrativa sobre uma pessoa pegando bolas coloridas, colocando-as na árvore de natal; cada bola Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados.
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expressava a história de um elemento do nascimento de Jesus: anjo, Maria, José, Rei Herodes, três Reis Magos, burro. Fernanda sinalizou a cor de cada bola relacionando-a a um personagem ou a objetos como estrela. No final, quebra-se a bola vermelha, que simbolizava Rei Herodes, e dela sai uma luz que voa para o céu e se transforma em trenó com renas, Papai Noel e saco de presentes (SILVEIRA E KARNOPP, 2013, p. 7). FIGURA 9 – POESIA LEI DE LIBRAS – FERNANDA MACHADO
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Igualmente às anteriores, mão aberta em evidência. Claro, há muitas configurações de mãos envolvidas, mas de forma clara, essa aparece com mais evidência, o mesmo se refere a outras poesias. Finalizando sobre poesia, Karnopp (2010, p. 13) resume sabiamente que “assim como na literatura escrita, em relação à palavra, a literatura surda se vale de recursos que escapam do uso cotidiano de Libras e criam efeitos estéticos, que têm uma repercussão positiva entre a comunidade surda e contribuem para o desenvolvimento de sua identidade”. PIADA EM LIBRAS Outras questões que envolvem a literatura surda, em expressões diferentes, são as piadas. Sobre as piadas em Libras, algo muito curioso acontece. Inevitavelmente, o tema central da piada envolve surdos e ouvintes, uma forma cômica de provocar o ouvinte em relação a sua audição. Outra situação é a questão da interpretação de uma piada, é provável que ela perca seu sentido ao ser traduzida, já que envolve uma modalidade diferente da auditiva para sua elaboração. Surdos reúnem-se frequentemente para contar histórias e, entre as preferidas, estão as histórias de vida, as piadas e aquelas que incluem elementos da cultura surda, com personagens surdos, com tramas que, em geral, envolvem as diferenças entre o mundo surdo e o ouvinte (KARNOPP, 2008, p. 7).
Seguem alguns exemplos de piadas em libras que podem ser visualizadas a partir da fonte indicada:
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FIGURA 10 – PIADA EM LIBRAS – LEGENDADA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
FIGURA 11 – PIADA EM LIBRAS – LEGENDADA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
FIGURA 12 – PIADA EM LIBRAS: LUA DE MEL – SEM LEGENDA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
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NIVELAMENTO DE LIBRAS INTERMEDIÁRIO II CURTA METRAGEM
FIGURA 13 – CURTA METRAGEM: O CURIOSO
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
O curta é criação de Alexs Pimentel em parceria com o Ministério de Surdos Neemias. Os atores são surdos do ministério, sendo ele, um dos trabalhos realizados na Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular, Curitiba, PR. O filme faz abordagem de alguns conflitos existentes na comunidade surda e junto com ele é elaborada uma série de estudos para serem aplicados em grupos pequenos de surdos. Os temas abordados são: drogas, internet, conflitos em família, como: alcoolismo, choques culturais etc. Disponível em:
. FIGURA 14 – CURTA METRAGEM: O CUPIDO
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Às vezes, você tem que ouvir com o coração. Uma noite de sábado, no meio de um concerto improvisado, ela percebe um cliente que não tenha visto antes, com um olhar de completo desinteresse em seu rosto. Laura, normalmente, não se importava, mas com esse cara, é como se ela nem estivesse lá. Quem é ele? E por que Laura não pode parar de olhar para ele? Disponível em:
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As propagandas também fazem parte da literatura em Libras, desejam despertar para a língua e para questões a ela relacionadas. Vejamos alguns exemplos: FIGURA15 – PROPAGANDA RBS
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Comercial mostra como é importante a criança surda ser bem recebida por crianças ouvintes. Pais, ensinem seus filhos a receberem com naturalidade a criança que não pode ouvir como eles ouvem. São todas crianças querendo aprender, brincar, interagir. FIGURA 16 – PROPAGANDA BANCO DO BRASIL
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
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FIGURA 17 – SURPRESA EM LÍNGUA DE SINAIS – PROPAGANDA SAMSUNG
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Um homem surdo caminha pela rua: o que acontece em volta dele o faz emocionar! Para remover o novo serviço de call center visivo, dedicada às pessoas surdas, a Samsung criou este experimento em que um homem, acompanhado por sua irmã, vive um dia 'sem fronteiras'. Ele encontra pessoas que usam a língua dos sinais e a sensação de sentir-se incluso o faz emocionar! FIGURA 18 – IMAGEM DO CURTA METRAGEM TAMARA
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Tamara é uma curta-metragem de animação sobre uma menina e o seu sonho de ser bailarina. A música para, mas isso não detém Tamara, que segue a sua dança… Uma bonita história que nos mostra que, apesar das dificuldades, devemos perseguir os nossos sonhos (link acima).
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FIGURA 19 – CONQUISTANDO O IMPOSSÍVEL
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Uma história bem interessante! FÁBULAS A autora Karnopp (2008, p. 18) resume esse gênero textual como “[...] um texto de ficção. As fábulas são narrativas em que os personagens são animais personificados que representam histórias sobre a vida humana. O objetivo final da fábula é realizar um ensinamento através de uma lição de moral”. Seguiremos com alguns exemplos de fábulas em Libras: FIGURA 20 – FÁBULA EM LIBRAS
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Por um longo tempo, três touros sempre pastaram juntos. Um leão, escondido no mato, espreitava-os na esperança de fazer deles seu jantar, mas tinha receio de atacá-los enquanto estivessem em grupo. Desse modo, resolveu arquitetar um malicioso plano. Assim, ado algum tempo, por meio de maliciosas e traiçoeiras palavras, e os muitos mexericos que espalhou entre eles, acabou por criar no grupo um desfavorável clima de discórdia, até finalmente conseguir separá-los. Assim, desfeito o grupo por conta do
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desentendimento, tão logo eles pastavam sozinhos, atacou-os sem medo algum. E um após outro foram sendo devorados, sempre que ele sentia fome. Disponível em:
. FIGURA 21 – FÁBULA EM LIBRAS
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
A Cia. Arte e Silêncio apresenta a Fazenda: Pato. O pato é um dos poucos animais da natureza que anda, nada e voa com razoável competência. É o único animal que consegue dormir com metade do cérebro e manter a outra em alerta. É dotado de perfeito senso de direção e comunidade. Nesse canal, podemos achar outras fábulas que envolvem outros animais também. FIGURA 22 - FÁBULAS SITE INES
FONTE: Disponível em:
. o em: 30 jun. 2017.
Fábula clássica da literatura, em Libras, contando a história do rato que salvou um leão. Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados.
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Vamos praticar? Vídeo em Libras para treinar os sinais: Disponível em:
. AUTOATIVIDADE: 1 Assista ao vídeo da Cinderela surda. Disponível em:
. Escreva qual alteração teve para que a história fosse transformada em Literatura Surda. Na sua opinião, é importante que a criança surda tenha contato com a Literatura Surda? Por quê? 2 - Veja o conto disponível no vídeo a seguir e responda: Disponível em:
. 1. Qual é a idade da narradora no conto? 2. Quem são as pessoas que fazem parte do conto? 3. Em que lugar a narradora foi? 4. Havia animais no conto, com qual animal ela gostava de brincar? Como ele era? 5. O que ela comeu no local? 6. Quem fez o café? 7. O que a irmã gostava de comer? 8. Onde foram pedalar? 9. O que fizeram no local? 10. O que aconteceu quando voltaram? Copyright © UNIASSELVI 2017. Todos os direitos reservados.
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REFERÊNCIAS ARAÚJO, Márcia Maria de Melo. O poema em libras bandeira brasileira de Nelson Pimenta. Revista sinalizar. Goiás, v. 1. n. 2, p. 179-189, 1 jul. 2016. BARBOSA, Eva dos Reis Araujo. Santa Luzia: No mundo da Libras. 2013. KARNOPP, Lodenir. Literatura Surda. Florianópolis: UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, 2008. KARNOPP, Lodenir. Produções culturais de surdos: análise da literatura surda. Cadernos de Educação (UFPel), v. Ano 19, p. 155-174, 2010. MORGADO, Marta. Literatura em língua gestual. In: KARNOPP, Lodenir; KLEIN, Madalena; LUNARDI-LAZZARIN, Marcia (Orgs.). Cultura surda na contemporaneidade: negociações, intercorrências e provocações. 1. ed. Canoas: Editora da ULBRS, 2011a. MORGADO, Marta. Literatura das línguas gestuais. Lisboa: Universidade Católica Editora, 2011b. MOURÃO, Claudio H. N. Adaptações e tradução em literatura surda: a produção culturas em língua de sinais. Disponível em:
. o em: 20 maio 2017. RODRIGUES, Luciane Andrade. Oficinas contos de fadas em Libras. Disponível em:
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. o em: 30 jun. 2017. SILVEIRA, Carolina Hessel; KARNOPP, Lodenir Becker. Literatura surda: análise introdutória de poemas em libras. 2003. Disponível em:
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SKLIAR, Carlos (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998. STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. 2. ed. revisada. Florianópolis: Editora UFSC, 2009. SUTTON-SPENCE, Rachel; QUADROS, Ronice Müller. Poesia em língua de sinais: traços da identidade surda. In: QUADROS, Ronice Müller (Org.). Estudos Surdos I. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2006. WILCOX, Sherman; WILCOX, Phyllis. Aprender a ver. Trad: Tarcísio Leite. Rio de Janeiro: Arara Azul, 2005.
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES: Atividade 1 Na história A cinderela surda, os personagens principais são surdos. Ao invés de perder o sapatinho de cristal, a Cinderela perde a Luva, pois na cultura surda as mãos são muito valorizadas, pelo fato de serem instrumentos de comunicação. É de suma importância para a criança surda ter uma história baseada na realidade dela, para que ela também possa se espelhar nas personagens. Atividade 2 1. 5 anos. 2. A narradora, a irmã, o pai, a mãe e a avó. 3. Sítio ou fazenda da avó. 4. Cachorro, era grande marrom com branco. 5. Tangerina e bolo de chocolate. 6. A avó. 7. Tangerina e bolo de cenoura. 8. No cemitério. 9. Pegaram flores para dar para a avó e para a mãe. 10. O pai descobriu que as flores foram furtadas do cemitério e deu uma surra.
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