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Itinerários Avaliativos de Minas Gerais MATERIAL DE APOIO

APRESENTAÇÃO Os Itinerários Avaliativos reúnem procedimentos para propiciar um processo de construção coletiva de uma avaliação interna da escola e de planos de ação definidos a partir desse processo. Com a realização desses itinerários, a escola torna-se mais reflexiva e mais preparada para enfrentar as questões que afetam a aprendizagem dos estudantes. Em forma de o a o, os 16 itinerários estruturam uma sequência lógica e encadeiam três momentos básicos: o da elaboração de uma avaliação interna da escola e seu impacto na aprendizagem; o da definição de uma agenda mínima de ações a serem implementadas; e o do monitoramento e avaliação de cada uma dessas ações, que compõem o plano de ação da escola. O esforço de produção desses Itinerários Avaliativos está ancorado em duas premissas conceituais fundamentais. A primeira premissa é a de que, sem abrir mão do permanente diálogo com as instâncias superiores da rede, não há como avançar na gestão escolar, uma vez que é necessária a instalação de um ambiente de ampla participação da comunidade escolar, que seja capaz de envolver o diretor escolar, os professores e o especialista em Educação Básica em um processo coletivo de reflexão sobre a escola. A segunda premissa conceitual é a de que, para consolidar a gestão democrática em contextos complexos como são as redes escolares, é indispensável o uso intensivo e criterioso de dados e informações sobre o funcionamento das escolas, especialmente sobre os avanços na aprendizagem. No conjunto, esses 16 Itinerários Avaliativos constituem uma contribuição para o fortalecimento da cultura de gestão democrática, tornando mais tangível a necessária conciliação entre as exigências que recaem sobre as secretarias de educação na governança da rede escolar e a potencialidade da autonomia escolar.

ESTRUTURA DOS ITINERÁRIOS AVALIATIVOS Os Itinerários Avaliativos desenvolvidos pelo CAEd em parceria com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais promovem a realização de análises de dados e debates para a construção coletiva de uma avaliação interna e a definição de um plano de ação e seu monitoramento nas escolas de Educação Básica, que possam melhorar e consolidar o processo de aprendizagem de seus estudantes. Os itinerários estão agrupados em quatro etapas: preparação, avaliação interna, plano de ação e monitoramento e avaliação.

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ESTRUTURA DOS ITINERÁRIOS AVALIATIVOS DE MINAS GERAIS Etapa 1 Preparação Itinerário 1

Etapa 2 Avaliação interna Eixo 2 Gestão democrática e participativa

Eixo 3 Fortalecimento do trabalho coletivo

Eixo 4 Relação da escola com a comunidade

Itinerário 2

Itinerário 6

Itinerário 8

Itinerário 9

Itinerário 3

Itinerário 7

Eixo 1 Direito à aprendizagem

Etapa 3 Plano de Ação

Etapa 4 Monitoramento e Avaliação

Itinerário 12

Itinerário 15

Itinerário 13

Itinerário 16

Itinerário 14

Itinerário 4 Itinerário 5 Consolidação da Avaliação Interna Itinerário 10 Itinerário 11

A seguir, uma breve apresentação das etapas, eixos e itinerários desta caminhada.

ETAPA 1. PREPARAÇÃO Esta etapa orienta os profissionais quanto aos pressupostos e as etapas de aplicação dos Itinerários Avaliativos.

Itinerário 1. Preparação e orientação para o uso dos itinerários Este primeiro itinerário tem o objetivo de preparar o diretor escolar e o especialista em Educação Básica para o processo de implementação dos Itinerários Avaliativos nas escolas.

ETAPA 2. AVALIAÇÃO INTERNA Esta etapa apresenta uma série de itinerários, desmembrados em quatro eixos, que permitem à escola conhecer os principais fatores que intervêm no processo de ensino e de aprendizagem e, assim, definir prioridades a serem trabalhadas.

EIXO 1. DIREITO À APRENDIZAGEM Este eixo é estrutural e diz respeito à capacidade da rede e da escola de garantir a aprendizagem de todos os estudantes matriculados em cada etapa e segmento da Educação Básica. Trata da necessidade de se conhecer as crianças, adolescentes, jovens e adultos que estão na escola, e de avaliar e repensar constantemente o currículo desenvolvido em cada segmento e ano para cada estudante. Diz respeito ao planejamento pedagógico e à realização de exames, trabalhos e atividades significativas reconhecendo o que os estudantes já 3

sabem e o que eles poderão saber a partir do trabalho realizado. Ainda, engloba discussões acerca do que os professores e atores educativos necessitam para desenvolver seu trabalho bem como para garantir a autonomia para gerenciar os processos pedagógicos. Além disso, trata da apropriação dos resultados das avaliações externas como indicativos dos diferentes itinerários para a aprendizagem. Este eixo abarcará a agem por quatro diferentes itinerários, que, juntos, ajudam os gestores e professores a promoverem um amplo debate sobre o direito à aprendizagem em cada uma das escolas. Estes são: a articulação entre a avaliação externa e a interna; a análise do desempenho dos estudantes; a análise do rendimento e da frequência dos estudantes e a análise dos descritores e seus percentuais de acerto.

Itinerário 2. A articulação entre a avaliação externa e a avaliação interna Este itinerário visa sensibilizar os profissionais da escola sobre o papel da avaliação externa e como seus resultados devem ser uma referência para o processo de avaliação interna da instituição.

Itinerário 3. Análise de desempenho dos estudantes Este itinerário tem o objetivo de promover uma análise e discussão em torno dos resultados da avaliação externa a partir de diversos indicadores, em especial os padrões de desempenho dos estudantes e sua distribuição na escola (entre anos-séries, turnos e turmas).

Itinerário 4. Análise de rendimento e de frequência dos estudantes Este itinerário serve de apoio aos profissionais para um trabalho de análise e debate dos indicadores de rendimento e dados de frequência dos estudantes.

Itinerário 5. Análise dos percentuais de acerto por descritor O itinerário 5 tem o objetivo de promover a análise e reflexão coletiva acerca das competências e habilidades desenvolvidas pelos estudantes com base na Matriz de Referência das disciplinas avaliadas externamente.

EIXO 2. GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA Para o desenvolvimento integral da aprendizagem, faz-se necessário conhecer os sujeitos que estão na escola, seus tempos de vivência, os atores que desenvolvem as ações escolares, seu currículo e saberes, respeitando identidades e memórias dialogadas com o território educativo e a forma como se dá a participação de todos nas decisões e escolhas dos processos inerentes à vida da escola. A qualidade da oferta da educação depende da existência de espaços de diálogo e da promoção de condições para a participação da comunidade nas suas atividades. Para a garantia do direito à aprendizagem é preciso haver uma escola onde o princípio democrático dirija todas as relações. A escola deve apresentar processos de gestão efetivos e participativos, os MATERIAIS DE APOIO

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gestores escolares devem tomar suas decisões orientados por critérios pedagógicos. Suas práticas de gestão devem basear-se em princípios democráticos, de modo a promover o fortalecimento dos mecanismos de participação na tomada de decisão. Só haverá qualidade em ambiente democrático e só haverá ambiente democrático com educação de qualidade.

Assim é que este eixo pretende estimular a discussão em torno da gestão escolar e da promoção de um ambiente de aprendizagem para todos os estudantes.

Itinerário 6. Ambiente de aprendizagem: percepções sobre o impacto da violência nas expectativas de aprendizagem Este itinerário tem o objetivo de incorporar uma discussão sobre o impacto da violência no ambiente de aprendizagem, questão comumente relatada por profissionais da escola.

Itinerário 7. Ambiente participativo Este itinerário visa contribuir para uma discussão sobre a participação da comunidade escolar nas tomadas de decisão da gestão escolar. A intenção é promover um debate acerca da comunicação e participação de alunos, professores, colegiados e conselhos de classe na gestão escolar.

EIXO 3. FORTALECIMENTO DO TRABALHO COLETIVO O fortalecimento do trabalho colaborativo depende do conhecimento dos papeis e das responsabilidades de cada ator no espaço educativo, atribuindo significado ao trabalho de diretores, vices, especialistas, inspetores, analistas, ASB, ATB, Peub e todo o corpo docente da escola. A escola deve dispor de profissionais em quantidade suficiente à realização das atividades previstas para a jornada, com a formação adequada, o aos desenvolvimentos educacionais de sua especialidade, estabilidade e tempo para planejar as atividades escolares e que possam refletir sobre as necessidades dos estudantes. Estes profissionais devem encontrar condições adequadas para o exercício de suas funções bem como para seu desenvolvimento profissional, possibilitando o compromisso de todos e de cada um na construção do trabalho coletivo. Neste eixo, sugerimos um debate acerca das questões que influenciam, direta e indiretamente, a realização do trabalho coletivo nas escolas. Estão presentes temas como a formação docente, o absenteísmo do professor, a frequência e a pauta de encontros pedagógicos promovidos pela escola, o planejamento de aulas e atividades, entre outros.

Itinerário 8. Engajamento e participação dos professores Este itinerário tem por objetivo promover uma discussão em torno do engajamento dos professores com o trabalho coletivo dentro da escola e do impacto desse comprometimento para o desenvolvimento da aprendizagem.

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EIXO 4. RELAÇÃO DA ESCOLA COM A COMUNIDADE Entender a escola como promotora de mobilização comunitária, isto é, como agente de articulação, de participação, possibilitando o espaço compartilhado de vivência, garantindo o entrelaçamento da escola com a comunidade, consolidando o direito à aprendizagem com a construção de um projeto comum de escola integral e integrada e de espaço democrático de seus atores. Esta dimensão lida com as condições para que a instituição escolar estabeleça relações com a comunidade de vizinhança e, por meio das novas tecnologias de informação e comunicação, com outras comunidades, espacialmente distantes, mas capazes de compartilhar interesses e estabelecer intercâmbio com seus estudantes e profissionais. Isto só é possível por meio do fortalecimento do diálogo interno, com as famílias e com o órgão gestor, além do e às organizações culturais e associativas e da ampliação do conjunto de instituições com as quais se mantém formas de cooperação e intercâmbio. Trata-se de uma dimensão determinada pela extensão das redes internas que a escola estabelece, além daquelas construídas com as famílias, instituições e grupos, por meio da realização de atividades conjuntas e intercâmbio de experiências.

Itinerário 9. Relações interinstitucionais: família, comunidade e sociedade Este itinerário visa contribuir para uma reflexão sobre a relação da escola com a família, responsáveis pedagógicos, instituições da comunidade e da sociedade e seu impacto na aprendizagem dos estudantes.

Itinerário 10. Síntese da Avaliação Interna e recomendações Este itinerário visa promover uma síntese do resultado das discussões anteriores, etapa final do processo de Avaliação Interna da escola. Com base na sistematização das questões analisadas e debatidas, formulam-se recomendações para o Plano de Ação.

Itinerário 11. Consolidação da Avaliação Interna e definição de prioridades Último itinerário da etapa de Avaliação Interna, este tem por objetivo consolidar e validar as conclusões e as recomendações junto aos professores e à comunidade escolar. Além disso, é o momento de definição de prioridades a serem trabalhadas no Plano de Ação.

ETAPA 3. PLANO DE AÇÃO Com base na consolidação da Avaliação Interna, esta etapa permite a definição de uma agenda de ações a serem implementadas para a melhoria da aprendizagem na escola.

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Itinerário 12. Definição do Plano de Ação Este itinerário apresenta uma metodologia para a definição do Plano de Ação da escola. Define os profissionais envolvidos e as linhas gerais das ações a serem implementadas, a partir de definições do “o que será feito?”, “por que será feito?” e “como será feito?”.

Itinerário 13. Validação do Plano de Ação Este itinerário dá sequência à construção do Plano de Ação, com o detalhamento das ações, respondendo às perguntas: “Quando será feito?” e “Quem irá fazer?”.

Itinerário 14. Consolidação do Plano de Ação Este último itinerário da etapa de Plano de Ação tem o objetivo de consolidar as ações propostas e possibilitar que todos os envolvidos tenham conhecimento das atividades e das tarefas que compõem cada uma das ações desenhadas.

ETAPA 4. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO Esta etapa apresenta itinerários para o monitoramento da execução do plano de ação, a avaliação de seus resultados e, caso necessário, possíveis ajustes e correções de rumos.

Itinerário 15. Monitoramento e avaliação do Plano de Ação Após a aprovação dos projetos e do plano de ação, este itinerário visa colaborar para a definição de como ocorrerá o monitoramento de sua execução, indicando formas de acompanhamento das tarefas previstas, assim como a sua efetividade, ou seja, se seus resultados estão alcançando os objetivos desejados.

Itinerário 16. Ajustes e correção de rumos O objetivo deste último itinerário é o de detalhar os procedimentos para promover ajustes e correções de rumos no Plano de Ação. Para que não surjam surpresas no decorrer da execução das ações do plano, é necessário saber usar as informações decorrentes do monitoramento e da avaliação para alcançar as finalidades planejadas.

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OS DADOS DE DESEMPENHO ESCOLAR

(ITINERÁRIO 3) A análise prevista no Itinerário 3 baseia-se na exploração de dados sobre os percentuais de alunos em Padrões de Desempenho. Tais informações são provenientes das avaliações em larga escala e podem ser obtidas no Sistema de Monitoramento da Aprendizagem (http:// monitoramento.caedufjf.net).

DE ONDE VÊM OS DADOS? Padrões de Desempenho Os resultados obtidos nos testes de proficiência das avaliações educacionais podem ser agrupados em diferentes situações de desempenho. Os Padrões de Desempenho são agrupamentos a partir dos níveis de proficiência obtidos nas avaliações em larga escala por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Para cada disciplina e etapa de escolaridade avaliadas, esses agrupamentos apresentam descrições de habilidades e competências diferentes e são elaborados com base em aspectos cognitivos que indicam o rendimento dos estudantes. Além de evidenciar um significado pedagógico, cada um dos Padrões de Desempenho possui elementos capazes de orientar ações de gestores e equipes pedagógicas. Esses padrões podem adotar três, quatro ou mais divisões, de acordo com as diretrizes pedagógicas adotadas pelos municípios, estados ou pela União. O agrupamento visa facilitar a interpretação pedagógica das habilidades desenvolvidas pelos estudantes, pois apresenta a descrição das habilidades distintivas de cada um de seus intervalos, em um continuum, do nível mais baixo ao mais alto. Os Padrões de Desempenho correspondem a intervalos na Escala de Proficiência. Esses Padrões proporcionam uma interpretação pedagógica das habilidades desenvolvidas pelos alunos e oferecem o entendimento a respeito do nível em que eles se encontram. A partir da interpretação dos intervalos da escala é possível diagnosticar as habilidades e competências já desenvolvidas pelos estudantes, tanto individualmente quanto de forma geral, bem como aquelas que ainda precisam ser trabalhados em sala de aula, em cada etapa de escolaridade avaliada.

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Padrões de Desempenho em Língua Portuguesa: PROALFA

Padrões de Desempenho em Língua Portuguesa Etapa de Escolaridade

Baixo

Intermediário

Recomendado

Avançado

3º ano EF

Até 450

450 a 500

500 a 650

Acima de 650

PROEB – LÍNGUA PORTUGUESA

Padrões de Desempenho em Língua Portuguesa Etapa de Escolaridade

Baixo

Intermediário

Recomendado

Avançado

5º Ano EF

Até 150

150 a 200

200 a 250

Acima de 250

7° Ano EF

Até 175

175 a 225

225 a 275

Acima de 275

9° Ano EF

Até 200

200 a 275

275 a 325

Acima de 325

1º Ano EM

Até 250

250 a 300

300 a 350

Acima de 350

3° Ano EM

Até 250

250 a 300

300 a 350

Acima de 350

Padrões de Desempenho em Matemática:

PROEB – MATEMÁTICA

Padrões de Desempenho em Matemática Etapa de Escolaridade

Baixo

Intermediário

Recomendado

Avançado

5º Ano EF

Até 175

175 a 225

225 a 275

Acima de 275

7° Ano EF

Até 200

200 a 250

250 a 325

Acima de 325

9° Ano EF

Até 225

225 a 300

300 a 350

Acima de 350

1º Ano EM

Até 275

275 a 350

350 a 375

Acima de 375

3° Ano EM

Até 275

275 a 350

350 a 375

Acima de 375

Para saber mais: e: .

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AS TAXAS DE RENDIMENTO ESCOLAR, DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE E DE FREQUÊNCIA

(ITINERÁRIO 4) A análise prevista no Itinerário 4 baseia-se na exploração de dados sobre as taxas de rendimento (aprovação, reprovação e abandono), a taxa de distorção idade-série e a frequência dos estudantes da escola. Tais informações são provenientes de várias fontes: do Censo Escolar, das secretarias de educação e da própria escola. As taxas de rendimento e de distorção podem ser obtidas no Sistema de Monitoramento do Aprendizagem (http://monitoramento.caedufjf.net). Já as informações sobre frequência dos estudantes podem ser obtidas na própria escola. O objetivo deste material de apoio é apresentar ao leitor como esses dados são produzidos e como podem ser coletados.

TAXAS DE RENDIMENTO E DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE: DE ONDE VÊM OS DADOS? TAXAS DE RENDIMENTO As taxas de rendimento escolar são calculadas a partir das informações sobre a situação dos estudantes ao final do ano escolar, incluindo a taxa de aprovação, a taxa de reprovação e a taxa de abandono. A taxa de aprovação é representada pelo percentual de estudantes aprovados ao final do ano; já a de reprovação, pelo percentual de estudantes reprovados, seja por desempenho insatisfatório ou por excesso de faltas; e a taxa de abandono, pelo percentual de estudantes que deixaram de frequentar a escola em algum momento do ano letivo. Essas informações são registradas pelas escolas na elaboração do Censo Escolar a cada ano. Na coleta de dados para o Censo Escolar, as escolas devem registrar a situação de cada um de seus estudantes ao final do ano letivo. Esse registro permite o cálculo das taxas de rendimento. A situação do estudante engloba duas opções: o Rendimento, quando o estudante termina o ano letivo ainda com vínculo com a escola, compreendendo as situações Aprovado e Reprovado; e o Movimento, quando o estudante já não possui vínculo com a escola ao final do ano, com as situações Transferido, Deixou de frequentar e Falecido.

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Situação do estudante no Censo Escolar Aprovado Rendimento Reprovado Transferido Movimento

Deixou de frequentar Falecido

Se, ao final do ano letivo, o estudante manteve seu vínculo com a escola, deve-se registrar uma das situações possíveis quanto ao Rendimento: Aprovado ou Reprovado. Se a situação do estudante ao final do ano contempla uma dessas opções, o campo Movimento não recebe qualquer registro. Já na situação oposta, se o estudante rompeu seu vínculo com a escola antes do término do ano letivo, deve-se registrar uma das situações quanto ao Movimento: Transferido, Deixou de frequentar ou Falecido. Nesse caso, a opção Rendimento não deve receber nenhum registro. A situação de abandono é caracterizada pela opção Deixou de frequentar.

TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE Outro indicador importante para a gestão escolar é a taxa de distorção idade-série, que indica se o estudante está em situação de atraso escolar. No sistema educacional brasileiro, considera-se a idade de seis anos como a idade adequada para ingresso no 1º ano do Ensino Fundamental. Essa primeira etapa da Educação Básica, o Ensino Fundamental, deve ser concluída pelos estudantes aos 14 anos de idade, no 9º ano, considerando a progressão anual da idade adequada: seis anos no 1º ano, sete anos no 2º ano, e assim por diante. Dos 15 aos 17 anos, o estudante em idade adequada deve estar matriculado no Ensino Médio. O estudante está em situação de atraso escolar ou distorção idade-série quando tem pelo menos dois anos a mais do que a idade prevista para o ano/ série em que está matriculado.

COMO ESSES DADOS SÃO PRODUZIDOS? TAXAS DE RENDIMENTO As taxas de rendimento são calculadas com base nas informações registradas pela escola no Censo Escolar. Como mencionado, as taxas de rendimento são representadas pelo conjunto de percentuais de estudantes nas situações Aprovado, Reprovado e Deixou de frequentar (Abandono) em relação ao total de estudantes, e, portanto, devem somar 100%.

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TAXA DE DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE A taxa de distorção é calculada com base nas informações de ano/série e idade dos estudantes, também registradas pela escola no Censo Escolar. Indica a porcentagem de estudantes em atraso escolar (aqueles que completam pelo menos dois anos a mais do que a idade considerada adequada ao ano/ série em questão, em qualquer momento do ano letivo).

COMO OS DADOS SÃO DIVULGADOS? As taxas de rendimento e as taxas de distorção idade-série são divulgadas pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) e estão disponíveis no Sistema de Monitoramento da Aprendizagem (http://monitoramento.caedufjf.net). As informações e dados apresentados envolvem, para cada etapa e ano/série, as taxas da escola, da regional, do município e do estado.

FREQUÊNCIA ESCOLAR

COMO ESSES DADOS SÃO PRODUZIDOS? De acordo com a legislação educacional, a frequência mínima obrigatória do estudante é de 75%. O registro da frequência escolar é realizado na própria escola, com base nos diários de classe. As formas de registro podem variar entre as escolas.

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Como obter as informações para as análises de frequência dos estudantes? Para calcular os percentuais de frequência com os dados da escola, segundo os critérios do Itinerário 4, podem ser utilizados os percentuais de frequência dos estudantes, o menor nível de agregação dos dados. O Gráfico – “Percentuais de frequência na escola” pode ser construído a partir de uma tabela os dados dos estudantes com frequência igual ou acima de 75% (assíduos) e abaixo de 75% (infrequentes) de toda a escola, para os últimos anos disponíveis. Nessa tabela, deve ser preenchido o número de estudantes assíduos e infrequentes na etapa analisada nas duas primeiras colunas, para cada um dos anos, e devem ser calculados os percentuais referentes a esses dois grupos de estudantes nas duas últimas colunas: Número de

Número de

Percentual de

Percentual de

estudantes com

estudantes com

estudantes com

estudantes com

frequência maior

frequência me-

ou igual a 75%

nor que 75%

frequência maior frequência meou igual a 75%

nor que 75%

(A)

Total (A + B)

(A/(A+B))

(B)

(B/(A+B))

2013 2014 2015

Para a apresentação o gráfico, é construído com as informações sobre os percentuais. Utilizamos no exemplo um gráfico de barras empilhadas: Tabela referente ao Gráfico – “Percentuais de frequência na escola” 2013

2014

2015

Assiduidade

73,4%

78,5%

68,7%

Infrequência

26,6%

21,5%

31,3%

Utilizando-se um aplicativo de planilhas eletrônicas, o gráfico é facilmente construído:

Gráfico. Percentuais de frequência na escola - Ensino Médio - 2013, 2014 e 2015

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O Gráfico “Percentuais de frequência por ano/série na escola”, por sua vez, pode ser construído a partir de outra tabela com o número de estudantes assíduos e infrequentes, agora totalizados para cada ano/série da etapa. Na tabela, deve ser preenchido o número de estudantes assíduos e infrequentes em cada um dos anos/séries da etapa analisada (no caso cada um dos anos do Ensino Médio) e informados os percentuais nas duas últimas colunas:

Número de es-

Número de es-

Percentual de

Percentual de

tudantes com

tudantes com

estudantes com

estudantes com

frequência maior

frequência menor

frequência maior

frequência menor

ou igual a 75%

que 75%

ou igual a 75%

que 75%

(A)

Total (A + B)

(A/(A+B))x100

(B)

(B/(A+B))x100

1° ano 2° ano 3° ano

O gráfico “Percentuais de frequência por ano/série na escola” é construído com as informações sobre os percentuais de cada ano/série. Tabela referente ao Gráfico “Percentuais de frequência por ano/série na escola”

Percentuais de frequência por ano série - Ensino Médio - 2015 1º ano

2º ano

3º ano

Assiduidade

62,1%

67,4%

72,4%

Infrequência

37,9%

32,6%

27,6%

Utilizando um aplicativo de planilhas eletrônicas, o gráfico é construído:

Gráfico - Percentuais de frequência por ano/série na escola - Ensino Médio - 2015

O Gráfico - “Percentuais de frequência por turma” é construído com o número de estudantes assíduos e infrequentes totalizados por turma. A tabela agora deve ser preenchida com o número de estudantes assíduos e infrequentes em cada uma das turmas:

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Número de es-

Número de es-

tudantes com

tudantes com

frequência maior ou igual a 75% (A)

Percentual de

Percentual de

estudantes com

estudantes com

frequência menor

frequência maior

frequência me-

que 75%

ou igual a 75%

nor que 75%

(B)

Total

(A + B)

(A/(A+B)) x100

(B/(A+B)) x100

Turma 1 Turma 2 Turma 3 Turma 4

O gráfico é construído com as informações sobre os percentuais de cada turma. Tabela referente ao Gráfico - “Percentuais de frequência por turma” é construído com o número de estudantes assíduos e infrequentes totalizados por turma. Turma 4

Turma 2

Turma 1

Assiduidade

58,3%

61,3%

63,0%

69,7%

Infrequência

41,7%

38,7%

37,0%

30,3%

Percentuais de frequência por turma - Ensino Médio – 2015

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Turma 3

PARA MAIS INFORMAÇÕES INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – EducaCenso Cartilha Módulo Situação do Estudante – Conceitos e orientações. http://.inep.gov.br/educacao_basica/educacenso/situacao_estudante/documentos/2014/cartilha_modulo_situacao_estudante_2014.pdf

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – EducaCenso Navegação Guiada. .

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – EducaCenso Situação do Estudante. .

INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – EducaCenso - Taxas de Rendimento Escolar. .

Brasil – Portal Brasileiro de Dados Abertos - Taxas de distorção idade-série Escolar na Educação Básica. .

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OS PERCENTUAIS DE ACERTO POR DESCRITOR

(ITINERÁRIO 5) A análise prevista no Itinerário 5 baseia-se na exploração de dados sobre os percentuais de acertos dos alunos em cada um dos descritores da Matriz de Referência. Tais informações são provenientes das avaliações em larga escala e podem ser obtidas nos sites das instituições responsáveis pelas avaliações externas em âmbito estadual ou municipal ou nos sites das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. O objetivo deste material de apoio é apresentar ao leitor como esses dados são obtidos e divulgados.

DE ONDE VÊM OS DADOS? Matriz de Referência Realizar uma avaliação externa em larga escala pressupõe definir o que se pretende avaliar. Esse conteúdo está registrado nas chamadas Matrizes de Referência, que descrevem as habilidades a serem medidas por meio dos testes de proficiência. Importa perceber, porém, que a Matriz de Referência não corresponde à Matriz Curricular ou ao Currículo. As avaliações em larga escala têm por objetivo verificar se os estudantes desenvolveram as habilidades consideradas essenciais para que consigam avançar em seu processo educacional; a Matriz de Referência, base para os testes dessas avaliações, relaciona tais habilidades. As Matrizes Curriculares, por seu turno, abarcam conteúdos mais amplos que aqueles focalizados pelas Matrizes de Referência, pois consideram não só aquelas habilidades essenciais, mas também uma série de conhecimentos bem mais abrangentes esperados dos estudantes em determinada etapa de escolaridade. Os conceitos de competência e habilidade fundamentam as Matrizes de Referência. A competência compreende um grupo de habilidades que, em conjunto, correspondem a um resultado; já a habilidade busca verificar se o estudante detém um conhecimento específico. As habilidades são explicitadas na Matriz de Referência por meio de descritores. É relevante observar que cada descritor corresponde a somente uma habilidade: cada item (“questão”) do teste se relaciona a apenas um descritor.

Elementos que compõem a Matriz de Referência Tema/Tópico/Eixo/Domínio O tema, tópico, eixo ou domínio agrupa por afinidade um conjunto de habilidades indicadas pelos descritores.

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Descritores Os descritores associam o conteúdo curricular a operações cognitivas, indicando as habilidades que serão avaliadas por meio de um item. Exemplo de um tópico da Matriz de Referência e dos descritores associados: MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Tópico

Descritores

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

Identificar a tese de um texto.

Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la. Coerência e coesão no processamento do texto

Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto. Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto. Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios, etc.

COMO ESSES DADOS SÃO PRODUZIDOS? Os percentuais de acertos por descritor são produzidos por meio dos testes de proficiência. Como cada item do teste está relacionado a somente um descritor de habilidades, o percentual de acerto por descritor é calculado a partir da proporção entre os itens correspondentes a um descritor respondidos corretamente e o total de itens relacionados ao descritor no teste.

COMO OS DADOS SÃO DIVULGADOS? Os percentuais de acerto por descritor das avaliações promovidas pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) estão disponíveis no portal do Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação (SIMAVE) (http://www.simave.caedufjf.net/) e no Sistema de Monitoramento da Aprendizagem (http://monitoramento.caedufjf.net). As informações e dados apresentados envolvem, para cada disciplina e ano/série avaliado, os percentuais de acerto por turma e por aluno.

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