ARTE PALEOCRISTÃ
História da Arte
Profa. Me. Luisa Fonseca
ARTE PALEOCRISTÃ - DEFINIÇÕES • Expressão simples e simbólica - originou-se dos cristãos, seguidores dos ensinamentos de Jesus Cristo. • Nascimento de Cristo - nova era ameaçou os romanos, desencadeando a perseguição aos cristãos e seu "Rei Espiritual" e "Profeta". • Esta fase de perseguição ficou registrada nas catacumbas onde os cristãos celebravam seus cultos. CATACUMBAS - se localizam em Roma e as pinturas simbólicas expressam bem os sentimentos da época.
ARTE PALEOCRISTÃ
• SIMBOLOGIA - exibe peixes, ovelhas, cordeiros que traduzem nossas agens bíblicas, Jesus, o Pastor e seus seguidores. • Esta perseguição marcou a primeira fase da arte paleocristã: a FASE CATACUMBÁRIA, que recebe este nome devido às catacumbas, cemitérios subterrâneos em Roma.
A Virgem com o filho e um Profeta, pintada na Catacumba de Santa Priscila, Roma
A Virgem com o filho e um Profeta - pintada na Catacumba de Santa Priscila, Roma
ARTE PALEOCRISTÃ • A perseguição = três séculos Imperador Constantino: reconhece o Cristianismo, dando início à segunda fase da arte paleocristã utilização das basílicas para suas celebrações. • Tanto os gregos como os romanos, adotavam um modelo de edifício denominado “Basílica” (edifícios, com grandes dimensões, plano retangular de quatro a cinco mil metros quadrados com três naves separadas por colunas e uma única porta na fachada principal).
ARTE PALEOCRISTÃ - MOSAICOS • A arte dos mosaicos utilizada nas basílicas expressava as agens do Antigo e Novo Testamento. • Também apareceram nos mausoléus e sarcófagos usados pelos cristãos mais ricos.
• Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas. Surge a arte cristã primitiva.
ARTE PALEOCRISTÃ • Com o surgimento de um "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se extremamente abalado. • Teve início um período de perseguição não só a Jesus, mas também a todos aqueles que aceitaram sua condição de profeta e acreditaram nos seus princípios. • Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um círculo ou por um peixe, pois a palavra peixe, em grego ichtus, forma as iniciais da frase: "Jesus Cristo de Deus Filho Salvador".
ARTE PALEOCRISTÃ - ARQUITETURA • Simples e caracterizada pela simbologia das agens da Bíblia. Destacamos numa primeira fase catacumbas e cemitérios subterrâneos em Roma para celebração de cultos cristãos.
• Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Domitila e Santa Priscila. Com a legalização do Cristianismo, surgem as basílicas, edificações enormes com 3 naves e um portão principal na fachada, destinadas ao comércio e assuntos judiciais.
Catacumbas cristãs, Roma
ARTE PALEOCRISTÃ - ARQUITETURA • Fim da perseguição aos cristãos - os romanos cederam algumas basílicas para os cultos cristãos. • Basílicas cristãs - revestidas com mosaicos contando agens do Antigo e Novo Testamento. Mausoléus e sarcófagos, utilizados pelos mais ricos, também receberam esse material. • Até à declaração de liberdade de culto, a arte cristã não tinha uma tipologia arquitetônica própria, optando por celebrar o seu culto em lugares pouco relevantes. • Édito de Milão: Constantino apoia a construção de templos próprios, em Roma, Milão e Ravena (a divulgar a nova religião e acolher o crescente número de convertidos).
ARTE PALEOCRISTÃ - ESCULTURA • Comparada a pintura e à arquitetura, a escultura teve um papel secundário na arte paleocristã. • Para evitar o labéu de idolatria, pôs de lado a representação da figura humana em tamanho natural. • Afasta-se da profundidade espacial das grandes dimensões da escultura greco-romana. • Se concentra nas formas de pouco relevo e escala reduzida, bem como na decoração à laia de renda das superfícies.
• Primeiros trabalhos: sarcófagos de mármore, executadas a partir dos meados do século III para membros proeminentes da igreja.
ARTE PALEOCRISTÃ - ESCULTURA • Se destaca mais por seu significado e simbolismo do que pelas formas e é encontrada nos sarcófagos. • Baixos relevos de pouca qualidade transmitem a espiritualidade. • Suas figuras dão ênfase às cabeças, que seriam para eles o centro da espiritualidade. • Existem poucas estátuas e quase sempre representavam o Bom Pastor. • As decorações dos sarcófagos compreendiam cenas em seqüência, personagens entre colunas e um medalhão central.
ARTE PALEOCRISTÃ - ESCULTURA Dividia-se em 3 tipos:
O CLASSICISMO •
Parece ter sido um fenômeno recorrente na escultura paleocristã, desde os meados do séc.IV até ao romper do séc.VI .
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O paganismo tinha adeptos importantes que podem ter favorecido o reaparecimento de traços desta natureza como uma espécie de ação de retaguarda.
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Os recém-convertidos conservavam muitas vezes uma forte dedicação dos valores do ado, artísticos ou de outra espécie.
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Teve suas virtudes nesta idade de transição, porque conservou e ajudou a transmitir ao futuro, um manancial de formas e um ideal de beleza que se teria talvez irremediavelmente perdido sem ele.
ARTE PALEOCRISTÃ - ESCULTURA AS PLACAS DE MARFIM
• Categoria de objetos cuja importância artística excede em muito o seu tamanho. • As placas de marfim e outros relevos de pequenas dimensões realizados em materiais preciosos, refletem requintada sensibilidade estética • O tema pagão não impediu que a placa fosse integrada no relicário de um santo, ados alguns séculos: a sua fria perfeição também era um atrativo da Idade Média.
ARTE PALEOCRISTÃ - ESCULTURA
O RETRATO • Tanto imperadores como cônsules e altos funcionários mantiveram o antigo costume de mandar erigir estátuas retratos. • Das suas pessoas a lugares públicos até ao reinado de Justiniano e mesmo depois de 450 em diante, a semelhança externa cede lugar à imagem de um ideal espiritual, por vezes intensamente expressivo mas progressivamente impessoal. Depois disto, não haveria mais nenhum retrato, no sentido Grego Romano do termo durante quase 1000 anos.
ARTE PALEOCRISTÃ - ILUMINURA ILUMINURA •
Em oposição à arte romana pagã, baseia o seu conteúdo nos textos sagrados da bíblia, cunhando os manuscritos com ilustrações - as iluminuras - de elevada importância no processo de manutenção e propagação das escrituras.
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Acompanhando este aumento produtivo está também o desenvolvimento da técnica da produção dos es para manuscritos. Até então eram usados rolos de papiro que não permitiam grande liberdade artística no que diz respeito à ilustração.
ARTE PALEOCRISTÃ - ILUMINURA •
O permanente enrolar e desenrolar do papiro causava a deterioração da tinta criando–se apenas cabeçalhos com formas simples e lineares.
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Pergaminho (séc.II a.C) - se pode dobrar sem partir; surgem os primeiros livros com encadernações ricas em madeira e decoração em metal e pedras preciosas, os códices (vellum codex); liberdade formal e cromática não encontra os limites anteriormente estabelecidos pelo e.
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Poucas são as iluminuras do paleocristianismo que sobreviveram até aos nossos dias, mas o pouco que se conhece a partir do século V, apresenta uma rica variedade cromática que recebe inicialmente muita da influência da estrutura espacial e geometrização da pintura greco–romana.
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No Gênesis de Viena, uma das mais antigas iluminuras conhecidas do cristianismo, pode–se observar a suntuosidade das cores e já a quebra com o uso de molduras de limite espacial. Aqui as imagens e o texto fazem parte de um todo em comunhão.